T R A N S I ÇÃO

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Uitonius, um amigo de Júpiter.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Retorno à Segurança - Post 103

A pequena nave, suavemente pousou no hangar da Grande Nave. 

Uitonius nos aguardava, como sempre, solícito e sorridente.

-Então, meu caro Gui, gostou da nova aventura?

É claro que ele se referia à nave, pois muito mais que tudo isso, eu e ele havíamos percorrido mais da metade do Sistema Solar sem que precisássemos de qualquer aparato que nos transportasse. Fomos apenas com nossos revestimentos fluídicos sob o comando dos nossos pensamentos.

-Sim, respondi, prontamente. Percorremos, quase toda a Terra. Uma experiência ímpar. Vi o ser humano sem máscara e vernizes  a lhe camuflarem as reais tendências.

-Percebe, então a extensão do trabalho que dedicamos à Obra, não é?

-Realmente, muito há que se fazer para a transformação da humanidade.

-Os que se graduam no bem, ou vão para mundos mais adiantados ou permanecem como obreiros para a colheita final. Eu sei que os relatos que você fizer sobre tudo que viu e ouviu, e, principalmente sobre o que você assimilou, são pequenas peças que se juntarão à outras nesta edificação que nos propusemos colaborar; toda obra requer pedra sobre pedra e, neste conceito, todas são de real importância.

-Sua participação estava prevista em atenção a uma solicitação feita por você mesmo; não creia que você esteja aqui, somente por termos laços no pretérito. Isso ajudou muito, mas não influiu, em nada, na decisão tomada de que fosse aceito o teu voluntariado.

-A finalidade de tudo isso é ajudar o "ser' a conhecer a si próprio. 

-Como disse um sábio: "Conhece a ti mesmo!"

As palavras de Uitonius me soaram sábias. Ele me levara em uma viagem que me fez conhecer o mundo e as pessoas; os valores que prevalecem sobre os reais valores da vida. Eu me sentia mudado com aquela ducha de realidade.

Então, Uitonius, de modo categórico me informou: - Prepara-te  que em breve tempo estarás retornando ao teu corpo que te espera. À Crosta terrestre.

-Continuaremos a contatar-nos, como dante o fizéramos e, além de mim, com outros mais que terão o que  dizer-te, ainda.

Senti uma inexplicável tristeza ao aviso de despedida. Foi um longo tempo em que desfrutei daquilo que muito poucos devem ter desfrutados. Quem o sabe?



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