T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O pequeno planeta - Post 173

Fora do nosso Sistema Solar, há 730-anos luz da Terra existe um pequeno planeta, das dimensões da nossa Terra, conhecido por Foca (conhecido pelos amigos extra-terrestres).
É lá que na maioria das vezes o "Grupo Literário" se reúne para nossos estudos e pesquisas, alem, é claro, de trassarmos diretrizes operacionais do devenir.
-E um planeta em estágio secundário que, tendo sido torpedeado por asteroides congelados de plasma e de água, oriundos de nossa própria Galáxia, ensaia o grande palco da vida que por outros tantos astros errantes carregam e espalham os caracteres da vida orgânica que os milênios se encarregarão de desenvolver.
Sua natureza responde a esses ensaios preliminares com a força telúrica das transformações das substâncias, tal qual, na Terra, os milênios abarcam o tempo da Obra.
Classificá-lo como um planeta árido não corresponde à sua realidade.
Talvez, classificá-lo como um Orbe-embrião.
Sua atmosfera é insignificante pela ausência do vapor de água; uma fase com a troposfera sem o peso da atmosfera que se estende a l300 km. da linha do equador e com a sequência da mesopausa, segue-se a termosfera com altíssimas temperaturas. Com acentuada ação fluídica, movendo-se livremente em trajetórias retilíneas, migram, quase sempre para dentro da magnetosfera ou de regiões de ventos solares e capturados pelos cintos de radiação dos campos magnéticos.
Isso possibilita as auroras originadas dos ventos solares, criando-se as correntes elétricas pelos campos magnéticos, nos brindando com pinturas de inconcebível beleza. 
O desenvolver do embrião em estilos e fragrâncias espirituais.

Alí, meio ao pensamento de criação de Deus, temos buscado aprimoramento. Preparamo-nos para a tarefa que a Transição imporá por alicerce da nova era que se iniciará na Terra.

O entusiasmo generalizado é o cunho da abnegação de cada um de nós.
A nossa equipe que costumo chamar de nossa turma, hoje abriga mais de mil Espíritos, entre encarnados como eu e já desencarnados, além dos que estão já na Terra, encarnados em idades da infância ou prestes ao primeiro sopro de vida em matéria.

Temos efetuado excursões diversas no nosso globo e sentindo a dor dos miseráveis e dos equivocados.

Espíritos rebeldes já estão sendo encaminhados a mundos inferiores que os aguardam com novas oportunidades e recomeços da trilha de desenvolvimento que aqui não souberam abraçar.

Sempre que pode, Uitonius nos visita e nos passa o incentivo e suas experiências; isso nos dá força e ânimo.
Outros grupos ligados às Ciências, às Artes, à Filosofia, de igual modo, reúnem-se em locais diversos, todos com os mesmos propósitos: A Transição e o Novo Mundo.





  

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Universo em expansão mais rápida - Reportagem -OFF

ESTOCOLMO - A descoberta de que o Universo se expande cada vez mais depressa, contrariamente ao que se pensava, não só rendeu o Prêmio Nobel de Física deste ano, mas abriu uma porta para novos mistérios, segundo os ganhadores.
 - Divulgação/Nasa
Divulgação/Nasa
Os professores americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, agraciados com o Nobel de Física de 2011 por suas descobertas sobre a "expansão acelerada do universo através da observação de supernovas distantes", explicaram nesta quinta-feira à Agência Efe a implicações das pesquisas.
Na realidade, a descoberta foi inesperada e surpreendente, visto que as duas equipes que "competiam" na mesma investigação, sendo uma comandada por Perlmutter e a outra por Schimdt, o que realmente estavam estudando era a expansão cada vez mais lenta do universo, que era a crença geral até 1998.
Perlmutter explicou que os novos conhecimentos sobre a expansão do universo abriram "uma porta que leva a um novo capítulo de possibilidades para explorar", o que considerou "muito emocionante".
O astrônomo, que liderou a equipe Supernova Cosmology Project da Universidade da Califórnia durante a pesquisa que lhe rendeu o Nobel, lembrou que ainda não há explicações para esta expansão, o que representa um novo desafio.
"Chegamos a uma descoberta, mas ela nos conduz a um novo mistério. Agora precisamos descobrir o que está acontecendo, saber por que o universo está fazendo uma coisa tão louca", relatou.
As supernovas distantes (explosões de estrelas muito antigas compactas como o Sol, mas tão pequenas como a Terra), ou mais exatamente as do tipo 1a, foram o objeto de estudo destes astrônomos, que chegaram a conclusões surpreendentes.
Após estudar mais de 50 supernovas, constataram que a luz procedente delas, dependendo da distância, era mais fraca que o esperado, o que levava à conclusão de que o universo se expande rapidamente, em vez de perder velocidade.
Até agora, a ciência trabalha em várias direções para encontrar uma explicação ao fenômeno, mas a que mais desperta interesse é a de que por trás dele esteja a "energia escura", uma desconhecida que, no entanto, constitui 75% do universo.
Riess, componente da segunda equipe em disputa, High-Z Supernova Search Team, que compartilha o Nobel com Schmidt, relatou: "Agora estamos tentando entender a natureza da energia escura, que não sabemos como funciona, e por isso estamos fazendo observações mais precisas".
Brian Schmidt, da Australian National University e chefe do High-Z Supernova Search Team, avaliou que esta descoberta "é uma peça fundamental do conhecimento, que no futuro pode levar a coisas determinantes".
Perlmutter, Schmidt e Riess receberão o Prêmio Nobel de Física no próximo sábado e repartirão as 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão) que são concedidas aos ganhadores.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Estudo do "nosso" grupo -Post 172

Os estudos preparatórios mantinham ritmo acelerado; Servíamos da base de estudos em Europa  (satélite) e,por vezes no pequeno planeta, mais por referencial, dada as circunstâncias da matéria em pauta; e estas variavam nos escalões da Ciência e da Razão, desde a Grande Equação da Substância ao
Nascimento e morte da matéria; Do Éter aos corpos Radioativos; da Estequiogênese  às espécies Químicas Desconhecidas; do Aspecto Mecânico do Universo às Análises das Progressões; do Processo Genético dos Cosmos à Palingenesia; das Metas da Nova Lei aos Novos Caminhos da Ciência; das Supremas Ascensões Biológicas à Grande Sinfonia da Vida. Estudamos os Caminhos da Evolução Humana e os Cálculos de Responsabilidades e hoje, teremos com Trajano uma palestra sobre Destino e a Função da Dor.
O grupo coeso caminha em harmonia com excelente índice de aproveitamento.
Sócrates transmite satisfação com a condução do grupo, que agora é bem maior por aderências voluntárias que foram recebidas com satisfação por nossos mentores amigos.
Pouco tenho postado e não o faria sobre os temas destacados porque não é hora,ainda, e isso será tarefa de quando encarnarmos, segundo a programação de cada um de nós.

Isso tudo,não nos exime do acompanhamento e análises da situação do Planeta cujos destinos apresentam o caos em todos os segmentos da condição evolucional dos seres humanos; O homem continua sendo o lobo do homem e só por isso, a Grande Transição já se justifica.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Viagem no tempo -off

Carta do Stephen Hawking

Em 1995, a revista The Face pediu ao físico Stephen Hawking uma fórmula para viajar no tempo. O blog Letters of Note publica o fax com a resposta:
“Obrigado por seu fax recente. Não tenho nenhuma equação para viagem no tempo. Se tivesse, ganharia a Loteria Federal toda semana.
S W Hawking”
Com bem observou John Farrier, do blog Neatorama, “ele provavelmente só não quer compartilhar seus segredos”.
Todas as fórmulas das físicas (em suas diversas modalidades) observam em coerência científica o modus para suas possibilidades, fundamentadas no empirismo e não no conceptual,ainda que os paradigmas possam parecer sonhos, fantasias de hipóteses ramificadas das teorias relativistas,pois, delas buscam extrato para todas as consequências.
Na busca da partícula de "Deus",desdenham as partículas da evolução e involução das energias que abarcam os fenômenos dinâmicos do tempo e do espaço; dando o sopro conceptual aos prismas fenomênicos em sua vorticidade em busca febril pela "causa" que,então desconhecem. Com isso,permanecem no plano de superfície em pequenos ensaios ao verticalismo do conteúdo.
Creem nas dobras que aproximam o vir a ser sem saber que as curvas dos vórtices,embora sugiram um retorno geométrico,tende-se a expandir em outra dimensão.
Assim é o Universo conceptual, diferenciado do mecânico,que inicia novas fases trifásicas e evolutivas. 
E Halking o sabe e sabe que um novo paradigma que se tornasse revolucionário, neste momento, quebraria a corrente, caminho obtuso necessário ao passo seguinte.
O conceptual é a forma do espírito interagir com a energia.
Pensar ... querer e poder.



Modelos

De acordo com a abordagem que utilizam, os modelos de dados normalmente são classificados da seguinte forma:
  • Modelo Conceitual:
    • Representação dos conceitos e características observados no ambiente;
    • Ignorar particularidades de implementação.
  • Modelo Lógico:
    • Regras de Derivação:
      • Normalização das estruturas de dados
      • Derivação de estruturas de agregação e generalização-especialização
      • Derivação de relacionamentos
    • Regras de Restrição:
      • Restrição de domínio
      • Restrição de Integridade
      • Restrição de Implementação
  • Modelo Físico:
    • Inclui a análise das características e recursos necessários para armazenamento e manipulação das estruturas de dados (estrutura de armazenamento, endereçamento, acesso e alocação física).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aristóteles,Quintiliano e Viniciusde Moraes-Post171

A Primavera,  aqui em Santos (Brasil), instável, mas agradável; quente uns dias e frios outros.
Hoje, após rápida ducha, resolvi caminhar pela praia. Algumas nuvens cinzentas encobriam o que restava do  dia, contudo, no poente ainda víamos as nuvens prateadas do sol que se despedia. Uma suave briza encantou o meu corpo fazendo-me responder com profunda inspiração. Homens e mulheres, apressados, iam afoitos, certamente  para seus lares após o dia de trabalho, e eu, sem pressa, os observava sem análises ou medidas.

Lembrava-me das reuniões da semana que se acabara; como costumo dizer, "da nossa turma".

Na noite da Sexta Feira duas palestras haviam me encantado; não só a mim, mas a todos os companheiros. Quintiliano e Aristóteles revezaram-se na pequena elevação natural.
Falaram sobre a oratória e, tanto o pupilo de Platão como o romano foram magníficos em suas explanações. Após a reunião grupos se formavam em júbilo e forte emoção.
Rui sorria e Vinicius de Moraes cantarolava baixinho. Tentei ouvir-lhe e fui flagrado por ele com as orelhas em pé (devido às condições de alguns, estas palestras eram verbalizadas pois nem todos ainda conseguiam seguir o curso dos pensamentos, a telepatia).
Vinícius, então sorriu-me e falou-me
-Gui, deves conhecer o samba "Garota do Ipanema", pois, era ela que cantarolava. E acrescentou:
-Você, embora conviva com desencarnados e seres mais evoluídos do que nós, por certo continua com o apego às recordações da vida material; conosco, o mesmo se dá. A morte física nos liberta das necessidades materiais, contudo a vida em erraticidade é a continuação da material.Somos os mesmos,apenas semi-libertos das influências da carne. Continuamos a amar, pois amar é sinônimo de vida eterna; a poesia aprimora-se e o encanto floresce. 
-E você continua pensando em seus familiares ... amigos ... ?
-Por certo que sim, e, sempre quando posso os visito ou nos vemos em seus sonhos.

-Exemplo desta união que perdura por milênius é a tua estória com Uitonius ... concorda?
E pensando exclamei: "E com Fúlvia!"
-Ele captou-me de pronto e sorrindo confirmou:- Sim, Gui, e com Fúlvia.
-Saibas, contudo, que cultivastes outros grandes amores; tua família interage com tua alma e, são novas e antigas conquistas.

Chamado por outros que queriam compartilhar das expressões daquela alma ímpar, despediu-se com um até breve e encantador sorriso acompanhado da expressão rotineira dos velhos cariocas:-Te cuida meu garoto!

Dia após dia eu descobria em cada um daqueles companheiros a profundeza de suas almas.
Era uma nova família que se somava a minha, terrestre.

O amor em sua expressão pura. 
E com ele, aprendemos a amar indistintamente à grande família Universal.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cooperação científica- Reportagem - off

Centro alemão vai estimular desenvolvimento científico no Brasil
16 de novembro de 2011  11h30  atualizado às 11h31

comentários
0


O Centro Alemão de Inovação e Ciência de São Paulo, inaugurado nesta quarta-feira, vai reunir o que existe de mais avançado na área da pesquisa científica na Alemanha. Parceria entre os dois países quer estimular o desenvolvimento da ciência brasileira.
A entidade quer se distanciar do mundo absolutamente teórico e se conectar mais ao universo econômico. Presente já em outros países emergentes, como Rússia e Índia, o centro vai funcionar como uma vitrine das instituições de pesquisa alemãs no Brasil.
"Essa parceria tem a missão de facilitar a participação alemã no fomento à inovação no País", disse em entrevista Ademar Cruz, chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do Itamaraty, lembrando a tradição do país europeu em desenvolver produtos de alta tecnologia.
Segundo Cruz, a casa de pesquisa quer voltar suas atividades para um campo fundamental em qualquer nação: a economia. Reforçar a integração entre ciência e indústria no Brasil é uma das principais metas do governo nos próximos anos, já que a comunicação entre os centros de pesquisas das universidades e a indústria ainda é pequena.
Mercado à vista
Pesquisa e desenvolvimento de técnicas na exploração de terras raras é um ponto-chave nessa fase inicial, mencionou Cruz. O grupo especial formado por 17 metais não ferrosos e com nomes particulares, como európio e lutécio, é usado na fabricação de artigos como isqueiros, supercomputadores e painéis solares.

O Brasil integra a seleta lista de nações com reservas confirmadas de terras raras; a China ocupa o primeiro lugar disparado do ranking. Índia, Estados Unidos e Austrália também possuem depósitos, segundo dados do US Geological Survey. E a pressão internacional para diversificar as fontes de abastecimento desses minérios aumenta.
Tendo em vista esse e outros setores em potencial, o centro vai construir uma "ponte de inovação" entre jovens empresas inovadoras do Brasil e da Alemanha, segundo a definição dos seus fundadores.
Cruz também nomeia outro setor que deve ser beneficiado: o desenvolvimento de biomaterial no Brasil. Esses materiais, sintéticos ou naturais, são usados em dispositivos médicos ou ficam em contato com órgãos e tecidos do corpo humano, como próteses e implantes.
Biomateriais são parte importante da área da saúde, usados em cerca de 300 mil produtos. "Temos um grande déficit nessa área, e isso se reflete na nossa balança comercial", acrescenta Cruz, lembrando que a produção de próteses tem potencial de expansão.
Os clássicos
O Centro Alemão de Inovação e Ciência também atua em Nova York e Tóquio. Além das tradicionais instituições de pesquisa e das universidades, a Alemanha também é conhecida por ter as empresas mais inovadoras da Europa, que também mantêm uma estreita cooperação com os Institutos Fraunhofer e a Federação Alemã de Pesquisa Industrial Otto von Guericke.

No Brasil, o governo se esforça para disponibilizar mais recursos para pesquisa e trabalha em políticas de estímulo para a inovação. Ainda assim, apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do País é aplicado nesse setor.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Asteroide - Passou bem perto - Reportagem - off


Passou bem PERTO


CÁSSIO LEANDRO D. R. BARBOSA É DOUTOR EM ASTRONOMIA, COORDENADOR DO CURSO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA - O Estado de S.Paulo
CÁSSIO LEANDRO D. R. BARBOSA
Asteroide 2005 YU55 - JPL-Caltech/Nasa
JPL-Caltech/Nasa
Asteroide 2005 YU55
Nessa semana, o asteroide 2005 YU55 passou a uma distância de quase 310 mil quilômetros da Terra. Isso significa que, por algumas horas, esse miniasteroide esteve mais perto de nós que a própria Lua. Com 400 metros de comprimento, o 2005 YU55 poderia ter causado um belo estrago se colidisse com nosso planeta. O mais curioso (para mim) é que, no dia 28 de outubro, o asteroide 2011 UX255 passou ainda mais perto, a 150 mil km, e não houve tanto estardalhaço. Vai ver que por causa do seu tamanho: 15 metros, "apenas".
Todos os dias a Terra é atingida por milhares de pedaços de rochas ou mesmo lixo espacial. Mas na grande maioria das vezes esse material é incinerado pelo atrito com a atmosfera terrestre. Além disso, três quartos da superfície do planeta estão cobertos por oceanos. Grande parte do material que sobrevive ao atrito com a atmosfera acaba caindo no mar. No caso do tão falado 2005 YU55, mesmo caindo na água, o impacto de uma pedra desse tamanho causaria um tsunami de proporções inimagináveis. Em terra firme o estrago poderia ser maior, com terremotos, incêndios e o lançamento de poeira e fuligem que muito provavelmente provocaria uma queda na temperatura global, após os ventos espalharem o material.
Precisamos ter medo? Não! A probabilidade de isso acontecer é ínfima. Mais fácil ganhar na Mega Sena do que ser atingido por um asteroide que venha a acabar com a vida na Terra. Funciona assim: a quantidade de meteoros, asteroides e outras pedras no sistema solar varia com o inverso do seu tamanho. Ou seja, há muita pedrinha no espaço e poucos asteroides grandes. Como a probabilidade de um impacto depende diretamente da quantidade de objetos, é mais fácil uma pedrinha cair no mar do que um impacto devastador dizimar a população terrestre.
Então podemos relaxar e esquecer isso? Nem tanto. Em 1908, acredita-se que um meteoro de uns 100 metros tenha se desintegrado no ar sobre a Sibéria, em Tunguska. Acredita-se, pois não foi coletado nenhum pedaço dele. Sobrou apenas o estrago. Recentemente uma equipe de cientistas mostrou que a resina das árvores daquela época continha traços de minerais encontrados em asteroides. Relatos da época dão conta de que pessoas foram atiradas ao ar por causa da onda de choque gerada pela explosão. Oitenta milhões de árvores foram derrubadas, todas tombadas no mesmo sentido. Além disso, foi registrado um terremoto de 5 graus na escala Richter. Um evento como esse é previsto para ocorrer a cada cem anos. Já estamos atrasados em três...
O que podemos fazer é vigiar. Eternamente. Vários projetos hoje monitoram os céus em busca desses objetos, chamados de "asteroides potencialmente perigosos" (PHA, na sigla em inglês). São asteroides de pequeno e médio porte, portanto difíceis de serem observados, que têm órbitas cruzando perigosamente a nossa. Um desses projetos se chama Impacton e é coordenado pela dra. Daniela Lázzaro, do Observatório Nacional. Conta com um telescópio robótico de 1 metro de diâmetro posicionado no sertão de Pernambuco e operado remotamente.
Todos os objetos no sistema solar estão sob a influência gravitacional do Sol, mas também dos gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Por vezes um PHA sofre um "puxão" desses gigantes. É aí que mora o perigo porque, enquanto estão em suas órbitas estáveis, podemos prever sua posição. Quando sofrem uma influência dessas, os parâmetros se alteram. Para voltarmos a prever a trajetória deles é necessário monitoramento contínuo por algumas semanas.
Ainda assim, no dia 6 de outubro de 2008, um meteoro com 2 a 5 metros de diâmetro foi descoberto por Richard Kowalski, astrônomo do projeto de monitoramento Catalina, no Arizona. Batizado de 2008 TC3, o asteroide foi monitorado por profissionais e amadores até que entrou na atmosfera no dia seguinte. Esse asteroide explodiu a 37 km de altitude e seus fragmentos se espalharam pelo norte do Egito e do Sudão. Uma equipe internacional conseguiu resgatar 47 meteoritos, somando quase 4 quilos de massa. Essa foi a primeira vez que um asteroide foi descoberto, acompanhado até sua entrada na atmosfera e resgatado em fragmentos. Mas restou uma pergunta na época: e se o asteroide fosse muito maior?
Não dá para responder com certeza quais teriam sido os estragos, mas certamente um objeto muito maior é também muito mais fácil de ser detectado. Infelizmente, o consolo acaba aí. Implantar bombas nucleares ou mesmo bombardear um asteroide com mísseis, por enquanto, somente no cinema.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Xenofobia e preconceitos a alienígenas - Post 170

Assim são imaginados os alienígenas.

ou, com armaduras e espadas luminosas; tudo fruto dos futuristas, roteiristas de filmes e os ficcionistas; quando não dizer de mentirosos que dizem te-los vistos destas formas.
Alguns os procuram e seguem vestígios e rastros e afirmam que são pacíficos e outros afirmam que são hostis.
Afinal, quem os receberia em seus países, cidades ou suas casas?
Se a xenofobia se instala na aldeia comum, neste nosso planeta onde as portas se fecham à países irmãos, o que diríamos de povos de outras Orbes.
Isso é xenofobia?
Entendamos o que vem a ser ...

XENOFOBIA E PRECONCEITOS

Xenofobia é comumente associado a aversão a outras raças e culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta a fobia habitualmente não entra em contato ou evita fazê-lo.
Atitudes xenofóbicas incluem desde o impedimento à imigração de estrangeiros ou de pessoas pertencentes a diferentes culturas e etnias, consideradas como ameaça, até a defesa do extermínio desses grupos. Por esta razão a xenofobia tende a ser normalmente associada a preconceitos étnicos ou ligados a nacionalidadeEstereótipospejorativos de grupos minoritários (por exemplo: "asiáticos são sujos", "muçulmanos são violentos", "negros são menos inteligentes", "europeus do norte são superiores aos europeus do sul", "povos anglo-saxões são superiores aos povos latinos", etc.) e conflitos de crenças podem levar um indivíduo ao ódio. 


XENOFOBIA COMO DOENÇA

Em senso mais restrito, xenofobia é o medo excessivo e descontrolado do desconhecido. Neste sentido, é uma doença e insere-se no grupo das perturbações fóbicas, caracterizadas por ansiedade clinicamente significativa, provocada pela exposição a uma situação ou objeto temido (neste caso, as pessoas ou situações estranhas ao doente). Pessoas que apresentam este terror persistente, irracional, excessivo e reconhecido como tal, tendem a evitar o contato com estranhos uma vez que esta situação lhes provoca extrema angústia, ansiedade, aumento da tensão arterial e da frequência cardíaca. Nos casos mais graves pode, inclusive, motivar um ataque de pânico. O evitamento, antecipação ansiosa ou mal-estar em relação à situação temida, interfere significativamente com as rotinas normais da pessoa, o exercício ocupacional, os relacionamentos e atividades sociais.



Estaria o Planeta Terra ou a civilização terrestre preparada para receber povos de outros planetas?
Mesmo sabendo que por eles somos guiados à evolução, em todos os tempos?
Está claro que não!
Terão que se encarnar na Terra, como fazem há milênios; e, mesmo sem o saberem, nossa civilização é constituída de imigrantes que aqui vieram, de mundos inferiores ou exilados de superiores por não aceitarem o "bem" para suas vidas. Os primatas do nosso planeta representam um número insignificante;
Todos somos multi-planetários. 
Aportamos, um dia na Terra e nos sentimos legítimos proprietários; inconscientes de onde viemos e para onde vamos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Visita de Peônia - Post 169

A saudade dos amigos que fizera em A Segurança, sempre presentes, me faziam passar momentos em constantes recordações. Eu agora participava de novos convívios, estudando e me preparando com o "GRUPO LITERÁRIO", e, creiam, estava feliz e otimista, contudo, os novos velhos amigos da Segurança, sempre presentes em meus pensamentos me faziam sentir um vazio, inexplicável. 

Há muito não mantinha contato com Uitonius. Minhas atividades eram somente com os novos amigos do "grupo". Além daqueles que já citei por diversas vezes, fizera amizades com outros que, como eu, buscavam o aprimoramento literário, o estudo da História da Humanidade em todos os seus aspectos. Conheci um número incalculável de poetas, escritores, pensadores, filósofos das mais variadas escolas e, me privarei de citar-lhes os nomes para que não pareça elemento épico.

Vim para São Paulo passar uns dias na casa de minha filha e se sentei-me frente ao PC por mais de duas vezes estaria exagerando. As incursões que fazia, pelo menos duas vezes por semana me preenchiam. Cada reunião eram novas revelações e conquistas. Sentia-me em uma pós graduação da vida de um encarnado que teve um alvará que poucos conquistam o direito pela Lei Natural que observa a ordem dos méritos e direitos adquiridos, e, confesso, jamais me senti  merecedor. Muitas vezes ao deparar-me com personalidades como Victor Hugo, Cervantes, Shakespeare, Bocage, etc, senti-me como peixe fora d'água. A personalidade de Sócrates e sua sabedoria me encantavam; perto dele me sentia um menino frente ao grande mestre em primeira aula.

Estes pensamentos, recordações,  estavam vivos em mim.

Ontem à noite após o jornal das 23h. preparava-me para deitar e um agradável sussurro entrou em minha mente.
Com a visão mental em desenvolvimento, percebi a presença de Peônia; a grande amiga que me encantou pela docilidade e ideais nobres.

-Gui, meu amigo permita-me este intercâmbio, pois, se tens saudades dos amigos das primeiras horas desta tua nova fase de vida, de igual modo, temos saudades da tua presença entre nós. Tuas tarefas, de agora, te absorvem e pleiteiam teu tempo em que te libertas do corpo, e não seria conveniente sobrecarregarmos tua  acuidade com visitas do coração.
-Hoje, contudo, roguei a Uitonius me permitisse visitar-te para acalmar teu coração com boas novas; Fúlvia me pediu que tão logo sua concepção fosse caracterizada eu te colocasse a par do ocorrido.
-Como sabes a encarnação se inicia no momento da concepção e tal ventura acaba de ocorrer. O novo perispírito tomado por Fúlvia, tomado da atmosfera terrestre, acaba de se ligar ao zigoto por força irresistível e, a medida que se desenvolve, um entorpecimento toma conta, de forma progressiva de seu Espírito. O nascimento da nossa menina está previsto para o dia 18 de Julho de 2012.

Eu não sabia o que dizer ... se ria ou chorava. 
Sabia, contudo, que a Providência Divina é sábia e não falha.

Ficamos falando de Fúlvia por muito tempo e Peônia como conhecedora da ligação que unia nossas almas, não se cansava em falar da missão da amiga e de seus predicados.

Falou-me também de Uitonius e de seu tempo apertado frente a tantos compromissos assumidos. Falou-me do momento delicado do globo e das consequências inexoráveis que o aguardavam. - A Transição!

Deu-me notícias de todos os amigos e, aqueles que souberam que ela viria ter este contato, encarregaram-na de abraçar-me por eles.

Nessa noite não fui ter-me com o "grupo"; dormi tranquilo e se deixei o corpo, não trouxe recordações. Como dizem os leigos: "Nada sonhei".

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Reuniões e metas - Post 168

A Ásia, o Chifre da África e alguns países no Norte, o Oriente Médio, se transformaram numa grande bomba, prestes a explodir. A Europa claudica nas estradas que eles mesmos trassaram e, crentes, de estarem elevados, eternamente, à condição duma prosperidade sem lastro que a sustentasse. Os EUA sofrem consequências dos desvarios que sua condição de hegemonia os isolariam da pobreza e do estado de insolvência; Ledo engano!
Alguns emergentes se sustentam, assustados, pois sem mercados, o crédito minguaria.
Os ditadores ladram frente aos movimentos de liberdade que seus lacaios organizam.
A guerra generalizada é a única saída para o consumo e o emprego, assim pensam alguns.

Estes assuntos eram discutidos e analisados em reuniões nos planos superiores de encarnados e desencarnados. Estratégias eram trassadas para amparo e providências. 

Nosso grupo e centenas de outros, alertas, preparavam-se para o devenir que mais cedo ou mais tarde, inexoravelmente, se desenhava. O mundo, como já disse, estava entregue ao mundo.

A encarnação de Espíritos superiores já se iniciou à medida que pelos desencarnes, os inferiores são enviados à mundos  de expiações para novas experiências e oportunidades que não souberam abraçar em nosso planeta.
Esta é a Lei Natural que deu a todos, de igual forma, o direito de escolher seus caminhos; o livre arbítrio. Cada um responde pelos próprios atos e o fiel da balança avalia todas as possibilidades.

Como disse um filósofo:" Não vos preocupeis em aniquilá-los, eles o farão entre si"

Esta postagem que relata que nossos superiores estão atentos a tudo, a faço para testemunhar que a Providência sempre acolheu os anseios evolutivos dos homens de bem e a todos aqueles que souberam volver seus passos atrás em anátema à inferioridade e à barbárie. 
E como disse Marius: "Os justos herdarão a Terra".




03/11/2011 - 18h10 Um ataque ao Irã seria desastroso// PUBLICIDADE RICHARD NORTON-TAYLOR DO "GUARDIAN"

"Um primeiro-ministro britânico alguma vez recusaria um pedido feito por um presidente americano de unir-se à América em uma operação militar controversa?" Essa era a resposta, retórica e irrespondível, na opinião deles, dada pelos mandarins de Whitehall sempre que lhes era perguntado por que Tony Blair concordou em invadir o Iraque. Não era questão de a invasão ser errada ou certa; a questão era que o ocupante de 10 Downing Street simplesmente não recusaria um pedido desse tipo formulado pela Casa Branca.
Para os EUA, o Reino Unido podia oferecer não apenas apoio político e "moral", mas também um trunfo físico de peso: a base de Diego Garcia, convenientemente situada para os caças americanos no território britânico do mesmo nome, no Oceano Índico.
É isso o que está preocupando seriamente o governo britânico: um temor crescente de que Barack Obama tenha dificuldade em se opor à pressão crescente por uma ação militar contra as instalações nucleares do Irã nos próximos 12 meses. Os comandantes militares britânicos podem ser beligerantes, eternamente otimistas e ansiosos por agradar a seus senhores políticos. Mas eles também são pragmáticos e têm plena consciência do potencial para fracasso e também das consequências catastróficas que tal ação militar pode provocar. E seria difícil alguém defender a legalidade de tais ataques preventivos.
Em meio a tanta morte e destruição, qual seria o resultado final e quais seriam as batalhas ao longo do caminho? Comandantes militares dos EUA e Reino Unido vêm avisando há alguns anos sobre os desastres que se seguiriam a ataques com mísseis contra o Irã.
As forças iranianas podem não ser muito poderosas, mas, com a ajuda do Hamas e do Hizbollah, poderiam semear o caos. As tropas britânicas e americanas no Afeganistão seriam expostas a perigo ainda maior do que estão agora; suas bases no Golfo, especialmente em Qatar e no Bahrein, seriam alvos fáceis. O Estreito de Ormuz, entrada do Golfo e canal pelo qual é transportado mais de 50% do petróleo do mundo, seria fechado. O que se ergueria das cinzas?
Para alguns, vale a pena pagar esse preço para impedir o Irã de adquirir armas nucleares. A sugestão é que neste momento existe uma "janela" que possibilitaria que Israel atacasse os sítios nucleares iranianos sozinho. No próximo ano, a "janela" ficaria aberta para os EUA (e o Reino Unido), antes de as armas nucleares do Irã alcançarem o ponto sem retorno.
Esse raciocínio, se é que pode-se chamá-lo assim, é o de um tolo perigoso. Quão esmagado e devastado teria que estar o Irã para que não fosse mais capaz de reiniciar um programa nuclear, mesmo que fosse apenas um programa envolvendo material físsil como arma para terroristas?

Israel está desenvolvendo seu arsenal rapidamente, dotando-se de uma "tríade" nuclear - ou seja, armas que poderiam ser transportadas por terra, por ar ou por submarinos.
Isso está ótimo e é compreensível, porque Israel não é o Irã - instável, imprevisível, governado por um presidente, Mahmoud Ahmadinejad, que quer semear o caos em todo o Oriente Médio. É o que reza o argumento.

Para que ameaçar, ou até mesmo ameaçar atacar, um país cujos líderes estão mais preocupados, e cada vez mais preocupados, com o estado da economia e a dissensão interna que com qualquer ameaça percebida de Israel? O Irã é uma sociedade muito mais sofisticada e dividida que o retrato geralmente pintado no Ocidente.
Um ataque contra o Irã frearia e inverteria as iniciativas de reforma. A primavera árabe se tornaria um inverno árabe, com consequências desastrosas para os interesses americanos e europeus, além das sociedades árabes, incluindo a Arábia Saudita. As opções alternativas são muitas - continuar a aplicar sanções econômicas, uma política de incentivos e castigos, mas com ênfase muito maior sobre o incentivo. É muito mais difícil resistir a abraços que a ataques.
É essencial nos engajarmos com o Irã, mesmo que Teerã continue a parecer determinada a possuir armas nucleares ou a capacidade de produzi-las - "a arte, mas não o artigo". Afinal, foi pelo status, e não a praticidade militar, que Blair conservou o sistema de mísseis nucleares Trident para o Reino Unido, segundo sua autobiografia.
Se a pressão continuar a crescer, só podemos esperar que restem vozes influentes em número suficiente no governo britânico e em Washington para dizerem "não!" ao primeiro-ministro e ao presidente.
TRADUÇÃO DE CLARA ALLAIN- Guardian
           oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
Dizem, alguns analistas dos tempos que o melhor remédio para uma crise, seja financeira como ocorre na Europa e nos EUA, seja uma crise social por reformas de sistemas ou seja por conveniências de grupos econômicos, e, até mesmo para a consolidação de aspirações de poder, é, sem dúvida fazer uma guerra. As forças do bem fizeram prevalecer a paz, pelo diálogo em inúmeras ocasiões; e agora, pergunto, será que irão interferir?


                                                                         

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Homo sapiens já há 45 mil anos ...desta geração! - off


Novas datações feitas para fósseis da Itália e do Reino Unido fazem recuar em mais de 5.000 anos a presença de membros da nossa espécie, Homo sapiens, na Europa.
De acordo com as novas pesquisas, coordenadas por cientistas da britânica Universidade de Oxford, humanos modernos já estavam no continente há 45 mil anos.
A descoberta, que será publicada na revista "Nature", indica um longo período de convivência entre humanos modernos e neandertais na Europa Ocidental. Os primos atarracados da humanidade só sumiriam do planeta por volta de 30 mil anos atrás.
Os pesquisadores analisaram um maxilar, descoberto nos anos 1920 em Kent's Cavern, Reino Unido, e dois dentes de leite (molares), achados na Grotta del Cavallo, sul da Itália.
Análises morfológicas detalhadas deixaram claro que são fósseis de humanos modernos, e não de neandertais.
O caso da Grotta del Cavallo é interessante porque, antes dessa pesquisa, acreditava-se que os artefatos do sítio teriam sido feitos por neandertais.
Agora, fica mais forte a ideia de que os neandertais aprenderam a criar esse tipo de objeto mais tarde, por influência do H. sapiens.
A nossa ciência junta e junta, mas está longe ainda da síntese.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os tempos são chegados - ESTUDO - off

Os Tempos são Chegados

Revista Espírita, outubro de 1866
Os tempos marcados por Deus são chegados, dizem-nos de todas as partes, onde os grandes acontecimentos vão se cumprir para a regeneração da Humanidade. Em que sentido é preciso entender estas palavras proféticas? Para os incrédulos, elas não têm nenhuma importância; aos seus olhos, não é senão a expressão de uma crença pueril sem fundamento; para a maioria dos crentes, ela têm alguma coisa de mística e de sobrenatural que Ihs parece ser precursoras do transtorno das leis da Natureza. Estas duas interpretações são igualmente errôneas: a primeira naquilo que implica a negação da Providência, e que os fatos cumpridos provam a verdade dessas palavras; a segunda, naquilo que estas não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas seu cumprimento. Procuremos, pois, o sentido mais racional.
Tudo é harmonia na obra da criação, tudo revela uma previdência que não se desmente nem nas menores coisas nem nas maiores; devemos, pois, de inicio descartar toda a idéia de capricho irreconciliável com a sabedoria divina; em segundo lugar, se nossa época está marcada para o cumprimento de certas coisas, é que elas têm sua razão de ser na marcha geral do conjunto.
Isto posto, diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Ele progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela depuração dos Espíritos, encarnados e desencarnados, que o povoam. Estes dois progressos se seguem e caminham paralelamente, porque a perfeição da habitação está em relação com a do habitante. Fisicamente, o globo sofreu transformações, constatadas pela ciência, e que, sucessivamente, o tomaram habitável para seres cada vez mais aperfeiçoados; moralmente, a Humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que a melhora do globo se opera, sob o império das forças materiais, os homens nisso concorrem pelos esforços de sua inteligência; eles saneiam as regiões insalubres, tornam as comunicações mais fáceis e a terra mais produtiva.
Esse duplo progresso se realiza de duas maneiras: uma lenta, gradual e insensível; a outra por mudanças mais bruscas, em cada uma das quais se opera um movimento ascensional mais rápido que marca, por caracteres marcantes, os períodos progressivos da Humanidade. Esses movimentos, subordinados nos detalhes ao livre arbítrio dos homens, são, de alguma sorte, fatais em seu conjunto, porque estão submetidos à leis, como aqueles que se operam na germinação, crescimento e maturidade das plantas, tendo em vista que o objetivo da Humanidade é o progresso, não obstante a marcha retardatária de algumas individualidades; por isso, o movimento progressivo é algumas vezes parcial, quer dizer, limitado a uma raça ou a uma nação, outras vezes geral. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei; ora, como todas as leis da Natureza são a obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é o efeito dessas leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Portanto, quando a Humanidade está amadurecida para transpor um degrau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus são chegados, como se pode dizer também que em tal época chegaram pela maturidade os frutos e a colheita.
Do fato de que o movimento progressivo da Humanidade é inevitável, porque está na Natureza, não se segue que Deus a isto seja indiferente, e que, depois de ter estabelecido as leis, tenha entrado na inação, deixando as coisas irem inteiramente sozinhas. Suas leis são eternas e imutáveis, sem dúvida, mas porque sua própria vontade é eterna e constante, e que seu pensamento anima todas as coisas sem interrupção; seu pensamento, que penetra tudo, esforça inteligente e permanente que mantém tudo na harmonia; que esse pensamento cessasse um único instante de agir, e o Universo seria como um relógio sem pêndulo regulador. Deus vela, pois, incessantemente pela execução de suas leis, e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros encarregados dos detalhes, segundo as atribuições que tocam ao seu grau de adiantamento.
O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo onde cada ser inteligente tem sua parte de ação sob o olhar do soberano Senhor, cuja vontade única mantém por toda a parte a unidade. Sob o domínio dessa vasta força reguladora tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita, o que nos parece perturbações são os movimentos parciais e isolados que não nos parecem irregulares senão porque nossa visão é circunscrita. Se pudéssemos abarcar-lhe o conjunto, veríamos que essas irregularidades não são senão aparentes e que se harmonizam no todo.
A previsão dos movimentos progressivos da Humanidade nada tem de surpreendente entre os seres desmaterializados que vêem o objetivo para onde tendem todas as coisas, dos quais alguns possuem o pensamento direto de Deus, e que julgam, nos movimentos parciais, o tempo pelo qual poderá se cumprir um movimento geral, como se julga antes o tempo que é preciso a uma árvore, para dar frutos, como os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico pelo tempo que é preciso a um astro para cumprir sua revolução.
Mas todos aqueles que anunciam esses fenômenos, os autores de almanaques que predizem os eclipses e as marés, certamente eles mesmos não estão no estado de fazer os cálculos necessários não são senão os ecos; assim ocorre com os Espíritos secundários cuia visão é limitada, e que não fazem senão repetir o que aprouve aos Espíritos superiores Ihs revelar.
A Humanidade realizou, até este dia. incontestáveis progressos; os homens, por sua inteligência, chegaram a resultados que jamais tinham atingido com relação às ciências, às artes e ao bem-estar material; resta-lhes, ainda, um imenso progresso a realizar: é o de fazer reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o seu bem-estar moral. Não o podiam nem com suas crenças, nem com suas instituições antiquadas, restos de uma outra época, boas em uma certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, tendo dado o que elas comportam, seriam um atraso hoje. Tal uma criança é estimulada por móveis, impotentes quando vem a idade madura. Não é mais somente o desenvolvimento da inteligência que é necessário aos homens, é a elevação do sentimento, e para isto é preciso destruir tudo o que poderia superexcitar neles o egoísmo e o orgulho.
Tal é o período onde vão entrar doravante, e que marcará as fases principais da Humanidade. Esta fase que se elabora neste momento, é o complemento necessário do estado precedente, como a idade viril é o complemento da juventude; ela podia, pois, ser prevista e predita antecipadamente, e é por isto que se diz que os tempos marcados por Deus são chegados.
Neste tempo, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a uma região, a um povo, a uma raça; é um movimento universal que se opera no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer, e os homens que lhe são os mais opostos nela trabalham com o seu desconhecimento; a geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, achar-se-á animada de idéias e de sentimentos diferentes da geração presente que se vai a passos de gigante. O velho mundo estará morto, e viverá na história, como hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.
De resto, cada um sabe que a ordem das coisas atuais deixa a desejar; depois de ver, de alguma sorte, esgotar o bem-estar material, que é o produto da inteligência, chega-se a compreender que o complemento desse bem-estar não pode estar senão no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, mais se sente o que falta, sem, no entanto, poder ainda defini-lo claramente: é o efeito do trabalho intimo que se opera para a regeneração; têm-se desejos, aspirações que são como o pressentimento de um estado melhor.
Mas uma mudança tão radical, quanto a que se elabora, não pode se realizar sem comoção; a luta inevitável entre as idéias, e quem diz luta, diz alternativa de sucesso e de revés; no entanto, como as idéias novas são as do progresso, e que o progresso está nas leis da Natureza, elas não podem deixar de se impor sobre as idéias retrógradas. Forçosamente, desse conflito, surgirão as perturbações temporárias, até que o terreno seja desobstruído dos obstáculos que se opõem ao estabelecimento de um novo edifício social. Da luta das idéias é que surgirão os graves acontecimentos anunciados, e não cataclismos, ou catástrofes puramente materiais. Os cataclismos gerais eram a conseqüência do estado de formação da Terra; hoje, não são mais as entranhas do globo que se agitam, são as da Humanidade.
A Humanidade é um ser coletivo em que se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual, com esta diferença de que umas se cumprem de ano em ano, e as outras de século em século. Que sejam acompanhadas, em suas evoluções através do tempo, e ver-se-á a vida das diversas raças marcadas por períodos que dão a cada época uma fisionomia particular.
Ao lado dos movimentos parciais, há um movimento geral que dá o impulso à Humanidade inteira; mas o progresso de cada parte do conjunto é relativo ao seu grau de adiantamento. Tal será uma família composta de vários filhos dos quais o mais jovem está no berço e o primogênito com a idade de dez anos, por exemplo. Em dez anos, o primogênito terá vinte anos e será um homem; o mais jovem terá dez anos e, embora mais avançado, será ainda uma criança; mas, a seu turno, tornar-se-á um homem. Assim é com as diferentes frações da Humanidade; os mais atrasados avançam, mas não saberão, de um pulo, alcançar o nível dos mais avançados.
A Humanidade, tornada adulta, tem novas necessidades, aspirações mais largas, mais elevadas; compreende o vazio das idéias das quais foi embalada, a insuficiência de suas instituições para a sua felicidade; ela não encontra mais, no estado das coisas, as satisfações legitimas para as quais se sente chamada; por isso ela sacode coeiros, e se lança impelida por uma força irresistível, para as margens desconhecidas, para descoberta de novos horizontes menos limitados. E é no momento em que ela se encontra muito pobremente em sua esfera material, onde a vida intelectual transborda, onde o sentimento da espiritualidade desabrocha, quantos homens, pretensos filósofos, esperam encher o vazio por doutrinas do niilismo e do materialismo! Estranha aberração! Esses mesmos homens que pretendem impeli-la para a frente, se esforçam por circunscrevê-la no circulo estreito da matéria; de onde ela aspira sair; e lhe fecham o aspecto da vida infinita, e lhe dizem, em lhe mostrando o túmulo: Nec plus ultra!
A marcha progressiva da Humanidade se opera de duas maneiras, como o dissemos: uma gradual, lenta, insensível, se se consideram as épocas próximas, que não se traduz por melhorias sucessivas nos costumes, nas leis, nos usos, e não se percebe que, com o tempo, como as mudanças que as correntes d'água trazem à superfície do globo; o outro, por um movimento relativamente brusco, rápido, semelhante ao de uma torrente rompendo seus diques, que lhe faz transpor em alguns anos o espaço que ela teria séculos para percorrer. E então um cataclismo moral que engole, em alguns instantes, as instituições do passado, e ao qual sucede uma nova ordem de coisas, que se assenta pouco a pouco, à medida que a calma se restabelece, e se torna definitiva.
Àquele que vive bastante tempo para abarcar as duas vertentes da nova fase, parece que um mundo novo tenha saído das ruínas do antigo; o caráter, os costumes, os usos, tudo está mudado; é que, com efeito, homens novos, ou melhor, regenerados, surgiram; as idéias trazidas pela geração que se extingue de o lugar às idéias novas na geração que se educa.
É a um desses períodos de transformação, ou, querendo-se, de crescimento moral, que chegou a Humanidade. Da adolescência ela passa à idade viril; o passado não pode mais bastar para suas novas aspirações, suas novas necessidades; não pode ser mais conduzida pelos mesmos meios; não se paga mais com ilusões e prestígios: é preciso, à sua razão, amadurecer os alimentos mais substanciais. O presente é muito efêmero; ela sente que seu destino é mais vasto e que a vida corpórea é muito restrita para encerrá-la toda inteira; por isso ela mergulha seus olhares no passado e no futuro, a fim de ali descobrir o mistério de sua existência e ali haurir uma consoladora segurança.
Quem meditou sobre o Espiritismo e suas conseqüências, e não o circunscreveu à produção de alguns fenômenos, compreende que ele abre à Humanidade um caminho novo, e lhe desenrola os horizontes do infinito; iniciando-o nos mistérios do mundo invisível, mostra-lhe seu verdadeiro papel na criação, papel perpetuamente ativo, tanto no estado espiritual como no estado corpóreo. O homem não caminha mais às cegas: ele sabe de onde vem, para onde vai e porque está sobre a Terra. O futuro se lhe mostra em sua realidade, livre dos preconceitos da ignorância e da superstição; não é mais uma vaga esperança: é uma verdade palpável, tão certa para ele quanto a sucessão do dia e da noite. Sabe que o seu ser não está limitado a alguns instantes de uma existência cuja duração está submetida ao capricho do acaso; que a vida espiritual não é interrompida pela morte; que ele já viveu, reviverá ainda, e que de tudo aquilo que adquire em perfeição pelo trabalho, nada está perdido; encontra em suas existências anteriores a razão daquilo que é hoje, e daquilo que se faz hoje, pode concluir o que será um dia.
Com o pensamento de que a atividade e a cooperação individuais à obra geral da civilização são limitados à vida presente, que nada se foi e que nada será, que faz ao homem o progresso ulterior da Humanidade? Que lhe importa que no futuro os povos sejam melhor governados, mais felizes, mais esclarecidos, melhores uns para os outros? Uma vez que disso não deve retirar nenhum fruto, esse progresso não está perdido para ele? De que lhe serve trabalhar por aqueles que virão depois dele, se não deve jamais conhecê-los, e se são seres novos que pouco depois reentrarão, eles mesmos, no nada? Sob o império da negação do futuro individual, tudo, forçosamente diminuiria às mesquinhas proporções do momento e da personalidade
Mas, ao contrário, que amplitude dá ao pensamento do homem a certeza da perpetuidade do ser espiritual ! que orça, que coragem não retira dali contra as vicissitudes da vida material! O que de mais racional, de mais grandioso, de mais digno do Criador que esta lei segundo à qual a vida espiritual e a vida corpórea não são senão dois modos de existência que se alternam para a realização do progresso o que de mais justo e de mais consolador do que a idéia dos mesmos seres progredindo sem cessar, primeiro através das gerações de um mesmo mundo, e em seguida de mundo em mundo, até a perfeição sem solução de continuidade! Todas as ações têm então um objetivo porque, trabalhando por todos, trabalha-se para si, e reciprocamente de sorte que nem o progresso individual nem o progresso geral jamais são estéreis; aproveita às gerações e às individualidades futuras, que não são outras senão as gerações e as individualidades passadas chegadas a um mais alto grau de adiantamento.
A vida espiritual é a vida normal e eterna do Espirito, e a encarnação não é senão uma forma temporária de sua existência. Salvo a veste exterior, há pois, identidade entre os encarnados e os desencarnados; são as mesmas individualidades sob dois aspectos diferentes, pertencendo tanto ao mundo visível, quanto ao mundo invisível, se reencontrando seja num, seja no outro, concorrendo num e no outro ao mesmo objetivo, por meios apropriados à sua situação.
Dessa lei decorre a da perpetuidade das relações entre os seres a morte não os separa, e não põe fim às suas relações simpáticas nem aos seus deveres recíprocos. Dai a solidariedade de todos para cada um, e de cada um para todos; dai também a fraternidade. Os homens não viverão felizes sobre a Terra senão quando esses dois sentimentos tiverem entrado em seus corações e em seus costumes porque, então, a eles sujeitarão suas leis e sua instituições. Estará ai um dos principais resultados da transformação que ali se opera.

Mas como conciliar os deveres da solidariedade e da fraternidade com a crença de que a morte torna para sempre os homens estranhos uns aos outros? Pela lei da perpetuidade das relações que ligam todos os seres, o Espiritismo funda esse duplo principio sobre as próprias leis da Natureza; disso não faz só um dever, mas uma 
necessidade. Pela da pluralidade das existências, o homem se prende ao que se fez e ao que se fará, aos homens do passado e aos do futuro; ele não pode mais dizer que não tem mais nada de comum com aqueles que morrem, uma vez que uns e os outros se reencontram sem cessar, neste mundo e no outro, para subirem juntos a escala do progresso e se prestarem um mútuo apoio. A fraternidade não está mais circunscrita a alguns indivíduos que o acaso reuniu durante a duração efêmera da vida; ela é perpétua como a vida do Espirito, universal como a Humanidade, que constitui uma grande família da qual todos os membros são solidários uns com os outros, qualquer que seja a época na qual viveram.

Tais são as idéias que ressaltam do Espiritismo, e que suscitará, entre todos os homens, quando estiver universalmente difundido, compreendido, ensinado. Com o Espiritismo a fraternidade, sinônimo da caridade pregada pelo Cristo, não é mais uma vã palavra; ela tem a sua razão de ser. Do sentimento da fraternidade nascem o da reciprocidade e dos deveres sociais, de homem a homem, de povo a povo, de raça a raça; desses dois sentimentos bem compreendidos sairão, forçosamente, as instituições mais proveitosas ao bem-estar de todos.
A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas não há fraternidade real, sólida e efetiva se não estiver apoiada sobre uma base inabalável; essa base é a fé; não a fé de tais ou tais dogmas particulares que mudam com o tempo e os povos e se lançam pedras, porque, anatematizando-se, entretêm o antagonismo; mas a fé nos princípios fundamentais que todo o mundo pode aceitar Deus, a a/ma, o futuro, O PROGRESSO INDIVIDUAL, INDEFINIDO, A PERPETUIDADE DAS RELAÇÕES ENTRE OS SERES. Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos, que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada pode querer de injusto, que o mal vem dos homens e não dele, se olharão como filhos de um mesmo pai e se estenderão a mão. É esta fé que o Espiritismo dá, e que será doravante o pivô sobre o qual se moverá o gênero humano, quaisquer que sejam suas maneiras de adorá-lo e suas crenças particulares, que o Espiritismo respeita, mas da qual não tem que se ocupar. Só dessa fé pode sair o verdadeiro progresso moral, porque só ela dá uma sanção lógica aos direitos legítimos e aos deveres; sem ela, o direito é aquele que dá a força; o dever, um código humano imposto pelo constrangimento. Sem ela, o que é o homem? um pouco de matéria que se desfaz, um ser efêmero que não faz senso passar; o próprio gênio o uma centelha que brilha um instante para se apagar para sempre; certamente, não há ali de que se isentar muito aos seus próprios olhos. Com um tal pensamento, onde estão realmente os direitos e os deveres? qual é o objetivo do progresso? Sozinha, esta fé faz sentir ao homem sua dignidade pela perpetuidade e o progresso do seu ser. Não num futuro mesquinho e circunscrito à personalidade, mas grandioso e esplêndido; seu pensamento se eleva acima da Terra; sente-se crescer pensando que tem seu papel no Universo e que esse Universo é seu domínio que poderá um dia percorrer, e que a morte dele não fará uma nulidade, ou um ser inútil a si mesmo e aos outros.
O progresso intelectual realizado até este dia. nas mas vastas proporções, é um grande passo, e marca a primeira fase da Humanidade, mas sozinho é impotente para regenerá-la; enquanto o homem for dominado pelo orgulho e pelo egoísmo, utilizará sua inteligência e seus conhecimentos em proveito de suas paixões e de seus interesses pessoais; é por isso que os aplica ao aperfeiçoamento dos meios de prejudicar aos outros e de se entredestruirem. Só o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a Terra, colocando um freio às más paixões; só ele pode fazer reinar entre eles a concórdia, a paz, a fraternidade. Será ele que abaixará as barreiras dos povos, que fará tombar os preconceitos de casta, e calar os antagonismos de seitas, ensinando aos homens a se olharem como irmãos, chamados para se entre ajudarem e não viverem às expensas uns dos outros. Será ainda o progresso moral, secundado aqui pelo progresso da inteligência, que confundirá os homens numa mesma crença, estabelecida sobre as verdades eternas, não sujeitas à discussão e, por isto mesmo, aceitas por todos. A unidade de crença será o laço mais poderoso, o mais sólido fundamento da fraternidade universal, quebrado em todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem ver no próximo inimigos que é preciso fugir, combater, exterminar, em lugar de irmãos que é preciso amar.
Um tal estado de coisas supõe uma mudança radical nos sentimentos das massas, um progresso geral que não poderia se realizar senão saindo do circulo das idéias estreitas e terra-a-terra que fomentam o egoísmo. Em diversas épocas, homens de elite procuraram conduzir a Humanidade nesse caminho; mas a Humanidade, embora muito jovem, permaneceu surda, e seus ensinos foram como a boa semente caída sobre a pedra. Hoje, ela está madura para levar seus olhares mais alto do que ela não o fez, para assimilar as idéias mais amplas e compreender o que não tinha compreendido. A geração que desaparece levará com ela seus preconceitos e seus erros; a geração que se levanta, temperada numa fonte mais depurada, imbuída de idéias mais sadias, imprimirá ao mundo o movimento ascensional no sentido do progresso moral, que deve marcar a nova fase da Humanidade. Esta fase já se revela por sinais inequívocos, por tentativas de reformas úteis, pelas idéias grandes e generosas que vêm à luz e que começam a encontrar ecos. Assim é que se vê se fundar uma multidão de instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras, sob o impulso e pela iniciativa de homens evidentemente predestinados à obra da regeneração; que as leis penais se impregnam cada dia de um sentimento mais humano. Os preconceitos de raça se enfraquecem, os povos começam a se olhar como os membros de uma grande família; pela uniformidade e a facilidade dos meios de transação, suprimem as barreiras que os dividiam de todas as partes do mundo, se reúnem em comícios universais pelos torneios pacíficos da inteligência. Mas falta a essas reformas uma base para se desenvolver, se completar e se consolidar, uma predisposição moral mais geral para frutificar e se fazer aceitas pelas massas. Este não é menos um sinal característico do tempo, o prelúdio daquilo que se realizará sobre uma mais vasta escala, à medida que o terreno se tornar mais propicio.
Um sinal não menos característico do período em que entramos, é a reação evidente que se opera no sentido das idéias espiritualistas, uma repulsa instintiva se manifesta contra as idéias materialistas, cujos representantes se tornam menos numerosos ou menos absolutos. O espirito de incredulidade que tinha se apoderado das massas, ignorantes ou esclarecidas, e lhe tinha feito rejeitar, com a forma, o próprio fundo de toda crença, parece Ter tido um sono ao sair do qual experimenta a necessidade de respirar um ar mais vivificante. Involuntariamente, onde o vazio se fez, procura-se alguma coisa, um ponto de apoio, uma esperança.
Neste grande movimento regenerador, o Espiritismo tem um papel considerável, não o Espiritismo ridículo inventado por uma critica zombeteira, mas o Espiritismo filosófico, tal como o compreende quem se dá ao trabalho de procurar a amêndoa sob a casca. Pelas provas que ele traz das verdades fundamentais, ele enche o vazio que a incredulidade faz nas idéias e nas crenças; pela certeza que dá de um futuro conforme a justiça de Deus, e que a mais severa razão pode admitir, tempera as amarguras da vida e previne os funestos efeitos do desespero. Fazendo conhecer novas leis da Natureza, dá a chave de fenômenos incompreendidos e de problemas insolúveis até este dia. e mata ao mesmo tempo a incredulidade e a superstição. Para ele, não há nem sobrenatural nem maravilhoso; tudo se cumpre no mundo em virtude de leis imutáveis. Longe de substituir um exclusivismo por um outro, se coloca como campeão absoluto da liberdade de consciência, combate o fanatismo sob todas as formas, e o corta em sua raiz proclamando a salvação para todos os homens de bem, e a possibilidade, para os mais imperfeitos, de chegar, pelos seus esforços, a expiação e a reparação, à perfeição, única que conduz à suprema felicidade. Em lugar de desencorajar o fraco, encoraja-o mostrando-lhe o objetivo que pode alcançar.
Ele não diz: Fora do Espiritismo não há salvação, mas com o Cristo: Fora da caridade não há salvação, principio de união, de tolerância, que unirá os homens num comum sentimento de fraternidade, em lugar de dividi-los em seitas inimigas. Por este outro principio: Não há fé inabalável senão aquela que pode olhara razão face a face em todas as épocas da Humanidade, destrói o império da fé cega que anula a razão, da obediência passiva que embrutece; ele emancipa a inteligência do homem e levanta seu moral.
Consequentemente, com ele não se impõe; ele diz o que é, o que quer, o que dá, e espera que se venha a ele livremente, voluntariamente; quer ser aceito pela razão e não pela força. Ele respeita todas as crenças sinceras, e não combate senão a incredulidade, o egoísmo, o orgulho e a hipocrisia, que são as chagas da sociedade, e os mais sérios obstáculos ao progresso moral; mas não lança anátema a ninguém, nem mesmo aos seus inimigos, porque está convencido de que o caminho do bem está aberto aos mais imperfeitos, e que, cedo ou tarde, nele entrarão.
Se se supõe a maioria dos homens imbuídos desse sentimento, podem-se facilmente se figurar as modificações que trarão nas relações sociais: caridade, fraternidade, benevolência para todos, tolerância para todas as crenças, tal será a sua divisa. É o objetivo para o qual tende, evidentemente, a Humanidade, o objeto de suas aspirações, de seus desejos, sem que ela se dê muita conta dos meios de realizá-los; ela ensaia, tateia, mas é detida por resistências ativas ou pela força da inércia dos preconceitos, das crenças estacionárias e refratárias ao progresso. São essas resistências que é preciso vencer, e isto será obra da nova geração; seguindo-se o curso atual das coisas, reconhece-se que tudo parece predestinado a lhe abrirá caminho; terá para ele a dupla força do número e das idéias, e além disto a experiência do passado.
A nova geração caminhará, pois, para a realização de todas as idéias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento ao qual tiver chegado. O Espiritismo caminhando no mesmo objetivo, e realizando seus fins , encontrar-se-ão sob o mesmo terreno , não como concorrentes, mas como auxiliares se prestando um mútuo apoio. Os homens progressistas encontrarão nas idéias espiritas uma possante alavanca, e o Espiritismo encontrará nos homens novos espíritos dispostos a acolhê-lo. Neste estado de coisas, que poderão fazer aqueles que quiserem se colocar como obstáculo?
Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a maturidade da Humanidade que faz dessa renovação uma necessidade. Por seu poder moralizador, por suas tendências progressivas, pela amplitude de seus objetivos, pela generalidade das questões que abarca, o Espiritismo está, mais do que qualquer outra doutrina, apto a secundar o movimento regenerador; é por isto que é dele contemporâneo; veio no momento em que poderia ser útil, porque para ele também os tempos estão chegados; mais cedo, teria encontrado obstáculos insuperáveis; teria inevitavelmente sucumbido, porque os homens, satisfeitos com o que tinham, não sentiam a necessidade daquilo que ele traz. Hoje, nascido com o movimento das idéias que agitam, encontra o terreno preparado para recebê-lo; os espíritos, as da dúvida e da incerteza, assustados com o abismo que se cava diante deles, o acolhem como uma ancora de salvação e uma suprema consolação.
Dizendo que a Humanidade está madura para a regeneração, isto não quer dizer que todos os indivíduos o estão no mesmo grau, mas muitos têm, por intuição, o germe das idéias novas que as circunstancias farão eclodir; então, mostrar-se-ão mais avançados do que se supunha, e seguirão com diligência o impulso da maioria.
Há deles, no entanto, que são essencialmente refratários, mesmo entre os mais inteligentes, e que, seguramente, não se juntarão jamais, pelo menos nesta existência, uns de boa-fé, por convicção; os outros por interesse. Aqueles cujos interesses materiais estão ligados ao estado presente das coisas, e que não estão bastante avançados para disso fazer abnegação, que o bem geral toca menos que o de sua pessoa, não podem ver sem apreensão o menor movimento reformador; a verdade é para eles uma questão secundária, ou, melhor dizendo, a verdade está inteiramente naquilo que não Ihs cause nenhuma perturbação; todas as idéias progressistas são, aos seus olhos, idéias subversivas, é porque Ihs devotam um ódio implacável e Ihs fazem uma guerra obstinada. Muito inteligentes por não verem no Espiritismo um auxiliar dessas idéias e os elementos da transformação que temem porque não se sentem à sua altura, se esforçam por abatê-lo; se o julgassem sem valor e sem importância, não se preocupariam com ele. Já dissemos em outro lugar: "Quanto mais uma idéia é grande, mais encontra ela adversários, e pode se medir sua importância pela violência dos ataques dos quais é objeto."
O número dos retardatários é ainda grande, sem dúvida, mas o que podem contra a onda que cresce, senão nela lançar algumas pedras? Esta onda é a regeneração que se ergue, ao passo que eles desaparecem com a geração que se vai cada dia a grandes passos. Até lá defenderão o terreno palmo a palmo; há, pois, uma luta inevitável, mas uma luta desigual, porque é a do passado decrépito que cai em farrapos, contra o futuro juvenil; da estagnação contra o progresso; da criatura contra a vontade de Deus, porque os tempos marcados para ele estão chegados.
ALLAN KARDEC