T R A N S I ÇÃO

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Uitonius, um amigo de Júpiter.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Deus- Repostagem de 04/01/2012 - off

O DEUS DE SPINOZA
As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em   Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos   grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia   Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de   família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo   bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século   XVII.

DEUS SEGUNDO SPINOZA
“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é   que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que
Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo   construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas   praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo   mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade   fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu   amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo   o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver   comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem,   no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me   encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me   irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te   enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos,   de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te   culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês   que eu poderia criar um lugar para queimar   a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da   eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são   artimanhas para te manipular, para te controlar,   que só geram culpa em ti.

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única   coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida,   que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem   um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há   pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um   conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de   existir. Assim, se não há nada,   terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste   comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste,   se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero   que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas   tua filhinha, quando acaricias   teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas   relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o   jeito de me louvar.

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te   ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui,   que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que   precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que   estou, batendo em ti " .

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Gêlo em Mercúrio - Reportagem off


Nasa encontra gelo e material orgânico em Mercúrio

Regiões permanentemente escuras do planeta contêm água congelada e compostos orgânicos, que teriam chegado por meio de asteroides

Foto do Pólo Norte de Mercúrio mostra mosaico de imagens enviadas pela sonda Messenger
Foto do Polo Norte de Mercúrio mostra mosaico de imagens enviadas pela sonda Messenger (NASA / Johns Hopkins University / Carnegie Institution of Washington / National Astronomy and Ionosphere Center)
Dados coletados pela sonda Messenger, lançada pela Nasa em 2004 para estudar Mercúrio, mostram que regiões permanentemente escuras do planeta contêm água congelada e material orgânico. Três estudos sobre o tema foram publicados nesta quinta-feira pela revista Science.
Os instrumentos da Messenger começaram a estudar o planeta de maneira detalhada apenas em março de 2011. Desde então, foram coletados dados que ajudam a entender como os planetas do Sistema Solar adquiriram água e algumas das substâncias químicas que possibilitam o surgimento de vida.
A proximidade de Mercúrio com o Sol poderia sugerir que o planeta fosse muito quente para a existência de gelo. No entanto, Mercúrio possui uma leve inclinação em relação ao Sol, o que faz com que algumas regiões de seu Polo Norte nunca sejam atingidas pela luz solar.
Em 1991, dados coletados pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, detectaram trechos claros no polo do planeta. Os cientistas teorizaram, então, tratar-se de água, mas a hipótese não havia sido testada. As novas observações dão suporte à ideia de que é mesmo água, na forma de gelo, o principal constituinte dessas manchas. O gelo está exposto na superfície do planeta em locais onde as temperaturas são as mais baixas possíveis. Nas demais regiões, está enterrado debaixo de um material escuro.
Compostos orgânicos — Usando os instrumentos da nave, os pesquisadores conseguiram medir a concentração de hidrogênio nas crateras — que indica qual a concentração de água. "A partir de medições do nêutrons, conseguimos estimar que o gelo se encontra debaixo de uma camada com muito menos hidrogênio. Essa camada tem entre 10 e 20 centímetros de grossura", diz David Lawrence, cientista do Laboratório de Física Aplicada da Universidade John Hopkins.
Em outro estudo, os pesquisadores mediram a região escura do planeta usando comprimentos de onda próximos do infravermelho. Eles encontraram depósitos claros e escuros. Nas áreas escuras, confirmou-se que o gelo está coberto por camadas que o isolavam termicamente. Segundo os pesquisadores, o impacto de cometas ou asteroides poderia ter formado tanto os depósitos claros quanto os escuros, uma descoberta corroborada pelo terceiro estudo do conjunto.
"O material escuro é provavelmente uma mistura complexa de compostos orgânicos levados até Mercúrio pelo impacto de cometas e asteroides, os mesmo objetos que levaram água para outros planetas", diz David Paige, pesquisador da Universidade da Califórnia e autor do estudo.
"Por mais de 20 anos, os cientistas têm discutido se o planeta mais perto do Sol possui quantidades abundantes de água em suas regiões escuras. A Messenger agora forneceu um veredito afirmativo definitivo", diz Sean Solomon, pesquisador da Universidade de Columbia

Passo a passo- REPORTAGEM - Off


Nova teoria explica o que havia antes do Big Bang

Cientistas da Universidade de Penn State (EUA) desenvolveram um novo paradigma para compreender as primeiras eras da história do universo.
Usando técnicas de uma área da física moderna desenvolvida na Universidade e conhecida como cosmologia quântica, os cientistas fizeram análises extensas que incluem a física quântica na história do universo desde o seu princípio.
O novo paradigma mostra, pela primeira vez, que as estruturas de grande escala que agora vemos no universo podem ter evoluído de flutuações fundamentais da natureza quântica essencial do “espaço-tempo” que existiam no início do universo, mais de 14 bilhões de anos atrás.
“Nós sempre quisemos entender mais sobre a origem e evolução do nosso universo. Por isso, é um momento emocionante para nosso grupo começar a usar o nosso novo paradigma para compreender, com mais detalhes, a dinâmica entre a matéria e a geometria durante as primeiras eras do universo, incluindo seu início”, disse o principal autor do estudo, Abhay Ashtekar.

O novo paradigma

O novo paradigma fornece um quadro conceitual e matemático para descrever a exótica “geometria da mecânica quântica do espaço-tempo” no início do universo.
O paradigma mostra que, durante esta época, o universo era tão inimaginavelmente denso que o seu comportamento era governado não pela física clássica da teoria da relatividade geral de Einstein, mas por uma teoria ainda mais fundamental que também incorpora a dinâmica estranha da mecânica quântica.
A densidade da matéria era de 1094 (o número 10 seguido de 94 zeros) gramas por centímetro cúbico, em comparação com a densidade de um núcleo atômico hoje, de apenas 1014 gramas.
Neste ambiente bizarro da mecânica quântica, no qual se pode falar apenas em probabilidades de eventos, e não certezas, as propriedades físicas eram naturalmente muito diferentes das que vivemos hoje. Entre essas diferenças está o conceito de “tempo”, bem como a mudança dinâmica de vários sistemas ao longo do tempo, à medida que experimentavam a própria geometria quântica.

Muito tempo atrás

Observatórios espaciais não conseguem detectar eventos ocorridos há muito tempo e muito longe, como as épocas iniciais do universo descritas pelo novo paradigma. Mas alguns observatórios já chegaram perto.
A radiação cósmica de fundo foi detectada. Ela foi emitida na era em que o universo tinha apenas 380 mil anos de idade. Nesse tempo, depois de um período de rápida expansão chamada “inflação”, o universo explodiu em uma versão muito diluída de sua versão hiper-comprimida..
No começo da inflação, a densidade do universo já era um trilhão de vezes menor do que durante sua infância.
Observações da radiação de fundo cósmico mostram que o universo teve uma consistência predominantemente uniforme após a inflação, com exceção de algumas regiões que eram mais densas e outras que eram menos densas.
Mas o paradigma padrão inflacionário para descrever o universo primordial, que utiliza as equações da física clássica de Einstein, trata do espaço-tempo como contínuo.
“O paradigma inflacionário goza de notável sucesso em explicar as características observadas da radiação cósmica de fundo. Entretanto, este modelo está incompleto. Ele mantém a ideia de que o universo explodiu do nada em um Big Bang, o que naturalmente resulta da incapacidade da física da relatividade geral de descrever situações extremas de mecânica quântica”, disse Ivan Agullo, coautor do estudo. “É preciso uma teoria quântica da gravidade, como a cosmologia quântica, para ir além de Einstein, a fim de capturar a verdadeira física da origem do universo”.
Os pesquisadores já tinham trabalhado anteriormente em uma “atualização” do conceito do Big Bang para o conceito intrigante de “Big Bounce”, que teoriza sobre a possibilidade de que o nosso universo não tenha surgido “do nada”, mas sim a partir de uma massa supercomprimida de matéria que anteriormente pode ter tido uma história própria.
Mesmo que as condições de mecânica quântica no início do universo fossem muito diferentes das condições físicas clássicas após a inflação, a nova conquista dos físicos da Penn State revela uma conexão surpreendente entre os dois paradigmas.
No passado, quando cientistas usaram o paradigma da inflação, juntamente com as equações de Einstein para modelar a evolução das áreas mais ou menos densas espalhadas pela radiação cósmica de fundo, eles descobriram que essas irregularidades serviram como “sementes” que evoluíram ao longo do tempo para os aglomerados de galáxias e outras grandes estruturas que vemos no universo hoje.
Já quando os cientistas da Penn State usaram o seu novo paradigma quântico com suas equações quânticas, descobriram que as flutuações fundamentais na natureza do espaço no momento do “Big Bounce” evoluíram para se tornar as estruturas de “sementes” vistas na radiação cósmica de fundo.
Segundo o novo trabalho, as condições iniciais no início do universo naturalmente levaram a estrutura em larga escala do universo que observamos hoje.
Além disso, o novo paradigma “empurra” para trás a gênese da estrutura cósmica do universo da época inflacionária até o “Big Bounce”, cobrindo cerca de 11 ordens de magnitude na densidade da matéria e curvatura do espaço-tempo.
Os pesquisadores reduziram para certos parâmetros as condições iniciais que poderiam existir no início do universo e descobriram que a evolução dessas condições iniciais concorda com as observações da radiação cósmica de fundo.