T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

quinta-feira, 31 de março de 2011

A Terra - Post 78

Íamos sem projetar destinos, pois senti necessidade de vivenciar as maravilhas do caminho.  Conversávamos sobre tudo, um pouco, e, só então me dei conta que nos comunicávamos mentalmente. Olhava cometas, centauros, meteoritos. Paramos a admirar a Lua. A Terra, nosso querido planeta parecia engulir com sua majestade aquele que ousasse fazer-lhe sombra, mas por amor a tinha como companheira das noites longas rogando pela luz do Astro Rei, que ela lhe trazia.

Paramos no éter à guiza do viajante que procura pela copa da árvore para o descanso. Uitonius sabia que meu Espírito experimentava emoções jamais concebíveis e necessitava rolar, gritar, orar; digerir aquele encantamento. Olhávamos aquela esfera azulada, reluzente e encantadora; Uitonius quebrou o breve silêncio e foi trocando assuntos diversos. Parecíamos dois amigos em uma mesa de bar tomando uma cerveja. Só, então me dei conta de quanto amava aquele ser.

-Uitonius, depois que deixastes de reencarnar na Terra, fostes de imediato para Júpiter?

-Passei algum tempo em uma esfera conhecida por vocês como planeta de transição e fui para o novo lar, em um satélite de Júpiter, como já te disse. Depois de algum tempo me foi permitido acompanhar teus passos.

-E meus familiares, desta encarnação, tem laços comigo? Com o meu pretérito?

-Teu pai, que te concebeu nesta encarnação foi por diversas vezes teu companheiro de armas. Um fiel escudeiro, como se costuma dizer. Até que um dia tu mandastes um filho dele para uma frente de batalha e o rapaz veio a sucumbir; ele te culpou e vocês se separaram, apesar da grande amizade que haviam construído. Vieram, somente agora conquistar à reconciliação. No começo foi difícil, até os teus l7 anos, mas depois os corações voltaram a entrelaçar-se.

-E o filho dele que morreu em batalha?

-Este veio como teu irmão. Espírito lúcido e alta moral.

-É o meu falecido irmão Y ?

-Tens dúvidas que o fosse?

-E por ande anda ele?

-Ele está encarnado em Venus mas voltará encarnar na Terra.

-Mentira!!! - exclamei e logo me arrependi. Falta de modos; de educação!

Uitonius riu. Eu ri, também. Gargalhamos. Fui pegar em sua mão para beijá-la e percebi que não havia tangibilidade; Uitonius deixara seu corpo na nave e eu aquela casca de fluidos que me dava aparência.

-Meu irmão encarnado em Venus? Poderíamos tê-lo visitado?

-Lembra-te que ele está encarnado. E você tem inúmeras noites de sono para fazê-lo, quando coincidirem os desprendimentos, é claro.

Aproveitei a boa vontade do amigo e comecei a perguntar; uma pergunta atrás da outra. Tudo sobre minha atual encarnação e seus personagens. Por serem coisas particulares me dou ao direito de não postá-las. Estava invadido por uma paz de espírito muito grande. 

-E nós, aqui juntos, nesta oportunidade que me dão, nem sei porque. Sei que por merecimentos não é. Espero não esquecer de nada, como costuma acontecer com os sonhos.

-Desta vez não será assim. Vamos à Terra?

-Vamos à Terra!

Venus - Post. 77 - B

Quem o conhece, se apaixona, Venus, a Estrela da Manhã, a Estrela do Pastor, a Estrela D'Alva.

Como a nossas sondas o definem: Uma suave camada de nuvens composta em 80 % de ácido sulfúrico e dióxido de carbono (estabilizados entre si) e sem possibilidades de geração cíclica o que impede a fixação em rochas e outros elementos da superfície. Tal qual a Terra possui as características telúricas. Sem vento solar suficiente para arrastamento do hidrogênio. Planeta estável, de superfície nova, transmutada a pouco mais de 430 milhões de anos. Pelas características do Zincato com o Grafite, altamente refletores, dá ao globo a imagem de luz constante. Apresenta vastas planices e poucas crateras pequenas (+ou- 20 km)

O que, realmente vimos, em seu aspecto dinâmico, nas possibilidades que a respiração do Universo,  na trajetória típica dos movimentos fenomênicos, em dimensão, podemos afirmar que o Planeta Venus, o nosso irmão (por caracteres)  seja uma das maravilhas do Sistema Solar. Venus está entrando na fase de Regeneração, efetivamente; passos estes que estamos em grande ensaio aqui na Terra. O trigo foi separado do joio e as emigrações e, também imigrações, estão em fase de se finalizar. O venusiano entendeu Deus. A ciência alavancou o progresso. O egoismo deu lugar ao autruismo e o planeta evoluiu. Observamos seus mares verdes, suas planices cultivadas com tons de
multi-colorações. Edificações singelas em harmonia e equilíbrio. Centros de pesquisas; assistência física e mental a quem ainda necessite. Lazer: esportes, artes, reflexão, recolhimento íntimo e viagens. Conquistaram os segredos dos micro-elementos; rasgam os céus com suas naves e, já cooperam com grande efetivo na Obra. Conheci um venusiano na Segurança; são dóceis e prestativos. Aparentam em muito os terráqueos; pouco mais altos. Quase todos morenos de cabelos escuros. São brincalhões e perspicazes. Procriam como nós, mas a afeição e o respeito, sempre observados, os fazem felizes em suas famílias.

A vegetação de Venus é avermelhada; Nutrem-se de pescados (ainda),  legumes, cereais, hortaliças e frutas. Não existe um padrão para suas vestimentas; vão desde as batas, os macacões colados (de fibras sintéticas) às saias curtas para mulheres e bermudas e sapatilhas, para ambos os sexos.

A temperatura média de Venus está em torno de 45 a 90º C. Tudo, lá tem muito brilho e cores fortes. Existem, para o planeta, três governadores, cada qual com administração própria, mas interligados em questões de interesse comum. As leis são respeitadas e observadas; para transgressões, existem centros de reeducação. Crimes, como roubos, assassinatos, má fé, improbidades de vários gêneros, tornaram-se estudo, somente em seus livros de Direito.

Gostaria de ter ido, me misturando entre eles, sentir e melhor avaliar, mas Uitonius me disse que tínhamos muito, ainda, a ver.

Odisséia I I - post 77- A

Pietrus me surpreendeu e, como o vento que passa, deixou-me a assinatura das circunstâncias:

" Alguns dos conceitos que dispondes são insuficientes, e o digo como já feito, outros são esgotados, outros cobertos de incrustações humanas, que por estas ficam esmagados. A ciência, tão enceguecida de orgulho desde que nasceu, demonstrou-se impotente diante dos últimos "porquês" e, com a pretensão de generalizar partindo de poucos princípios, os mais baixos, prejudicou-vos, abaixando-vos, fazendo-vos retroceder para aquela matéria, a única que estudava. As filosofias são produtos individuais, elevando a sistema aquela indiscutível premissa que é o próprio Eu, embora sendo intuições, são intuições parciais, visões pessoais que só interessam ao grupo dos afins. O bom senso é instrumento imediato para as finalidades materiais da vida e não pode superá-las; então não pode bastar. As religiões, tantas, e, erro imperdoável, todas lutando entre si, exclusivistas na posse da Verdade e isto em nome do próprio Deus, aplicando-se não a procurar a ponte que as una, mas a cavar o abismo que as divida. Anseiam invadir o mundo todo, ao invés de coordenarem no nível que lhes compete, em vista da profundidade da revelação recebida. Infelizmente, recobriram de humanidade a originária Centelha Divina." 

" Diante das grandes paixões que outrora moviam os povos, hoje o espírito se encontra adormecido no ceticismo; de tal forma caiu no vazio, que não tem força para rebelar-se, nem sombra de interesse, ainda que para negar; tornou-se um nada recoberto por sorridente máscara; desceu ao último degrau, está na última fase de esgotamento; a indiferença."

Surpreso, dei boas vindas ao amigo que nos trouxe o trecho, já publicado e tão pouco compreendido.

                                       


Odisséia - Post 77

Que outro nome poderia definir esta aventura que não, Odisséia? Percorremos o nosso Sistema Solar, observamos a nuvem multi-colorida da hipotética nuvem de Oort; cruzamos o cinturão de asteróides admirando suas formas e cores que lembravam caramelos coloridos. Através das reações nucleares do Hidrogênio e do Helio, as super-novas, bem além do além, saudavam a Lei com um pulsar frenético, anunciando novas vidas. 

A Fonte ... Espírito do Universo ...se quiserem, Deus, é o núcleo dos vórtices que, tal mina d'agua, deixa, que de si, Substância, a gênese criativa dos fluidos que bailam por seu Pensamento, em naturezas marcadas pelas energias e pelo espírito, ... cumpram o papel da Criação.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mercúrio-imagem- Post 76

A Nasa divulgou, nesta Terça Feira, 29, a primeira imagem realizada pela Sonda Messenger, que após 6,5 anos começou a orbitar Mercúrio em Março, 18.

Esta imagem é do planeta, vista do nosso plano dimensional.


terça-feira, 29 de março de 2011

Pausa para refletir -Post 75

Agora, reintegrado neste meu pequeno mundo egoístico, em que os valores são medidos  pelo parâmetro inverso  ao das conquistas nobres; onde o mais forte ostenta os louros e a admiração e o mais fraco é qualificado pelo fracasso; onde o super homem tem seu lugar nas análises dos medíocres e os santos, afastados como tolos, aqui, me ponho analisar.

É necessário demolir e reconstruir, sufocar a animalidade individual e social e qualquer expressão dela, substituindo-lhe por manifestações de ordem superior. Se a renúncia é necessária como demolição, é indispensável substituir o velho com novas paixões, impulsos e criações, para que o rítmo da vida não pare e o espírito não fique árido. É necessário que o alegre esforço de renascer mais alto supere e absorva o tormento da morte mais embaixo. Se subimos aos mais altos níveis, parece que a velha forma biológica, que se atrofia, não pode mais suportar o psiquismo hipertrofiado e surgem desiquilíbrios aparentes, que a ciência não sabe compreendê-los e os classifica como formas de neurose. A matéria é pertinaz, mas é filha do passado que se supera; o espírito sofre, mas o futuro pertence-lhe; passado e futuro significam força e justiça, dor e alegria, escravidão e liberdade, mal e bem; extremos entre os quais oscila a alma humana para a sua ascensão." ( Pietrus)

-Pietrus foi um novo amigo que conheci, nesta aventura. Ele desencarnou há poucos anos. Era um daqueles missionários que trouxeram para a Terra as Verdades dos céus. Ele me prometeu falar, em breve, sobre Evolução. 


Então, isso que vemos não é real? -Post 74

Uitonius me passara as informações de formas mais científicas, incisivas e convincentes. Foi então que lhe perguntei:

- Entendo, então, que o que vemos, e a nossa ciência constata e nos passa, não é real?

-Por certo que é real; uma realidade que atende quem a busque em suas possibilidades. A trajetória característica dos movimentos vorticosos que expressa sinteticamente o seu devenir, é o traço que já encontramos no mundo físico, no nascimento das energias agregadas; formações estelares e planetárias, ou seja, o vórtice. Ela exprime a fenomenologia e seu estudo que nos arremessará à novas concepções cosmológicas.

-Não há intercalações de fases, posto que as interações não observam no tempo-espaço as trajetórias evolutivas. Isso se dá nas fases em que se encontrem. Portanto a fase alpha terá o domínio sobre a beta e a gama, mas, nunca, a gama ou a transição desta para a beta terá maiores possibilidades; em outras palavras, nesta fase trifásica, com a excessão de alfa, ou +x, nada possibilitará uma parelha analítica por direito ainda não adquirido.

-Nos veremos como globos áridos e de aspectos primários, até que o vir a ser no-lo permita pela ampliação da percepção, por direito adquirido, na Lei da Evolução. Nós, obreiros nos Universos temos o domínio da Substância e das formas que ela sustenta, e, por isso, interagimos com as fases em que percorram; e, permitimos-te o compartilhamento.

Uitonius não se aprofundava no conteúdo de seus esclarecimentos, pois, entendia que, mesmo a minha aquidade e campo perceptivo, estando ampliados, para mim, tudo eram novidades. Mantinha informações de superfície, apenas. 

Eu estava, à frente das reais "dimensões paralelas".




segunda-feira, 28 de março de 2011

Imagens
















Mercúrio - Post 73

Nossas tecnologias nos ofereceram recursos para, empiricamente ou barionicamente, teorizar. O solo de Mercúrio, observado em sua dimensão, gama pelos módulos terrestres e a potência dos macroscópios alertivos, assemelha-se ao solo lunar; planeta próximo ao sol com diâmetro 378 % menor que a Terra e 366 %, maior que a lua. Da, real posição beta da constância cosmológiga, que pode ser interpretada como uma modificação de sua natureza geométrica e quântica, nas equações de campo da relatividade geral, quando, como um efeito da energia de vácuo à quintessência  modeladora do campo escalar, cuja densidade de energia pode "VARIAR" no espaço e no tempo, sempre sobre a influência do que se chama na Terra de gás de Chhaplygin, pecebe-se, apenas, quando inseridos em fatores de semelhança ou de superioridade, a mudança da equação da caminhada evolucional.

Com tudo isso, quis dizer, que Mercúrio não apresenta a ideoplasticidade da realidade para a pungência da nossa Ciência. Nem Mercúrio e nem outro globo qualquer do nosso Sistema Solar. Da dimensão beta em caminho secular para alpha, na qual estamos, nós habitantes da Terra, ensaiando os últimos passos, Mercúrio nos permite sua realidade evolutiva, também, em beta para alpha. 

As escarpas altíssimas e extensas, apresentam uma vegetação arroxeada e massiva, lembrando os Urais; nas planices uma vegetação com a influência da clorofila (analogia do efeito terrestre) e nas bordas das milhares de crateras em cujo interior se observavam temperaturas de aproximadamente -200ªC, em contraste com a temperatura das escapas e planices que beiravam os 450ª C, temos, neste pulo trifásico-evolucional, a estabilização de possibilidades orgânicas com a livre predominância
do Carbono para todas as formas de vida. 
Sua atmosfera, em realismo dinâmico é composta do Hélio 19,9%, Sódio, ainda, mas a 11,88%,  Hidrogênio 29,14%,  Oxigênio 39,99% e, outros. As temperatura variam, dos 121ªC (dantes passavam dos 400ªC), 80ªC nas planices e 50ªC nas bordas das crateras.

Lembremos que na fase gama para a beta, o planeta apresentava imensas crateras, em cujo interior apresentava a temperatura de -215ªC, com imenso reservatório de gelo, que já nesta fase energética, em perspectivas de alpha, nos deparamos com verdadeiro mares, lagos e, antes onde escoavam lavas, rios com diversas forma de peixes.

Os habitantes de Mercúrio, a guiza de nossa Idade Média, moram em cidades, (geralmente às margens das crateras de outrora) pequenas, ainda; observamos algumas grandes edificações; estradas e ruas de chão batido e pedras; homens pastoreando uma espécie de cabras, outros na lavoura de hortaliças e grãos (não identificados por mim). 

Como em Mercúrio, amplio e estendo meu relato para os outros planetas do nosso Sistema Solar, nas visões mecânica e dinâmica. Fica a promessa que falarei de cada um em postagens futuras.
Breve, ...muito breve, com a nossa efetivação em alpha, poderemos observar a realidade de Mercúrio e não estaremos vendo mais, aquele planeta desolado e aparentemente árido que pela proximidade do Sol, acreditávamos jamais possuir ou  abrigar a VIDA.

Deixo, também registrada, minha promessa de explicar as equações evolutivas: alpha ► beta ► gama ►beta ► alpha ... 

domingo, 27 de março de 2011

O grande salão da transparência - Post 72

Para mim nada mais era inconcebível. Uma surpresa atrás das outras. Saindo daquele lugar onde eu tivera grandes revelações de como somos observados a todos os instantes, não resta dúvida que com nobres intenções, Uitonius me convidou para conhecer o salão da transparência. Me explicou que ali os milhares de companheiros que compunham a população da nave, por serem encarnados e não dispondo das mesmas possibilidades dos desencarnados, que percorriam mundos diversos pelo veículo do pensamento, eles tinham que se utilizar dum artifício para que, o mesmo pudessem fazer.

Era um enorme salão -aliás, tudo lá era enorme dado o contigente  que mantinha a nave- todo em paredes clara, lembrando o mármore, o teto formando uma enorme cúpula; na frente havia uma abertura, como se a nave, naquele local não fosse de material metálico e sim de material transparente. Esta vidraça (vamos assim definir por falta de outro termo- deveria ter uns 200m. de comprimento, por uns 30 m de altura em formato oblongado, seguindo a disposição do recinto. Por ela via-se o espaço; estrelas, planetas, tudo distante. Uitonius me explicava que ali era um dos locais de estudos, contatos e lazer. 

Não entendi muito bem aquela história, mas, continuei na expectativa. Vi muitos dos meus novos companheiros parados; não se mexiam, apenas parados; diria até, letárgicos. Uitonius apontou-me para o piso em que se destacavam circulos, de, aproximadamente 30 cm de raio, todos de material prateado. Todos estavam sobre um circulo destes. Uitonius convidou-me a ficar sobre um e postou-se em outro ao meu lado. 

-Gui, vamos conhecer um pouco deste tesouro que vocês só conseguem adivinhar pelos instrumentos  e relatórios de satélites. Projete seu pensamento para fora da nave e sigamos nesta maravilhosa aventura.

Eu queria perguntar como deveria projetar-me para fora e, mesmo antes de articular o primeiro som, vi-me no espaço. Ao meu lado, sorridente, o surpreendente amigo. Fiquei com medo ao olhar para baixo. Eu estava no meio do espaço, afinal! Uitonius acalmou-me, sorrindo.

-Me diga Uitonius, eu estou aqui mesmo ou lá dentro imaginando, que esteja aqui?

-Você não aprendeu que onde estiver seu pensamento, ali você estará? Gui, materializados que somos, não poderíamos sair pelo espaço com nosso corpo físico; Não é o seu caso, pois você deixou seu corpo material dentro dum carro, e, da mesma forma, este processo nos permite a liberdade do corpo físico, que lá na nave ficou. De ti, ficou aquela aparência que com as emanações dos fluidos do nosso companheiro te revestiram, permitindo uma tangibilidade.

-Então quer dizer que estamos como se tivessemos desencarnado ou libertos pela ação do sono reparador?

-Exatamente! A única diferença é que, no seu caso, o perispírito, próprio da Terra, te reduz a aquidade de retorno, ou seja, quando sais do corpo nas liberdades que o sono te oferece, ao retornares ao teu corpo ficam vagas impressões e idéias confusas, na maioria das vezes simbólicas ou sem sentido, mas, com este processo que estamos utilizando, creia-me, lembrarás de tudo. Percebes onde estamos?

Olhei e vi alguns planetas distantes, estrelas brilhando com mais intensidade do que estava acostumado ver.

-Gui, é hora de te libertares do atavismo orgânico que te prendeu através dos milênios; olha para tudo, mas olha em Espírito; veja a natureza com a tua natureza.

Eu me senti profundo -vocês não imaginam o que seja se sentir profundo-, eu via diferente; eu me integrava com a criação, com o Universo. Uitonius riu. Riu abertamente, pela primeira vez.

-Onde queres ir?

Eu não sabia o que responder, então apontei e disse:
-Lá.Naquele aro de fogo.

-Naquele aro de fogo ... na verdade aquele é Mercúrio que neste instante nos tira a visão total do sol e permite escapar pelas bordas os raios do Astro Rei. Nossa posição propiciava um breve eclipse. E sem nada perceber já estávamos tão próximo de Mercúrio com possibilidades de admirar, até, seus contornos e relevos. Eu estava maravilhado. Comecei a rir como o menino que vai ao circo pela primeira vez.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Aqueles numeros todos não saiam da minha cabeça-Post 71

Então, sem parecer chato, perguntei ao Uitonius.

-Existem outras atividades que façam uso dos 200 milhões que ainda restam, na tua computação.

Ele parecia esperar pela pergunta.
-Saiba querido Gui que em breve teremos transformações estruturais de grande porte no planeta Terra, e, para isso vamos necessitar de todos, que aqui,  já se instruem para o evento. Sinto, não poder te dar maiores detalhes de informações do que estas que já te passei.

Eu me calei e compreendi a explicação inexplicada. Nunca mais toquei naquele assunto.

Tive vontade de gritar: BINGO!!!


       

quinta-feira, 24 de março de 2011

E na grande colméia continuávamos - Post 70

Eu, instintivamente fazia cálculos mentais quando Uitonius me interrompeu o pensar:

- Gui, já sabes que nas 25 grandes naves, como esta, mantemos um efetivo de 500 milhões de seres encarnados; o que dá uma média de 20 milhões por nave, certo? Considerando que cada uma assista, aproximadamente um número perto dos 3,5 milhões de terráqueos como a nossa, cuja média é de 4 a 5 habitantes por célula, média igual em paises europeus, e  5,5 a média da América do Norte, mas que, em contra partida, nos paises asiáticos e na Africa esta média sobe para 21 a 25, chegaremos a um denominador comum de 17 seres por célula em média global, o que representa oitenta e cinco milhões.

-Só isso, argumentei. E os bilhões de seres encarnados, restantes que somam a população do globo?

Uitonius riu e completou: 
-Eu te esclareci que nossa competência é com um grupo com necessidades, que busquem prioridades imediatas; são aqueles que espalham, que não entram nem permitem que entrem, os formadores das falsas opiniões, os grandes desajustados, que operam as energias destruidoras dos conceitos; os exploradores da credulidade, os ditadores que atravessaram os tempos e, que agora estão frente a frente com as últimas oportunidades. Os que conseguirem suas reabilitações em curto prazo, permanecerão na Terra resgatando os históricos da alma; os que sucumbirem, nesta última oportunidade, serão transferidos para mundos inferiores, e, lá, amargarão a pátria distante e serão futuros desbravadores do progresso naqueles mundos, pela prática, então, das conquistas nos campos diversos da evolução que não souberam colocar na prática do bem, e arrematou:

-Podemos, então concluir que o restante dos bilhões de encarnados na Terra, estão sob o amparo de outros companheiros nos Centro Especializados em Garamides e Europa (luas de Júpiter). Isso não quer dizer que este grande número que não está sob nossas guardas, aqui das naves, sejam Espíritos aptos ao grande momento que vive o planeta; a grande maioria é, sim, ignorante e, seduzida se deixa levar, por mentes poderosas, voltadas para o mal. E estes sim estão sob as nossas vistas.

-Se cada nave tem um efetivo operacional de 20 milhoes de seres encarnados e só 500 mil células que atende em média 4 a 5 terráqueos, o que fazem os outros 19,5 milhões?

-Você precisa entender que para esta tarefa, em primeiro lugar, temos que tomar o parâmetro horário da Terra, que é de 24 hs/dia e, que a ninguém é exigida uma carga contínua de dedicação à uma tarefa, seja a mais sublime e agradável; temos, então turnos de trabalho com revezamentos de 4 em 4hs, o que perfaz um efetivo de 3 milhões de cooperadores, aproximadamente. Em segundo lugar, entenda, esta não é a nossa única atividade, nesta nave. Temos os nossos cientistas, os nossos técnicos de diversas áreas, os nossos historiadores, os nossos professores, os nossos artistas, todos, enfim, dando o amparo intelectual e evolutivo aos nossos cooperadores quando se encarnam na Terra. São os inspiradores de todas as formas que expressem a evolução. . Somam estes colaboradores, aproximadamente nas 25 grandes naves, 230 milhões.

Armazenando, o quanto possível- Post 69

Voltando ao meu relato sobre a nave Segurança, como dizia,após os encontros, ou reencontros com Uitonius e Fulvia; e após conversas ao pé do ouvido com a linda mulher, Uitonius pediu que nos dispensassem, pois iria me apresentar à nave. E eu não queria outra coisa. Tomou-me o braço amigavelmente e iniciamos a percorrer aquele gigante majestoso.

Percebi que a iluminação de todos os ambientes eram manifestações das próprias estruturas e emanavam, geralmente dos tetos e paredes. Então, Uitonius, como se lendo meus pensamentos -e acho que lia- adiantou-se:

- Pois é, meu caro Gui, Flamínio já te deu uma idéia, na nave que te trouxe- será que estive-
mos sendo monitorados por ele todo o tempo?- do funcionamento da luz que nos ilumina. Te falou das fibras de transmissão das ondas eletromagnéticas, tais quais as usadas na Terra, por sistema ou princípio de uma tecnologia, cujo exterior são de vidro ou materiais poliméricos, contudo, já há muito tempo passamos a utilizar os cristais que, substancialmente, harmonizavam o índice
de refração com o de reflexão total e consequente propagação no vácuo, ou seja 300.000 Km/segundo, contudo as malhas de interiores de naves e residências já utilizam o Calustio, supeior em propagação ao cristal e imensamente, aos diodos emissores(LED) ou os diodos laser, utilizados e ainda pesquisados na Terra. 

Nisso, um danuto se aproximou de nós, simpático, como se estivesse atendendo uma ordem mental de Uitonius. Trazia na mão, dobrado, um macacão amarelo.

-É para que vistas, Gui; os próximos locais que visitaremos exigem a nova roupagem.

-Fui a um compartimento, levado pelo danuto e troquei a bata que vestia pelo novo uniforme. O amiguinho serviçal pareceu sorrir, aprovando o meu novo visual. Quando retornei ao corredor em que estava com Uitonius, encontrei-o, também com igual uniforme, contudo roxo. E, brincando, lhe falei:

- Rápido que és, heim?

Ele apenas sorriu.

-Iremos à área de grande esterilização e esses uniformes absorvem gamas eletromagnéticas, deixando-os imunes a qualquer microorganismo deletério. São áreas de estudo, de lazer e trabalho, contudo temos os procedimentos de segurança que criam as barreiras assépticas dos locais que o contato do ambiente interno e o externo se encontram; são as áreas limítrofes, entendes?

Fiz um gesto com a cabeça, afirmativamente. 

Chegamos, no fim de longo corredor que atravessamos, frente a uma espécie de cúpula em que algumas luzes, na parte superior, piscavam aparentando ser um código ou coisa parecida. Aquilo nada mais era do que a porta de um dos elevadores da nave; espaçoso e todo metálico na parte traseira pois na dianteira era uma substância que me parecia os nosso vidros. Um monitor, cheio de botãozinhos com sinais que não entendi, e, supus serem letras ou números. Uitonius apertou três deles e, a porta se fechou e em seguida se abriu. E eu perguntei: 

- Chegamos?

Estávamos em um enorme salão. Devia ser bem maior do que o hangar em que conheci. Parecia uma colméia, pois tinha divisões transparentes, cada uma com uns 30 m2. Víamos dentro delas algum mobiliário em estilo futurista, todos em cor branca, monitores, aparelhos de vários aspectos. E, é claro, um ser que parecia ser o responsável pelo espaço. Eu nada perguntava, apenas olhava impressionado a magnitude daquele lugar. Afinal, pensei, que seria aquilo tudo?

-Observe, Gui, que neste ambiente temos cinco mil companheiros em franca atividade; como este, temos outros 99. São 100 destes postos, conhecidos por Fraternidade. Aqui estamos ligados com, aproximadamente 3,5 milhões habitantes do Brasil(1); conectados com seus passos, no bem e no mal, dando sugestões e conselhos; buscando livrá-los de absurdos mentais e equívocos singulares. Realço, que esta não é considerada, jamais, uma interferência no livre arbítrio deles e, se assim o fizéssemos, estaríamos infringindo a Lei Natural, pois o livre arbítrio é conquista, atributo do Espírito. Somos professores, instrutores, ortientadores; enfim, aquilo que vocês denominam como guardiões ou de Anjos da Guarda.

Se tivesse uma cadeira vazia na minha frente, teria me sentado, pasmo que estava.

-Você -atrevi-me- está querendo me dizer que são os nossos Espíritos guardiães, nossos anjos da guarda?

-Esta nave comporta, efetivamente o amparo evolucional à 3,5 milhões de homens encarnados. Temos três, iguais a Segurança espalhadas à serviço do Brasil. Esta, cobre a região sul e sudeste, até a região do Trópico de Capricórnio e estamos com uma média de 4,5 habitantes por célula. No Centro Oeste, Nordeste e Norte, esta média sobe para 15 habitante/célula. Devo salientar que de nossas naves não saem todos estes contatos; a maioria é feita de uma de nossas luas em Júpiter. O que é feito pela Segurança e suas agêneres são a seres que em uma escala de desenvolvimento ainda prescindem de cuidados especiais.

Então me lembrei de um trecho do Herculano Pires:"...O sobrenatural tornou-se natural. Tudo se reduziu a uma questão de conhecimento das leis que regem o Universo."

(1)-Reg.Sul/Sudeste



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Que mais posso dizer que não pense?

 "Ulisses colocou cera nos ouvidos e amarrou-se no mastro para evitar o canto das sereias, e, só assim vencer o MITO."

quarta-feira, 23 de março de 2011

O céu, tão perto e tão longe - Post 68

Hoje estou mais calmo. Digo isso porque o trabalho mental excita e, o mediúnico, então, só quem é médium para saber. Não estou em Santos; vim passar uns dias na casa de minha filha em São Paulo. Ela mora no 18ª andar de um prédio em bairro tranquilo. Daqui, olho o céu e seus mistérios. Percebo
o quanto somos pequenos e solitários. Todos somos solitários, posto que inteligências individualizadas. Nada temos do que nós mesmos e o compromisso com a perfeição, que, creiam, alcançaremos um dia.
Das cavernas até os arranha-céus, foram alguns milhares de anos; e daqui à angelitude vai depender somente de cada um estimar outros mais ou menos, milhares, mas, embora sós, temos conquistas eternas e Uitonius e Fulvia vieram me anunciar, a guiza do unguento medicamentoso nas feridas abertas. Eles não são meus, mas, sempre, descobri, fizeram parte de meus sonhos. E, embora distintos e solitários em plenitude espiritual, amamos. E o céu está limpo nesta noite.

Eu sei que lá, a bordo da Segurança aumentei minha relação coma fraternidade. O puro amor! Como eu gostaria de ter tido a coragem que me faltou em minha conversa com Fúlvia. Não sei se terei ou quando terei uma nova oportunidade. Eu me lembro que quando deixei a Segurança e entrava em uma pequena nave para a volta, a vi, de longe me acenar um até breve ou um adeus.

Uitonius, me lembro, disse-me que eu não necessitaria de nave para voltar, contudo foi nela que o fenômeno da materialização foi feito, e nela seria desfeito. Eu acho que ele me oferecia um passeio extra, pois, esta que me trouxe de volta, era totalmente transparente. Foi algo inesquecível. Nenhum astronauta viu o que vi. Era como se eu estivesse voando da imensidão do Universo para o planeta Azul. E, por mais que eu olhe para o céu, vejo passar apenas alguns aviões e helicópteros.

A minha família, aqui da Crosta, é também linda. De repente me vem à cabeça a figura do Pequeno Príncipe. Quantos mensageiros nos visitaram em nome do amor e foram rechassados; tendo seus nomes explorados até hoje. Quantos, há todas as horas não encarnam em nome da ciência e da moral e são taxados de neuróticos. Mas, Uitonius nos diz que os passos são lentos. A evolução não dá saltos. Do egoismo ao autruismo há um longo caminho a percorrer. Não entendam esta postagem como desabafo, tenham-na como filosofia de solidão ou de carência de quem esteve nos céus e voltou para o inferno. 

Eu fico imaginando o que alguns seres que encarnam em missões, na Terra, devem sentir. Tenham, como uma pausa de postagens, esta minha reflexão. Amanhã será um novo dia e estarei falando da Segurança e sua tripulação. 

Grande abraço a todos.

Fulvia - Post 67-A

Uitonius não me fez esperar. Iniciou rapidamente seu relato:

-Essa nossa querida Fulvia, em tempos diversos, teve seus destinos agregados aos teus, mas bem antes desses encontros precisamos destacar algumas particularidades de algumas de suas encarnações.

-Fulvia sempre teve aparências admiráveis e portes finos, desde os esquecidos tempos da Segunda Dinastia; algures no Egito, a linda mulher já tinha acesso a realeza como "companhia agradável" de
reis e rainhas e com fama de negociadora de escravos, adquiriiu fornecedores confiáveis. Foram diversas encarnações nesta lastimável atividade que lhe rendia poder e status. Sempre de pele alva como o leite, olhos claros e cabelos louros, só admitia a cor mais escura por conveniências; caso dos egípcios.

-A partir do Sec XI o cenário mudou e a nossa Fulvia iniciou uma série de encarnações nas tribos africanas. Sempre revoltada sem definir causas. Foi, então, trazida ao Brasil, como escrava, por traficantes, após alguns séculos, e, aqui iniciou uma série de encarnações como uma negra-escrava. Já, nessas encarnações mostrava sua melhora no campo da resignação e da justiça, injustiçada que se achava.

-Seu primeiro encontro com ela se deu, contudo, antes destes acontecimentos em que foi arrebatada por piratas traficantes; tu a conhecestes em pequena aldeia no norte da Espanha em que o valente sol
dado servindo à uma força qualquer, deparou com uma negrinha estirada, semi nua em viela, seviciada pelo estrupo criminoso. Ela foi acolhida por ti que a levou para sua casa e, com ajuda do teu filho(Uitonius), assistiram-na e por longos anos a tiveram como amada familiar.

- Em uma outra, após a conquista de um povoado, em uma das muitas guerras que participastes, era "normal" o saque e o estupro das mulheres dos vencidos e nessa ocasião tu interferistes a favor de uma senhora negra, escrava, que seria molestada pelos subordinados ávidos das mais nefastas sensações. Acolheste-a, sem mesmo saber o porque, e a mantivestes em sua casa, como fiel servidora até sua morte, sem jamais deixar de dispensar-lhe diálogos fraternos de filho órfão que fora.

- E, finalmente, já no Brasil, algures, em região do café paulista, jóvem e sonhador, integrastes movimento abolicionista. Na flor ainda não desbrochada de seus dezenove anos fostes seduzido por rica fazendeira e, inevitável se tornaram amantes. A influente dama da sociedade palaciana tinha muitos escravos e, dentre eles uma menina de dezesseis anos que te chamou atenção pela delicadeza e modos aprazíveis. Aproximaram-se e nasceu grande amizade com redundante romance. As vistas duma dama de companhia da companheira de prazeres, tudo viram e correram ao fatídico relato à sua generosa protetora.Bastou para que a ira daquela que se sentia traída, encomendassem a tua morte, sem antes sugerir em um prato de prata, o teu escalpe. A menina teve sorte idêntica com maiores resquícios de selvageria.

- Fulvia, ainda se encarnou mais três vezes no Brasil, como já te foi relatado, contudo fisicamente não houveram contatos. Ela te seguia de longe, espiritualmente, passo à passo da tua caminhada. 

Lágrimas não se fizeram tímidas. Como faz bem saber que somos amados. Como se tornam fortes os laços que os milênios não conseguem desatar. Como a Providência nos permite acordar, na hora certa. Nada mais falamos; eu e Uitonius quietos e, talvez, ele chorando também!