Eu estou relatando fatos que ocorreram na Nave e, simultaneamente, aqui, na pós "volta ao lar material". E como eu dizia, eu tinha muitas coisas que, por falta de tino inventivo em literatura e narrações, haviam passado despercebidas. Mas, saibam que mantivemos contatos, ou melhor, mantemos contatos periodicamente, embora Uitonius asseverou que não iria interferir em minhas narrações, evitando com isso uma acomodação mental de minha parte. E eu achei justo!
Se fosse para assim ser qual teria sido o motivo das informações que lá recebi? Teria sido mais fácil uma narrativa da parte dele e eu seria apenas o instrumento material que passaria para o papel: o médium!
Aproveitei, hoje, a oportunidade do contato e fui direto:
-Meu caro Uitonius, me diga quem é Fulvia na minha vida; ou quem foi?
Ele, embora não o veja nestes contatos tipo mentais, pude sentir seu rosto tomar uma seriedade incomum e profunda; senti aquele homenzarrão de dois metros, passar as mão sobre a cabeleira loura (meio grisalha), cerrar os lábios típicos dos gregos e com um profundo olhar que me desnorteou, falar:
-Se queres, assim será!
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