◙FRENTE ao "pc", com diversos rascunhos na mão, deixei-me abater pela indecisão. Eram matérias polêmicas. Não era a minha intenção me lançar como paladino da verdade; O que eu menos queria era atacar a crença de quem quer que fosse, mas, por outro lado, não poderia me omitir ou sonegar informações que recebia.
Como disse, em postagem anterior, num Domingo à tarde conversamos sobre diversos assuntos, eu e Uitonius, e, o destaque foi sobre as crenças. E ali estava eu com aquela incumbência temerosa. Tomando um fôlego que não soube precisar a origem, iniciei. Estava só, naquele Domingo enfiado em meu velho pijama quando senti a presença de Uitonius.
Falamos sobre as crenças, de um modo geral. Dos profetas antigos e dos atuais. Dos mitos, dos arquétipos,das igrejas. Resumirei o máximo que puder para desenvolver uma lucidez, a menor que seja, sobre o desagradável assunto (para mim).
Uitonius me falou, primeiramente que em mundos adiantados, os seres superaram as necessidades das divindades, à moda do freguês. Eles, de suas formas, amam Deus em suas Leis Naturais, em sua Criação e, isso, inclui, é claro, os seus semelhantes em todos os Universos. O planeta em que vivemos, a Terra, ainda em termos de espírito, está muito longe da postura que se espera para uma transformação em planeta de regeneração. Daí a necessidade das intervenções veladas que ocorrem em sistemas, os mais diversos, na cultura, nas artes e nas revelações, por Espíritos que nos inspiram e por outros que aqui encarnam como verdadeiros missionários, o que justifica suas presenças entre nós, como já vimos.
Falamos dos Messias de todos os tempos, desde a Fenícia e o Egito à Grécia, do povo Hebreu, até o advento do Cristianismo.E o ponto que sempre prevaleceu foi o da mitificação e até da mistificação.
Falou-me de Jesus, um Espírito superior, que a seu tempo, veio trazer à Humanidade uma nova visão do Amor, uma nova compreenção de Deus,e que, cada um deveria fazer o esforço para aquele entendimento. Jesus foi tido, pela sua condição espiritual e por sua postura como ser humano, como o arquétipo para todos seres da Terra. Foi transformado em mito e divinizado como pessoa integrante da natureza de Deus pelas religiões. Aviltada, descaracterizada, enxertada de dogmas e cultos e fábulas, a nova Doutrina do Cristo foi aprisionada pela Igreja que se fez sua dona.
Foi então que a Providência enviou os Espíritos Superiores para a grande revelação, o Espiritismo.
E ele tem se sustentado pelo esforço de seres de Orbes diversas em uma grande frente de Luz e Verdade.
Novamente, forças detratoras, não se esquivam. De toda sorte, buscam os meios de descaracterizar a Doutrina dos Espíritos. Vinculam-na à mitos, dogmas e ao igrejismo do qual são representantes.
Disse-me então:
-Nós, viajantes dos tempos, de origens diversas, acompanhamos o processo evolucional da Terra e temos nos entregado em Espíritos em em corpos humanos para o estabelecimento da Lei Maior.
-Se, temos a Doutrina Filosófica de sustentação, se a Ciência segue célere em suas conquistas, aguardamos ansiosos as consequências morais.
Falou-me mais, muito mais!
Do papel da dor no processo do despertamento. Da Lei de Ação e Reação.
Me lembro que lhe perguntei:
- Vocês, em Júpiter, um dia foram Espíritas?
Senti seu olhar no meu olhar, quase materialmente, e ele ponderou:
-Não fomos Espíritas um dia somente, o somos até agora. Saiba que a Doutrina Espírita não está afeita ao tempo e a História; ela é de sempre e sempre a será em todos os Universos, em todo Reino de Deus. Ela abarca o todo.
Fiquei calado...meio envergonhado, tal qual o aluno que busca do professor a etnia do absurdo.