Eu já não me importava em saber que tudo que eu pensava ele sabia.
Lia tudo como um livro de minh'alma. Eu enveredava nos labirintos das hipóteses; e se...? e se ...?
Então, mais por ímpeto, em rápido pensar, perguntei:
-Me diga, tudo isso que tenho passado ou que você tem passado e me encarrego de publicar, para uns será uma grande ficção, outros poderão, até aceitar com reservas; poucos acreditarão. A única constatação de que tudo seja verdade, a prova que se espera e que este tenha sido o motivo de você concordar que eu vá até a nave, me parece ser a razão de se provar a veracidade de nossa estória. Não é isso?
Eu não esperava outra resposta de Uitonius, afinal que serventia teria o relato de entrevistas com um ser de outro planeta se eu não pudesse provar tudo que foi transmitido?
-Temos dois motivos para esse encontro agendado, o primeiro, como já deixei esclarecido, é o nosso reencontro em matéria; o segundo, as tuas deduções já apontaram para uma certeza, "a prova", se assim quiseres chamar, de tudo o que foi dito e ainda será, até o dia do teu embarque.
-Então, - perguntei incontinente - o fato será constatado por alguém ou por muitos?
-E de que outra forma poderíamos apresentar uma prova sem o objeto?
Me senti tremer.
O que poderia estar me aguardando o dia 6-Mar?
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