T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Historiadores - Post 106

Coutus e Accioli estavam sempre um ao lado do outro. Eram o que chamamos  por aqui de antropólogos e historiadores. Difícil encontrá-los na Segurança, pois estavam sempre em outros lugares, palestrantes que eram.

Uitonius conseguiu que eu tivesse um encontro com os dois, em uma de suas estadas na Segurança.

Dissertaram sobre os grandes e significativos momentos do planeta; falaram sobre sobre a reencarnação de Espíritos mais evoluidos, que para cá, trouxeram as alavancas do desenvolvimento, do progresso e da liberdade.

Homens, uns reconhecidos e outro não, mas que aos milhares se doaram, voluntariamente ao processo que urgia se iniciasse, nos mais variados segmentos do coletivo.

Perguntei se poderiam citar alguns desses que, de mundos superiores nos brindaram com suas inteligências; Accioli, consultando Coutus com o olhar, ponderou: -Gui, foram milhares os que se doaram nesse processo que não poderíamos enumerá-los, por tempo e espaço insuficientes. Contudo, como uma palavra de reconhecimento e homenagem, para que os que lerem seus relatos saibam da importância de seus feitos, citarei alguns de passado mais recente e que estão à postos para novas reencarnação na Terra, nesta, tão esperada época de transições.

E eles citaram nomes e a importância de suas tarefas na Terra. Me permitirei, apenas citar os nomes e países de suas origens, para a quem possa interessar, buscar maiores informações de seus legados.

Relacionei-os por ordem alfabética dos países de suas origens:

•Alemanha- ALBERT SCHWEITZER - GEORG PHILIPP TELEMAN.

•Argentina- FLORENTINO ENEGHINO.

•Áustria- WOLGANG AMADEUS MOZART.

•Bélgica- JULES JEAN BATISTE VICEN BORDET.

•Brasil- RUI BARBOSA - MENOTTI DEL PICCHIA - PRUDENTE JOSÉ DE MORAES BARROS - JOSÉ CASTELLANI - JOAQUIM AURÉLIO BARRETO NABUCO DE ARAUJO - 

•Canadá- JOHN GEORGE DIEFENBAKER.

•Dinamarca- HANS CHRISTIAN ORSTED.

•Escócia- JAMES WATT

•Espanha- JOSÉ ORTEGA Y GASSET.

•USA- GEORGE WASHINGTON - BENJAMIN FRANKLIN - MARTIN LUTHER KING JR. - VANNEVAR BUSH - ANDREW TAYLOR STILL - JAMES FORTEN- PRINCE HALL - THOMAS PATTEN STAFORD.

•França- FRANÇOIS MARIE A. VOLTAIRE - ANTOINE LAURENT LAVOISIER - PAUL MAXIMILIEN EMILE LITTRE - PIERRE S. LAPLACE - GASPAR MONGE - GERÕME LALANDE -HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL.

•Hungria- FRANZ LISZT.

•Índia- RABINDRANATH TAGORE.

•Inglaterra- WILLIAM  SHAKESPEARE - ALEXANDER FLEMING - PHILIP D. STANHOPE CHESTERFIELD.

•Itália- GIUSEPPE MEONI.

•Portugal- JOSÉ DE CARVALHO E MELLO/MARQUÊS DE POMBAL -FELIX AVELAR/BROTERO -ANTONIO CAETANO DE ABREU FREIRE.

•Rep. Theca- SIGISMUND S. FREUD

•Russia- NICOLAI IVANOVICH NOVIKOV.

•Suíça- CARL GUSTAV JUNG

•Suécia- JONS JAKOB BERZELIUS. 

Estes, e muitos outros, estarão renascendo, neste início de século em que a colheita será separada do joio, no nosso planeta; a estes se juntarão, ainda, cientistas, filósofos e homens de bem que ainda não marcaram seus nomes na caminhada evolutiva da Terra e outros que passaram despercebidos e anatematizados. 

Os amigos, Accioli e Coutus me prometeram uma visita para falar dos grandes movimentos libertadores que marcaram nossa História.

Aguardaremos!




Novas postagens virão - Post 105

Uma coisa que Uitonius me esclareceu é que jamais eu fizesse críticas à Governos, à governantes ou ideologias que ainda sejam adotadas como escolhas dos seres; mesmo religiões, me absterei de julgá-las ou apontá-las como engôdos. Tudo será analisado pela História real do "pretérito", jamais do presente, posto que não temos este direito que interfira ou, simplesmente critique.

Trarei, como realce, as verdades e quem quiser tomá-las como parâmetros para avaliações próprias ou confrontá-las com outras que apresentem incongruências ou incoerências, faça-o.

Precisamos entender que a opinião massiva sobre algum sistema ou organismo, por quem esteja do lado de fora, poderá ser visto como interferência ao "livre arbítrio", e isso estará descartado.

Trarei a todos que seguem este Blog, relatos de conversas que tive com Uitonius e outros companheiros sobre o desenvolvimento da Terra, entregue às mãos de artífices do bem e do mal e, o modo com que desencadearam a caminhada evolutiva do planeta.

Até breve!






Retorno- Post 104

A nave prateada que me trouxera estava pronta para levar-me de volta.

-Uitonius, perguntei, eu tenho necessidade de um transporte? Eu, sem corpo físico não poderia voltar, do mesmo modo que nós saímos pelo espaço, apenas com o corpo fluídico?

-Claro que sim, contudo o faremos, levando-te até o ponto energético do Farol da Barra e, aí então, retornarás à teu corpo físico, e, isso porque não estás harmonizado com o processo das "saidas" conscientes e isso poderia perturbar-te, pois apenas tens intimidade quando deixas o corpo pelo processo do sono fisiológico. 

Abracei a todos os novos amigos com aquele corpo fluídico que, momentaneamente, me concedia a ilusão e as condições de tangibilidade. 

-Estaremos sempre por perto! -estas foram as últimas palavras de Uitonius; eu emocionado apenas sorri.

Flaminio e seu fiel Fronius me aguardavam na porta da nave. Subindo a pequena rampa de acesso, olhei e vi o aceno de Fúlvia.

Deixamos a Grande Nave Esperança rumo a crosta, e isso não demorou mais que uns poucos minutos. Então vi a baia de Santos e, neste instante, Flaminio se aproximou e com, apenas um leve toque sobre o corpo materializado que se fizera, em minha vinda, o desfez.

Vi meu corpo, ainda, tal como sou, mas sem tangibilidade. Apenas o meu perispírito, pronto para assumir o corpo que em um automóvel permanecia desfalecido.

Ele me sorriu, Fronius expressou um contentamento de felicidade e eu fechei meus olhos.

Então, senti os olhos ardendo e os esfreguei. O sol estava forte e o interior do carro, muito quente; eu estava encarnado, novamente; de volta a vida em matéria. 

Lembrei-me que alguém disse que todas as noites morremos e  renascemos, pois o Espírito deixa o envoltório material quando o corpo abraça o sono fisiológico.

Olhei para meu relógio que permanecera em meu punho e, percebi que se passaram, não mais do que vinte minutos. Uitonius me alertara sobre a curva do tempo e, por isso não me impressionei.

Ficara a promessa de novos contatos mediúnicos com Uitonius e outros. Eu os aguardaria com grande expectativa, afinal eu teria muito que postar no meu Blog e necessitaria de orientações complementares.

Voltei para casa e todos me olharam sorridentes  e sarcásticos: -Então, Uitonius não veio? -E o OVNI não apareceu? ... coisas deste tipo que falamos quando tratamos com um neurótico!

Eu era outra pessoa. Tinha o que dizer e contar. Revelar, também, por que não?

Alguns dirão que as sombras falam e que lá fora não há nada; presos, ainda ao Mito da Caverna.

Continuarei a postar, tudo que vi e aprendi. Essa foi a finalidade de tudo, para que eu fizesse.

Nada será dito que não possa ser dito ainda, pois estaríamos infringindo a lei Natural da evolução em que o ser deve evoluir e conhecer-se através de seus esforços; mas, sobre o que há, fora do muro que separa o ser da caverna e a vida que nos espera do lado de fora, isso sim, será dito!

A todos que seguiram, nesta primeira parte, as postagens deste Blog, meus agradecimentos e espero que, juntos, continuemos o Grande Aprendizado.
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E como disse J. Heculano Pires: "... o  sobrenatural tornou-se natural. Tudo se reduziu à uma questão de conhecimento das leis que regem o Universo."

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Refletindo ... Filosofando - off

Mito da caverna

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e resnasceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vem de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos desde o simples ser  ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Retorno à Segurança - Post 103

A pequena nave, suavemente pousou no hangar da Grande Nave. 

Uitonius nos aguardava, como sempre, solícito e sorridente.

-Então, meu caro Gui, gostou da nova aventura?

É claro que ele se referia à nave, pois muito mais que tudo isso, eu e ele havíamos percorrido mais da metade do Sistema Solar sem que precisássemos de qualquer aparato que nos transportasse. Fomos apenas com nossos revestimentos fluídicos sob o comando dos nossos pensamentos.

-Sim, respondi, prontamente. Percorremos, quase toda a Terra. Uma experiência ímpar. Vi o ser humano sem máscara e vernizes  a lhe camuflarem as reais tendências.

-Percebe, então a extensão do trabalho que dedicamos à Obra, não é?

-Realmente, muito há que se fazer para a transformação da humanidade.

-Os que se graduam no bem, ou vão para mundos mais adiantados ou permanecem como obreiros para a colheita final. Eu sei que os relatos que você fizer sobre tudo que viu e ouviu, e, principalmente sobre o que você assimilou, são pequenas peças que se juntarão à outras nesta edificação que nos propusemos colaborar; toda obra requer pedra sobre pedra e, neste conceito, todas são de real importância.

-Sua participação estava prevista em atenção a uma solicitação feita por você mesmo; não creia que você esteja aqui, somente por termos laços no pretérito. Isso ajudou muito, mas não influiu, em nada, na decisão tomada de que fosse aceito o teu voluntariado.

-A finalidade de tudo isso é ajudar o "ser' a conhecer a si próprio. 

-Como disse um sábio: "Conhece a ti mesmo!"

As palavras de Uitonius me soaram sábias. Ele me levara em uma viagem que me fez conhecer o mundo e as pessoas; os valores que prevalecem sobre os reais valores da vida. Eu me sentia mudado com aquela ducha de realidade.

Então, Uitonius, de modo categórico me informou: - Prepara-te  que em breve tempo estarás retornando ao teu corpo que te espera. À Crosta terrestre.

-Continuaremos a contatar-nos, como dante o fizéramos e, além de mim, com outros mais que terão o que  dizer-te, ainda.

Senti uma inexplicável tristeza ao aviso de despedida. Foi um longo tempo em que desfrutei daquilo que muito poucos devem ter desfrutados. Quem o sabe?



domingo, 24 de abril de 2011

Peônia e Perci e o OVNI -Post 102

Ainda com o casal, novos amigos que fizera em Segurança, surpreendi-me com o convite que Perci me  me fazia sem que suspeitasse que estaria programado por Uitonius.

Amigo Gui, gostaria de fazer um passeio em uma nave de pequeno porte sobre a Terra?

-Eu fui tomado pelo fator "surpresa" e nem sabia o que falar.

-Você quer dizer, um passeio em uma nave, destas que alguns dizem avistar na Terra?

-Sim, uma destas que tanto se exploram imagens e relatos de avistamento.

-Mas, é claro que quero. Seria uma do tipo daquela que me trouxe à Segurança?

-Um pouco menor; um tipo para incursões de reconhecimento.

Voltamos para o hangar e nos dirigimos a uma pequena nave, tipo daquelas que vi em Júpiter, rodando pelos céus da cidade alta. Éramos aguardados e a nave já estava em frente ao local que serviria de saida da Segurança.

Ela era toda transparente, parecia feita de vidro ou cristal, contudo Perci me informou que era uma liga metálica de grande resistência e que eu não me preocupasse com o fato.

Deixamos a Grande Nave Segurança e em segundos entrávamos na atmosfera terrestre sem qualquer impacto gravitacional.

O interior da nave tinha quatro assentos anatômicos, um painel de controle que, nem de perto me pareceu tão complicado como os dos nossos modernos aviões. A porta que penetramos para o interior da nave se fechara sem deixar vestígios de onde se abrira.

Voávamos a uma velocidade que era imprimida por um controle que Perci colocara à cabeça, tal qual uma coroa metálica, relatada em postagem sobre a nave que embarcara com destino à Segurança. Haviam, também, controles manuais que permitiam paradas no espaço, evoluções de variadas modalidades e outros, ainda que não perguntei para que serviam, afinal eu estava ali para observar a Terra, de perto e não para pesquisar tecnologias.

-Estamos sobre os EUA, veja, ali aquela enorme cidade, Nova Iorque.

-As ruas tomadas de homens, mulheres em um vai e vem, tal qual um formigueiro; carros apressados em todos os sentidos, viadutos, a grande ponte ligando a ilha famosa ao continente; planamos sobre alguns monumentos e o Parque Central.

-Estamos sendo vistos? 

-Não, estamos envolvidos em fluidos que nos invisibiliza.

-Mas se você quiser podemos reverter este processo e nos tornar visíveis, perguntei?

-Por certo que sim; se houvesse necessidade específica, isso poderia ser feito, mas, com este tipo de nave em que estamos eu creio nunca ter acontecido.

Em alguns minutos ele me apontou o Brasil; passamos pelo Rio de Janeiro e ele fez questão de ir vagarosamente sobre a minha querida Santos.

-Passamos pelo norte da África que marcava o início de uma série de conflitos; vimos por lá, países em total abandono e descaso dos poderosos e ricos; sobre o Japão, Perci apontou-me o litoral em que, dentro de alguns dias teríamos uma catástrofe com consequências danosas ao Pais.

-Vimos a India, um emergente com uma miséria incalculável fora da circunscrição das metrópoles.

-O Paquistão e o Afeganistão me tocaram profundamente; homens e mulheres andando, sorrateiros pela vielas com o medo estampado em seus olhos, com a paz roubada pelos terroristas.

Estou citando, apenas alguns, dos muitos que visitamos e que mais me chamaram a atenção.

No Oriente Médio eu vi cidades suntuosas e vilas paupérrimas; vi a ostentação de uns e a fome e o abandono de outros; vi homens e mulheres dançando e vi mutilados pela bombas; vi homens orando e homens blasfemando; vi homens que buscavam a paz e outros que viviam pelo ódio das guerras. Vi homens invadindo a terra de outros homens com a ameaça das bombas. Vi, enfim, muita subjugação e lobos com peles de cordeiros

Na Europa -civilizada, como eles se auto-proclamam- eu vi os homens afoitos em busca do sustento e do status, tal qual na América do Norte. Cada um contando os próprios dedos da mãos, pois sentem que são poucos, ainda, para segurar tudo que querem. 

Vi, enfim, homens sobre tapetes vermelhos e outros, descalço sobre pedregulhos.

-Vê Gui - falou-me Perci- é como já te foi dito: "A seara é imensa"

-As desigualdades, a concentração de riquezas, a discriminação, o egoísmo, a corrupção, a espoliação, o desamor, o sentimento de superioridade, ainda faz parte do reino da Terra.

Eu queria voltar para a Grande Nave e Perci percebeu; eu estava triste com meu planeta. Vendo homens explorarem homens, assassinarem homens. FRATICIDAS.

off


"Na Terra, o passado e o futuro são os dois braços de uma alavanca que tem no presente seu braço de apoio. Enquanto a rotina e os preconceitos dominam, o passado está no apogeu. Quando a luz se faz, a alavanca se move e o passado que escurecia, desaparece, para dar lugar ao futuro que alvorece."(RE.l869-Junho//trecho A Regeneração-AK)
                                                          

sábado, 23 de abril de 2011

Relacionamentos - Post 101

Uma das coisas que me causou forte impressão na Segurança, foi o relacionamento dos tripulantes; todos se tratavam com cordialidade, se conheciam e eram amáveis e cordiais. O despotismo, os ciúmes egoísticos que, tão comumente observamos em nossas instituições, lá, eram coisas de passado remoto.

Lá, todos se alegravam com a alegria dos outros.

Só vim saber, por terceiros, que Uitonius era o Diretor Geral da nave Segurança por um comentário despretensioso de um novo amigo, por ocasião da reunião dos comandos das três grandes naves.

Eu era um ser inferior a eles; longe do patamar evolucional em que estavam e, embora isso fosse um fato incontestável, eu era tratado como um igual e, por ser visitante, até com certo cerimonial.

A maioria se comunicava por pensamentos, contudo, desciam à minha condição e todos se expressavam com as articulações das palavras. Só não entendia como, todos que conheci, sabiam e falavam bem o português.

Eu perguntava sobre suas famílias e eles, contentes, me contavam sobre seus lares em Júpiter ou em outros planetas. Conheci, a grande maioria de Júpiter, mas também venusianos e saturninos.

Muitos me perguntavam sobre a minha família na Terra, porque sobre o Planeta em si, sabiam mais do que eu imaginava que soubessem.

Muitos prometeram seguir as minhas postagens sobre a experiência incomum, em meu Blog, o que me deixou lisonjeado e me fez perguntar como o fariam; seria por um tipo de computador?
Eles apenas me disseram que tinham acesso às nossas tecnologias, desde as mais obsoletas às mais modernas e avançadas. Não quis entrar em detalhes mais profundos e apenas concordei..

Foram amigos que me conquistaram e me deixaram saudades e aproveito para mandar meu abraço fraterno a todos: Abella, Abace, Peônia, Perci, Salústia, Accioli, Uipolinius, Berlmonte, Coutus, Emericiano, Remigio, Leto,Jovino, Flaminio, Fido, Zea, Ipana, Vehuiah, Furlan, Lumiana, Tolmai, Fúlvia e Uitonius.  

Todos estes e muitos outros que não tive contatos mais diretos, mas que se mostraram receptivos e fraternos, quero expressar o meu apreço e a minha gratidão pela acolhida que tive.

Foi o tempo que se equivaleu há mais ou menos uns 30 dias em 20 minutos de rápido sono.

Aos amigos inesquecíveis que estarão sempre em meu coração, recebam a minha gratidão e amor.





                                                                  

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Peônia e Perci -Post 100

Uitonius pediu-me licença para deixar-me por algumas horas (horas de minha referência) eu acho e, para que me mantivesse ocupado, requisitou de um jovem, dispensar-me companhia.

Era Perci, um simpático rapaz com jeito de surfista carioca; alto, louro e parecia queimado pelo sol, e fazia-se acompanhar duma linda mocinha com feições de chinesa ou japonesa (eu nunca sei distinguir as chinesas, japonesas ou coreanas), para mim é tudo igual. Era Peônia.

Ele se apresentou-se e sua linda companhia; haviam contraido um enlace matrimonial há poucos dias (Eu usei este nome de enlace matrimonial por falta de tradução para as nossas líguas), porque na verdade eles se apaixonaram e se juntaram com uma pequena festividade em família.

-Vocês se conheceram aqui, na Segurança?

-Sim, estamos em treinamento de graduação na área na nanofísica quântica e madicina.

-Vocês chegaram há pouco tempo, imagino!

-Estamos em final de curso e pretendemos continuar efetivados; a você da Terra, eu diria que estamos por aqui já há doze anos.

Me surpreendi! 

-Então vocês vieram para cá meninos, ainda?

Ele riu ... ela riu.

-Pelos calendários da Terra eu tenho, já 22 anos, disse-me ela; e ele, meu amado companheiro tem 23. Com, pouco mais de 11 já fazemos cursos superiores.

Vocês parecem crianças; as mulheres da Terra vão ficar curiosas com suas dietas.

Todos rimos. Pela primeira vez eu testava o senso de humor dos nossos irmãos de outros planetas.

Tanto um quanto o outro tiveram suas origens na Terra; ela sempre dedicada à Medicina foi uma abnegada cientista com grande influência no desenvolvimento de vacinas. Já ele, foi um homem virtuoso que muito fez pelos persas. Sua última encarnação se deu, já no Irã, e, em  Teerã manteve ajuda humanitária à desabrigados nas épocas das ditaduras. Formado em Medicina, na França, levou ao seu povo o atendimento à todas as classes oprimidas e foi, por isso banido da sociedade do Xá. Refugiou-se nas montanhas e, lá, recebia viajantes de todos os cantos para assistência médica. Morreu aos 38 anos de vida, assassinado durante a monarquia do Pahlavi (1958)  e sua alma veio diretamente para Júpiter.


Ela  sempre teve suas raizes no Japão e se destacou em pesquisas na Universidade de Tóquio.

Eu me emocionei com suas histórias que não foram contadas por eles mas por um grande amigo e admirador do casal, Belmonte, um poeta que mantemos contato, desde então.

Soube, também, que solicitaram  um desencarne em alguns anos para que possam voltar a Terra como missionários, atuando no campo das ciências médicas, naquela região do Oriente Médio. 

Passei momentos agradáveis com os dois e recebi a promessa de pensamentos. Eu nunca ouvira nenhuma referência a "pensamentos" e, só, bem mais tarde o novo amigo Belmonte comentou o significado: -Promessas de pensamentos são contatos através da mente. Você não utilizam as cartas, os e mails, ... alguns de nós, o pensamento, entende?
-Um belo dia, você se lembrará dois dois; eles estarão sorrindo e te abraçando. Você se sentirá feliz pela lembrança e retribuirá com teus sentimentos de amor. Estarás recebendo e enviando pensamentos que levados pelos fluidos, chegam ao destino.

Saudades de Perci, Peônia e Belmonte.




Momentos delicados - Post 99

Uitonius retornava e providências haviam sido tomadas. 

Os acontecimentos na Crosta exigiam providências em diversas áreas de responsabilidade da grande nave Segurança e das duas outras que cobriam a Ásia e a Europa. 

Homens encarnados no planeta tiveram intensificadas as intuições de paz e respeito aos seres humanos que habitavam os palcos dos conflitos que se iniciavam. Chefes de Estados recebiam sugestões de prudência e isenção de preconceitos e revanchismos. Mentes, em alerta, buscavam a conexão com os povos enfurecidos com a intenção de acalmá-los.

Em outro ponto do planeta, os inexoráveis acontecimentos, prestes a devastar grande parte do Pais do Sol Nascente, eram alvos de intervenções de caráter socorristas. Sabia-se dos comprometimentos nas diversas Usinas Atômicas da área e o alerta intuitivo era passado, há todos os instantes, para aqueles que não devessem estar por ali ou para que para lá não fossem. A fatalidade, como já foi explicado não escolhe o mecanismo, se pessoal ou coletivo.

Uitonius me convidou para que o acompanhasse à Central de Comando da nave; faríamos um reconhecimento das áreas de conflito, das de possíveis conflitos de grande porte, e daquelas em que as forças naturais se manifestariam com os assentamentos das placas terrestres com consequentes inundações catastróficas.

O enorme salão oval, de dimensões inimitáveis ficava no topo da nave; eram aparelhos de tecnologia inconcebíveis (para mim); homens e mulheres com diversas características que iam e vinham, monitorando e executando leituras gráficas e visuais do espaço em que a nave trafegava.

Uma visão do espaço cobria um ângulo de 360º, portanto de lá tudo se via.

A dimensão não tinha limite de profundidade e abarcava o espaço desde o quadrante limítrofe do percurso. Uma outra tecnoplastia permitia a observação linear e focada, do modo que se pretendesse. 

Passamos pelo norte da África e observamos as formações criptobélicas estampada na ferocidade coletiva dos povos e dos ditadores. No Oriente Médio o cenário era de oportunismo para a expansão do conflito. O coletivo se manifestava em nocivo virus mental.

A Ásia Continental, se de um lado experimentava cautela de outro o oportunismo sugeria a revelação ao mundo de um poderio bélico com ataques exibicionistas de novas conquistas atômicas.

O Japão estava calmo; sequer imaginavam o que ocorreria em poucos dias,

O sol nascente pintava de um ton amarelado e róseo a escuridão do Leste.

Todo o efetivo socorrista estava em alerta, nessas regiões.

Eu me emocionei, profundamente; eles, não sei dizer, pois estavam acostumados em lidar com as calamidades, as guerras, os grandes desencarnes coletivos, mas, contra argumentando meus próprios pensamentos, deduzi: Eles não o fariam se não fosse pelo Amor!



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cepa de Vinha - Post 98


A cepa acima é o fac-símile daquela que foi desenhada pelos Espíritos.

Ela é o emblema do trabalho do Criador, todos os princípios materiais que podem melhor representar o corpo e o espírito nela se encontram reunidos. Onde estiveres, seja na Terra, em qualquer planeta deste ou de outro Sistema Solar, ou ainda em outra Galáxia e mesmo Universo, ela lá estará.

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Reencontramo-nos, eu e Uitonius, após a reunião dos líderes que se fizera em caráter emergencial.

Eu estava curioso para saber o que haviam deliberado, mas, por respeito e ética, não me atrevi a perguntar-lhe nada. Ele, porém, tomou a iniciativa de tocar no assunto.

-Meu caro Gui, a Terra passa por momentos delicados; São forças antagônicas que se chocam. É momento de cautela sem que se rejeite providências, e, providências são tomadas, sempre em observância a vontade do Criador. Existem fatos que nos foge à competência, e, o que tiver que ser, será! Mas, saiba que a Providência é sábia e o que nos parece um mal, hoje, se manifestará como o bem do amanhã. As guerras são causadas pela predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos não conhecem senão o direito do mais forte; por isso, a guerra é para eles um estado normal. A medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque lhe evita as causas e, quando necessária, sabe aliá-la à humanidade. 

-O objetivo da Providência é sempre a Liberdade e o Progresso.

-Responderá, o verdadeiro culpado que a suscita, pelas mortes que lhe satisfaz as ambições. Quanto às destruições, saiba que ela é uma lei da Natureza; tem por objetivo a renovação e melhoramento dos seres humanos. Não as julgais senão sob o vosso ponto de vista pessoal e as chamais de flagelos por causa dos prejuízos que vos ocasionam. Mas esses transtornos são, frequentemente, necessários para fazer alcançar , mais prontamente, uma ordem melhor de coisas, e em alguns anos, o que exigiria séculos. Quer chegue a morte por um flagelo ou por uma causa ordinária não se pode escapar a ela quando soa a hora de partida; a única diferença é que com isso, no primeiro caso, parte maior número de uma vez.

-Não há de fatal, no verdadeiro sentido da palavra, senão o instante da morte. Quando esse momento chega, seja por um meio ou por outro, não podeis dele vos livrar. Nossas intervenções, das várias formas, poderiam parecer inúteis, mas saiba que as precauções para evitar as ameaças de mortes, são um dos meios para que elas não ocorram, se não deveriam ocorrer. Pesquise sobre o assunto na Doutrina Espírita, pois tudo que te disse, nela está contido de igual forma e muito mais.

Com essas palavras entendi, de forma relativa, o que fora abordado naquela reunião, e, detalhes, não me atrevi perguntar-lhe. Quem sabe, ainda me acrescente algumas coisas mais profundas sobre o assunto!

Talvez, eu estivesse querendo demais!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Liberdade - off


☻Há no homem alguma coisa que escapa a todo constrangimento e pela qual ele desfruta de uma liberdade absoluta?
-É no pensamento que o homem goza de uma liberdade sem limites, porque não conhece entraves. Pode-se deter-lhe o vôo, mas não aniquilá-lo. -LE-833

Qual é o resultado dos entraves postos à liberdade de consciência?
-Constranger os homens a agirem de modo contrário ao que pensam, torná-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.-LE837

                       
De dois povos chegados ao cume da escala social, só poderá dizer-se o mais civilizado, na verdadeira acepção do termo, aquele em que se encontre menos egoismo, menos cupidez e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais que materiais; onde a inteligência possa se desenvolver com mais liberdade; onde haja mais bondade, boa fé, benevolência e generosidade  recíprocas; onde os preconceitos de casta e nascimento estejam menos enraizados, porque esses preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo; onde as leis não consagrem nenhum privilégio e sejam as mesmas para o último como para o primeiro; onde a justiça se exerça com menos parcialidade; onde o fraco encontre sempre apoio contra o forte; onde a vida do homem, suas crenças e suas opiniões sejam melhor respeitadas, onde haja menos infelizes e, enfim, onde todos os homens de boa vontade estejam sempre seguros de não lhes faltar o necessário.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Por que? - Post 96

Em determinado momento de minha visita à nave Segurança e tendo compartilhado de quase tudo que lá se faz; tendo inclusive sido liberado para tudo relatar, até mesmo sobre os episódios de calamidades, de guerras e de possível agressão nuclear, perguntei a Uitonius: 

-Por que você quer que eu relate tudo isso?

Na verdade, eu não entendia o propósito, a finalidade.

-Meu caro Gui, tu serás um dos muitos que o farão. Serão utilizadas diversas formas para estas revelações. Muitos não terão olhos de ver e ouvidos de escutar. Fomos orientados que o fizéssemos para que os que escutam e vêem, não deixem suas lanternas sem o óleo que as mantém acessas e, na esperança dos que dormem, acordem e busquem o trabalho da última hora.

Estas palavras de Uitonius me tocaram profundamente. Eu me senti como aquele que necessitava buscar o trabalho da última hora. Entendi que todos teriam a oportunidade e, se temos convivido com os desatinados, os equivocados, é porque eles estão recebendo o convite ao trabalho e nos parece, não aceitando.


Uitonius é chamado- post 95

Estávamos envolvidos na História da Humanidade em seu aspecto evolucional quando Uitonius, com aspecto de preocupação frisou:

-Gui, sou chamado na Segurança; me parece que temos medidas a discutir e posições imediatas a tomar. Se houver tempo disponível retornaremos aos nossos estudos. Vamos?

Mal tinha terminado de dizer "vamos" já estávamos na Segurança; ele em seu corpo físico e eu ajeitado no meu plasmático. E antes que eu lhe perguntasse qualquer coisa ele, dirigindo-se à algum lugar que eu desconhecia, foi me dizendo:

- Gui, temos providências que solicitam nosso concurso, um grande terremoto no litoral do Japão, tem dias contados para ocorrer. Será forte, de magnitude próxima dos 9.0 e provocará o que é conhecido por tsunami. Não bastasse, haverão sérias ocorrências colaterais com as usinas nucleares da área. Temos também como certas, revoluções do povo árabe que corre em diagonal pela dicotomia "imperialismo x anti-imperialismo", e a grande carga negativa destas ocorrências desencadeará atentados em paises diversos e revoltas, o que culminará com uma grande mortandade. Mentes transloucadas pensam em detonação atômica, e, por isso, o Conselho dos Núcleos avançados, do qual faço parte deverá estar se reunindo na própria Segurança. São Diretores de duas grandes naves que atuam sobre a Europa e a Ásia e mais a nossa que é especializada em cataclismos naturais, da qual sou o Diretor. Nossos amigos espirituais, encarnados e desencarnados não medem esforços para contornar os acontecimentos, mas, devemos estar preparados para o pior.

Eu não sabia o que dizer, apenas sugeri:

- Me deixe em algum lugar que eu aguardarei os acontecimentos.

Neste momento Uitonius já estava cercado de assessores (eu acho), mas dirigindo-se a mim, pediu-me que acompanhasse Uipolinius, um jovem que estava com o grupo de assessores, recomendando a ele que me entretesse até sua volta. O jovem que parecia um oriental, delicadamente me mostrou alguns outros setores da nave que eu ainda não tinha conhecido. Então, tomando coragem perguntei-lhe: 
- Parece-me que os acontecimentos são sérios, ...não?

-Todas manifestações da natureza são previstas e, mesmo os outros tipos de calamidades, como as originadas pelos homens também são consideradas numa certeira avaliação de possibilidades. Dizem alguns que o ano de 2011 será para a Terra o ano das Revoluções. Quanto aos naturais, suas previsões não fogem às detectações de nossa tecnologia. Não temos a presciência em afirmar o montante dos danos e os comprometimentos secundários, em alguns casos. Nossos superiores nos informaram do comprometimento das Usinas Nucleares e este é um dos motivos da reunião; o outro é a intenção de se lançar ogivas nucleares, uns contra os outros, e para evitar a tragédia, estamos nos articulando.

Foi um longo tempo de espera e Uipolinius fazia de tudo para me agradar. Levou-me à um dos salões de lazer e explicou-me alguns dos jogos que admiravam. Um deles era parecido com o Xadrez; todos requeriam dotes mentais. Mostrou-me a sala de integração, onde os contatos com familiares e amigos de outras esferas é feito através de projeção e tem-se a sensação de estar frente a frente com a pessoa com quem se comunica.

Outros aparatos  permitiam que se fosse ao local solicitado do nosso Sistema Solar com um simples clic no desejável. A dimensão integrada, era assim conhecido. A pessoa interagia com as imagens e comandava o destino do ir e vir, com o simples olhar e a vontade.

Enfim, depois de algum tempo percebi a volta de Uitonius. Sereno, como sempre, ao avistar-me sorriu.

continua...