T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

sábado, 16 de abril de 2011

Júpiter P3 - Post 92

Uitonius, então, pela primeira vez referiu-se a Grande Mancha Vermelha que é observada pelos nossos cientistas da Terra.

-Gui, a visão, repito, que a Terra tem do Sistema Solar é a visão de quinhentos milhões de anos passados pela restrição dimensional em adequação à realidade que suporta. O que vem em retaguarda não consegue qualificar os passos dos que estão à frente e por falta de visão de conteúdo, nem mesmo perceber a caminhadas dos que estão atrás. Ficam presos a própria realidade; são limitados pela fase evolutiva a qual pertençam.

-Ali, apontou-me, ao sul do equador, em uma extensão de aproximadamente 33 mil km. , em outras Eras,  por característica do Planeta que apresentava baixa inclinação axial, irradiando mais energias do que as recebidas do Sol, três ovais brancas se fundiram e resultou a Grande Vermelha. Porém com a constante contração adiabática do diâmetro planetário, o que resultou na adequação da inclinação axial, após 8 Mj, poderíamos afirmar que a transformação, tal qual ocorre na anãs marrons, o aumento da compressão gravitacional, estabilizou o relacionamento do dar e receber com as novas posturas energéticas. As grandes tempestades verticais deixaram apenas os vestígios (15%) o que nos permite a utilização para captação energética.

Foi, então que eu mudei o assunto, verticalmente; não que aquele outro fosse de meu desinteresse:

-Uitonius, você sabe o quanto eu gosto das pesquisas antropológicas e das histórias que envolvem a evolução do ser em sua racionalidade; a história das filosofias em suas diversas posturas, o ser humano caminhando pelos séculos à procura das verdades, a mitologia e o consequente misticismo, tudo isso me é atrativo e apaixonante. Aqui em Júpiter foi diferente; a humanidade também teve seus mitos, seus arquétipos, suas religiões?

-Meu caro Gui, os Espíritos são criados simples e ignorantes, contudo trazem em si a consciência da existência do Ser Supremo; tentam de inúmeras formas identificá-Lo, enquanto equivocados. 

-Em outras palavras, os personagens mudam, mas a história é a mesma.

-Eu diria -plagiando o ditado popular da Terra e adaptando-o ao tema-: Aqui em Júpiter de outrora, como na Terra nos dias de hoje, em  terras de cegos quem tem um olho é Deus.

continua...




Nenhum comentário: