A atmosfera de Júpiter recebia-nos festiva. Abaixo víamos nuvens aperoladas pelos cristais de amônia, água e mais dezesseis outros elementos, entre os quais o nitrogênio e o hoxigênio (e este, ainda bem rarefeito onde estávamos). Íamos céleres e só estancamos a evolução quando nos deparamos com as edificações flutuantes.
Era uma cidade (não sei se é o termo certo), nos ares. Uma intensa vegetação que poderiam ser consideradas as evoluções das espécies aqui da Terra. Flores de todas as formas e tamanhos que talvez tenha inspirado algum visionário a denominar os jardins do Éden.
A arquitetura de Júpiter -cidade alta- tem traços da Escola de Vuthemas, com a ousadia de Bahuhaus e a harmonia futuristas de Le Corbusier. Umas outras de grandes portes nos lembram os construtivistas russos, ligados a Escola de Vuthemas. Como disse o arquiteto pronto moderno Louis Gulhivon: "Form follows function" (A forma segue a função).
E, observamos, também, em grande quantidade a arquitetura orgânica, ao estilo de Frank Lloyd Wright.
Poucas naves circulam na cidade; a maioria dos seres volitam para onde queiram. As naves que lá se observam, são pequeninas e transparentes (como se fossem de vidro)
Uitonius me explicou que as grandes edificações são centros de convenções, hospedaria para visitantes, teatros, centros de estudos, parques para lazer, centros comerciais e restaurantes. Os contatos com outras esferas e programações de informativos e entretenimento costumam ser feitas nos próprios lares. Os nossos computadores e TVs são coisas obsoletas; a ideoplasmia está em sua 10ª geração.
Autores de renome costumam se apresentar com novas composições sinfônicas que parecem trazer os suspiros do Universo. Mas a vida destes habitantes não são fincos deste relicário, todos exercem funções diversas na Obra, em áreas diversas.
Já na Crosta, as cidades cobrem boa parte do planeta. A arquitetura lembra as nossas cidades mais modernas. Os jupiterianos se dedicam a tarefas diversas. A agricultura abarca uma área quivalente a 1/4 da crosta e se compões do cultivo de grãos, legumes, frutas e hortaliças.
Daí saem a alimentação para os habitantes do planeta, das cidades altas, das naves. Os satélites são auto-suficientes.
Os habitantes das cidades baixas ainda consomem pescados e os danutos também.Existem mares. São diversos cobrindo 1/3 do planeta. Lagos e rios sustentam o eco-sistema. Nos mares a fauna é diversificada. Muitas espécies de lá são levadas para outros planetas e podemos destacar as baleias, os golfinhos, os botos e algumas espécies de corais. Isso não fere a Lei da evolução das espécies, posto que, também os Espíritos migram em todos os sentidos.
Grandes florestas são preservadas e representam a tônica da sustentabilidade. Aves e animais dóceis percorrem vales e descampados. Todos herbívoros.
Notei, em um grande vale, três enormes pirâmides de pedras, tais quais as nossas do Egito e México; Uitonius me disse que elas representavam os traços de longuíssima história e eram conservadas para um referencial da História da Evolução de Júpiter.
O Lago Pérola era todo circundado pela maior cidade de Júpiter, Julnius que era o berço da caminhada evolutiva do Planeta.
A energia de Júpiter é captada pelos ventos solares verticais, não mais hostis ao planeta. O nitrogênio molecular da calota planetária ganhara novos elementos através dos milhares de anos e a seiva se instalou como sinônimo de fertilidade.
Hoje, Júpiter já não é um planeta de regeneração, posição esta que entraremos, Deus sabe quando, e deixaremos a condição de planeta de expiação.
Perguntei a Uitonius:
- Como vou voltar depois de ver o que vi?
-A você cabe relatar uma pequena parcela de tudo que vieres conhecer, mesmo porque, não haverão palavras que traduzam tudo, por falta de elementos análogos, ... uma parcela, uma pequena parcela é suficiente!.
continua...
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