A Grande Revelação -A volta de Jesus - Post 122

Os contatos com Uitonius se espaçavam. O anterior a este foi minha iniciativa.

Estava , ontem, sem sono algum; virava-me na cama sem conciliar o descanso.
Fui à cozinha tomar um copo de leite morno para ver se meu mal não era fome.


Sentei-me e logo senti a presença de Uitonius; não estava só.

Desta vez não recebia, somente seu pensamento; ele estava ali em seu corpo perispiritual, tal qual o seu acompanhante.

Perguntei-lhe quem era o visitante que trazia e ele, prontamente respondeu:

-Não o reconhecestes ? É Sócrates.

-Viemos te comunicar que chegou a hora de escreveres o que ocorreu com o evento da "volta", a grande volta, anunciada há mais de dois mil anos,

Surpreso, me vi envolto em aflição  inexplicável.

-Farei hoje?

Ele sorriu com a minha ingenuidade.

-Sim, agora e, por isso estamos aqui para te ajudar no que for necessário; a tarefa, bem sabemos, é de grande responsabilidade; e presentes, não deixaremos que o animismo interfira nos fatos.

-Antes, porém deveremos colocar dois trechos evangélicos no exórdium do relato.

E, então ele me ditou: 

O grande julgamento- Matheus

25.31-"Quando vier o filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se sentará no trono de sua glória;

25.32-e todas as nações serão reunidas em sua presença e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas.

25.33-E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda;

25.34- e então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:- Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.!" ...

e

Apocalipse 19.11-"Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.

             19-14-e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.

                  19.15-E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. "...

Tudo havia começado no dia em que Uitonius fora chamado para uma reunião com Diretores das outras grandes naves. Falou de providências que se iniciavam junto à Humanidade terrestre com necessidades extremas. Falou-me e eu até postei a conversa; afora isso, não entrou em assuntos mais substanciais. 

Quando voltei de minha excursão com Peônia e Perci, notamos um grande alvoroço no ambiente da Nave Segurança; conversas reservadas e muitos sorrisos em todos os rostos.

Uitonius me chamou e me relatou o que acontecia.

-Prepare-se Gui, você será testemunha da volta de Marius ao Planeta Terra, conforme o anunciado nas Escrituras.

-Eu, de boca aberta, repliquei:

-A volta de Jesus?

-Sim meu caro Gui, a volta de Jesus ou Marius, como preferir.

-Para nós, em pretérito remoto, ele foi o Enviado Marius que, tal qual na Terra, como Jesus de Nazaré, anunciou o Reino do Amor e as verdades do Espírito. Tal lá, como cá, poucos o entenderam e transformaram sua palavras em fundamentos de religiões enganosas e descaracterizadas das grandes revelações.

-E quando isso se dará?

-Quando o sol se esconder no poente, pela terceira vez consecutiva, ele estará nesta nave e entraremos na atmosfera terrestre com o nosso Grande Amigo e Mestre.

A partir das horas que se seguiram, observávamos a aproximação de Naves Espaciais; formatos que me eram desconhecidos. Vinham de todos os lados e se postavam em semi-círculo à nossa volta. Eram milhares em transformações e pulsar de cores em um espetáculo indescritível.

Lembro, ainda que faltando pouco tempo para a hora marcada, surgiram pontos de luz, multi coloridos que tomaram conta do espaço, sempre respeitando o espaço que o semi-círculo formara atrás  da Segurança.. Em dado momento, todas as naves de uma só vez, tomaram a tonalidade branca. Os pontos de luz eram Espíritos desencarnados que vinham recepcionar Marius.

No grande salão principal da nave que acomodava uns cem mil seres, estava repleto. Representantes de planetas diversos , deste e de outros Sistemas Solares, lá se encontravam . Confraternizavam-se em grande euforia.

Haviam em todos os pontos de nossa nave e de todas as milhares da grande comitiva, painéis ideoplásticos que fazia com que os espectadores se sentissem no ambiente do evento. Na parte da frente do salão havia um pequeno tablado de pedra (tipo mármore) de, aproximadamente 10 metrro de comprimento por 5 de largura. Alguns personagens que eu desconhecia estavam postados na parte de trás do tablado. Eram 10. Nos assentos da primeira fileira percebi Uitonius e outros Diretores de Naves e Representante de Planetas diversos.

Eu estava em um salão anexo ao principal com Belmont, e, com detalhes, ele me explicou:

-Gui, Marius estará se deslocando do Centro da Via Láctea em velocidade do pensamento; antes adentrará a atmosfera de Júpiter para envolvimento de fluidos que lhe permitam uma aparência, segundo a sua vontade e, talvez se utilize de fluidos emanados daqueles dez companheiros postados 

na parte de trás do tablado, para criar uma aparência materializada. 

Nisso, alguém me buscou, por ordem de Uitonius, para que eu fosse ao salão principal. Me assustei, confesso. 

Colocaram-me ao lado de Uitonius, em assento que parecia me esperar. Ele nada disse; eu nada perguntei. 

Na hora marcada ouvimos um soar que lembravam trombetas; todas as naves soaram em boas vindas, pulsavam luzes coloridas. Davam boas vindas ao Espírito que foi chamado de Cristo de Deus.

A alegria era contagiante. Sorrisos e lágrimas. 

Então duas grande luzes se fizeram presentes no tablado. Um forte brilhante rubi.

Os 10 companheiros da retaguarda iniciaram soltar uma névoa das narinas e bocas que se juntaram e envolveram aquelas duas luzes. E as figuras de Marius e de seu acompanhante se fizeram visíveis, 

O silêncio era inenarrável . Olhei pára Uitonius e ele lendo meu pensamento, respondeu-me na mesma via: - Aquele outro é Sócrates.

-Marius apresentava uma forma belíssima. Alto, cabelos encaracolados de cor avermelhada e a barba da mesma cor. Vestia uma túnica vermelha e laço dourado à cintura. No ombro, um semi-manto, dourado, também. Já Sócrates, estava de túnica branca e manto sobre os ombros, da mesma cor.

Saudou-nos, Marius: -"Meus Amigos de várias eras, meu coração transborda de alegrias por vê-los em tão significativa oportunidade. Recebam por minhas palavras a benção do Criador.

Neste instante Marius começou a se elevar do tablado em direção a parte lateral do salão que se abriu em fina névoa e Marius dirigiu-se ao espaço. 

A Nave estava na atmosfera terrestre e tudo víamos o que lá fora se passava,

Marius parou e, em resposta a um gesto seu, vimos o planeta em um único plano. do Oriente ao Ocidente. 

Braços abertos, Marius declarou em fortíssimo pensamento:- Eis-me que volto para que se cumpram a Escrituras.Chegou a hora de que o reino de Deus seja, neste amado planeta. A colheita terminou e o joio já está separado do trigo. Nada temeis, homens de bem. Vós sois os herdeiros do mundo do vir a ser. Vós outros que não escutastes o chamado tereis de recomeçar em novas experiências em mundos inferiores e lá contribuirão com o que já conquistásteis para o progresso e a evolução, daqueles mundos. Voltareis ao início de nova caminhada, marcadas pela dor e o sofrimento e aprendereis o significado do Amor.

Então, uma forte luz se projetou dele para todo o planeta. 

Em seguida já o vimos de volta ao tablado.

Esta parte, agora me constrange comentar, mas, Uitonius, aqui ao meu lado insiste.

Então Marius desceu do tablado e dirigiu-se a mim. 

-Meu amado Gui, amigo que um dia me deu uma rosa ... lembra-te?

-Considero tua tarefa de relatar por tudo que passastes de fundamental importância. Considere uma extensão da Terceira Revelação. 

-Nada temas, pois serás ridicularizado e tido como mistificador e portador da mentira. 

Nisso, estando eu e ele materializados, ele tomou a minha mão e a beijou.

Sei que as lágrimas possam ser provocadas pela alma, mas é atributo da matéria.Mas afirmo que de meus olhos rolaram algumas. Eu estava estático; queria tomar sua mão e beijá-la também. Mas não conseguia. Destaco que ao tomar a minha mão, notei em seu pulso a cicatriz do cravo que o pregou no madeiro .

Olhei para seus olhos, verdes-azulados e percebi que deles sairam lágrimas, também.

-Gui, confia em nosso Pai e não te abatas jamais. Teme somente o mal que tentarem fazer ao teu Espírito, porque a carne é fraca e se afina com o desânimo.

Dizendo isso, sorriu-me e voltou ao tablado, dizendo a todos: "Está feito como deveria ser feito".

-Fiquem na Graça e no Amor do Grande Arquiteto de Todos os Universos. Nosso Deus.

Dizendo isso, sua aparência corporal foi desaparecendo e tornamos a ver apenas um fulgor da cor do brilhante rubi, que em instantes, como chegou se foi.

Todos se abraçaram emocionados. Uitonius passou os braços pelo meu ombro e disse: -Papai, enfim te vejo na Verdade Eterna. 

Beijou-me a testa e pediu-me que o abençoasse. 

Sócrates continuou na Nave. Soube mais tarde que ele seria o articulador de todo o processo que se iniciava.

                                              o   o   o

Olhei para Uitonius e para Sócrates e perguntei:

-Era isso mesmo que deverei postar?

-Sem nada tirar nem colocar!

-Então, Marius voltou?

-Isso tudo que vistes já ocorreu, porém, só será, realmente inserido em espaço e tempo de alguns dias, no planeta.

-Não entendo.

-Os Espíritos Superiores não se atrelam à espaço e tempo de dimensões já conquistadas. 

-Então, tudo ocorreu em outra dimensão?

-Sim, poderia dizer que em outro aspecto temporal que ocorrerá no dia 11-JUN-2011. Daqui há alguns dias.

-E o que mais tenho que fazer, além de postar tudo isso na Internet?

-Peça que alguém tire cinco cópias de tudo. Dê uma à seu primeiro neto; outra ao seu filho homem, uma outra a sua filha primogênita, uma a sua mulher e guarde uma consigo.

-E nós, não nos falaremos mais?

-Sempre que quiseres e me evocares.

-E o trabalho, aqui se encerra?

-Tudo o que podíamos falar e relatar, foi feito. Mantenha este Blog aberto e salvo.

Sócrates, que estivera calado, falou-me então.

-Estaremos juntos nesta transição. Tanto aqui como quando partires para lá.
-Chama-me o quanto precisares. 

E foram-se.

Aos meus amigos que seguiram meus relatos, romanceados, críticos, mas autênticos. Tudo que postei, o fiz, inspirado por Uitonius e, com certeza por muitos outros Espíritos. 

Jamais tive a intenção de auto-promoção ou lucro de alguma forma. Somente, atendi à uma convocação da qual poderia aceitar ou não. Vou manter os comentários livres para que quem quizer, se manifeste, como quizer.

Muito obrigado a todos e que a Lei Natural seja vosso trilho.

                                                                              

                                                             


                                         

                    

Caçadores de OVNIS - Post 121

Eu jamais havia lido tanto sobre OVNIS, seres alienígenas, planetas.

Entro em páginas diversas da Internet que exploram o assunto; relatos de avistamentos, abduções, contatos de diversos graus, etc, etc

Homens se organizam, trocam informações, pesquisam,  examinam fatos e pouco concluem.

E a realidade é que estas naves, realmente são avistadas; fotografadas e filmadas.

Os Governos de alguns países os reconhecem e alguns tem provas irrefutáveis; todos sabemos disso.

A questão não está aí, em provar. A questão é o estabelecimento do "contato formal" com estas civilizações que nos vêem, ainda, como primatas em sub-desenvolvimento.

Não creiam que os avanços tecnológicos realizados nestes últimos 100 anos, tenham uma expressiva representatividade para nos integrar neste "club de desenvolvidos". Enquanto o fator moral não acompanhar  o científico, permaneceremos, ainda, neste bloco abaixo dos emergentes.

E tudo que eles possam fazer para isso, o fazem desde que o homo sapiens  iniciou sua tragetória neste planeta. Como já postei, eles não dispensam os recursos de todas as ordens; científicas e morais.

Mas continuamos a agir como conquistadores e famigerados pela prata; pelo poder e pelo domínio.

Estamos vivendo a época das mudanças e se o homem não se curvar será curvado.

Alguém sabe o número  de guerras e revoluções acontecem neste momento no mundo?

Alguém sabe o número de mortos que ocorreu  por bombas, bombas humanas, atentados, condenações injustas, perseguições, preconceitos  em nome do deus da ira, neste dia?

Alguém sabe o número de famintos do pão e da água, da justiça, do reconhecimento vagam, agora?

Alguém sabe o número de crianças esquálidas, semi mortas aguardam o leite e o medicamento?

Alguém sabe do descaso de governos para com a cultura e a educação de crianças que, apenas pecaram por nascerem miseráveis?

E, então, a questão é, "será que nós estamos esperando que eles venham até nós, abram os braços e sejam escutados nas orientações de que necessitamos; que calem as bombas e nos façam dividir nosso pão; que nos ensinem a amar com o risco do novo crucifixo?"

Será que a Humanidade terá que se modificar pela dor? 

Será que este processo já não foi iniciado? A queima da erva daninha? O expurgo  dos que espalham, à mundos inferiores? 

Vale a pena lembrar Marius: "Amai-vos como eu vos amei."

Gracílio e Régulo -Post 120 A

Fazendo um pequeno apêndice ao Post 120, gostaria de testemunhar a vida de um casal que conheci; apresentado-me por Perci, tão logo terminamos aquela conversa sobre "sexo".

Gracílio e Régulo, eram dois jovens de extrema simpatia, e, atendendo a um pedido de Perci, que os colocou a par do tema que estudávamos, eles se mostraram felizes e entusiasmados em contar-me suas experiências.

Eles eram de Venus e lá se conheceram e conviveram por três encarnações consecutivas. Ambos eram cientistas na área da física quântica. Gracílio sempre encarnou-se como homem e Régulo foi Silvina na última encarnação; todas como mulher. Um par de ... homem e mulher

Nesta, que agora se encontraram, Silvina, por Obra da Providência, encarnou-se como homem, também, e, assim, se reencontraram. Gracílio e Régulo.

Como as lembranças de vidas passadas são ADORMECIDAS pelas reencarnações, como acontece com nós aqui da Terra, também, os dois se sentiram atraidos, mas conscientes de estarem vivenciando um reencontro com laços pretéritos, sem saberem definir os fatos ocorridos; os detalhes!

Neste campo de estudos onde a Doutrina Espírita nos traz a primeira luz, eles já possuem avançados conhecimentos e exemplos vivenciais e a avançada terapia da alma os revelou.

Foram companheiros, tiveram filhos, dividiram lares e se amaram; agora, se uniram novamente em experiência de nova forma de, não menos, amor.

Penso neles todas as vezes que me deparo com a incompreensão, a intolerância, a discriminação, a homofobia e vejo o quanto, ainda, temos que caminhar. 

                                                             

Sexo - Procriação - Prazer - Homossexualidade - Post 120

      Um assunto que eu me esquivava de comentar era sobre sexo. Se de um lado eu nada perguntava sobre o assunto, de outro, eu sentia que Uitonius esperava que eu lhe questionasse.

      

      Eu via nos locais recreativos da grande nave, casais de mãos dadas; mesmo abraçados em  alegria contagiante. Todos expressavam uma felicidade que, aqui em nosso mundo, é raro ver.

      Eu já tinha alguns amigos que me permitiriam entrar neste assunto; pensei em Perci o  companheiro de Peônia. Tínhamos afinidades, ... uma empatia natural.

      Eu o abordei num grande jardim da Segurança. Ele parecia distraido; sentado em um banco, olhando flores maravilhosas.

      Iniciei uma conversa despretenciosa; perguntei por Peônia, e, logo, sem muitos rodeios iniciei os questionamentos.

      Já falei sobre eles, o pouco que me contaram. Como se conheceram e o quanto estavam felizes  juntos. Então fui direto ao assunto, pois se ficasse em volteios, não conseguiria.

      -Me diga, Perci. A procriação de vocês é igual aos de todos os mundos?

      Ele sorriu, premeditando onde eu queria chegar.

      -Gui, você acha que poderia ser de outra forma? Fazemos parte da Humanidade encarnada. 

      -Passou pela sua mente que utilizássemos métodos artificiais para tais finalidades, ou  porque possuímos um corpo mais etéreo do que os terrestres, abríssemos mão dos métodos naturais? Saiba que o "sexo" é a alavanca que move os seres encarnados e sua finalidade é a procriação, contudo tem, esta alavanca, a energia que a sustente e lhe de vida estimulada. 

      -Não somos marginalizados dos prazeres e da sensualidade, se é isso que gostarias de saber. As atrações ocorrem da mesma forma, porém isentas de promiscuidades  que as degradem. Em outras palavras, o ser só se une a outro, quando, realmente sabe o que busca e o que quer. O sexo fora destes relacionamentos, também existe; e isso é visto com naturalidade. A mulher e o homem que amanhã podem ser o homem e a mulher, posto que, o Espírito terá, para sua evolução, experimentar dos vários temperos que marcam as experiências da vida em matéria, trazem, nesta nossa fase a conscientização dos direitos, deveres e respeito. 

     -Antes que perguntes, adianto que a homossexualidade também ocorre e é vista de forma despreconceituosa e normal. Um casal que percorreu um período juntos -se bem que esse negócio de almas gêmeas é uma grande fábula- poderão se encontrar como dois homens ou duas mulheres e, a Lei Natural, não sugere reprimendas, de forma alguma; ou, ainda, um Espírito que reencarnou inúmeras vezes como homem e, vier a se encarnar como mulher, estará levando, não duvide, para esta nova encarnação, os sinais atávicos da masculinidade, aos quais poderá ou não, deixar que se manifestem. Temos um grande número de assexuados por escolha do próprio arbítrio,também!

Aquelas palavras de Perci traziam à luz uma questão ainda indefinida sem o embasamento escolástico do empirismo e da metafísica. E prosseguiu:

-Quando um homem, homossexual, na Terra diz, como costumam dizer:" Eu tenho a alma de mulher", de certa forma, tem alguma razão. Embora os Espíritos não tenham sexo, quando encarnados seus perispíritos já são moldes sexualizados. Sendo homem, por diversas encarnações, ao encarnar-se como mulher, haverá uma troca ou mudança em sua constituição perispiritual, que se manifestará em seu complexo genético e lhe propiciará, os órgão femininos, contudo, sua mente, ainda registrará as condições pretéritas; e isso é chamado de atavismo da sexualidade.

-O chauvinismo masculino, o machismo, sempre reinou majestoso em mais de sete mil anos, diferenciando o homem da mulher e dos que eles chamavam de "estranhos"; a igualdade para os seres que se apresentem como as condições requeiram  nunca foi tolerada, respeitada e entendida, na Terra. 

-Os conceitos estão mudando e já vemos uma grande integração fraterna (com ressalvas) e respeitosa, no Ocidente. Contudo em países outros, a mulher é apedrejada e o homossexual condenado à morte.

Dava-me por satisfeito com a explanação do amigo Perci.

Conversamos, ainda, sobre família, laços, filhos e afinidades, mas o foco que as minhas intenções haviam articulado para o encontro, fora atingido.

As eras dos profetas não tem mais lugar- Post 119

Certa vez, ainda na Segurança, conversava com Uitonius sobre os conflitos entre as nações, os impérios, enfim sobre os grupos que se intitulavam, destas formas, e ele, deixou-me bem claro que não possuiam favoritismos, de espécie alguma. Viam a Humanidade como um "todo" em processo de desenvolvimento. Uns mais atrás e outros à frente, mas todos, ainda necessitados de transformações no campo da moralidade, da ética, da justiça e do comportamento com seus semelhantes. 

O poder exerce predominante influência nos comportamentos; foi e tem sido em todas as épocas. Das definições filosóficas e metafísicas sobre a Liberdade, quase todas se alinham em um mesmo conceito de definições. 

Deixou-me claro, Uitonius, que o sentimento de paz, o  conceito íntimo, varia do estado da evolução de cada ser. O atavismo, atuando de forma milenar sobre o psique-coletivo, deixou o ranso da dominação e dos conflitos. Disse-me que tal cenário é o ápice das epopéias dos grandes conquistadores e dos conquistados. Na Terra não haverá mais lugar para Impérios higemônicos e totalitários; a fase colaboracionista se pronuncia e em futuro, não longo, o autruismo prevalecerá.

Disse-me que o terror será abolido de forma tão eficaz e totalitária, porque a Lei Natural já estabeleceu o início da Nova Era de regeneração. Como disse Marius:" Não fosse o dia de Sábado...".

Ele deixou, bem claro, que isso não era um pronunciamento apocalíptico, mesmo porque a condução do processo, só é do conhecimentos dos Espíritos Superiores, e que já estamos há algum tempos mergulhados nos finais dos tempos, que nada mais é do que a queima do joio que infestava a boa colheita; os herdeiros da Terra. Sobre catástrofes naturais e extermínios coletivos, pouco se pronunciou e, esse pouco, me abstenho de comentar; fui assim instruído.

Falou-me, ainda, dos esforços que as potências mundiais vem efetuando para que mentes em desajuste e fanáticas não ofereçam prenúncios do caos. A concordância no bem, deverá prevalecer.

O mal será isolado ... se aniquilará, por si. Urge um alinhamento coletivo do bem.

A forma é a da periodicidade, que já se iniciou e do método do turbilhão (que me abstenho de comentar). 

Essas coisas me foram ditas, ipsis literis, para que eu as passasse, sem alguns detalhes omitidos, também recomendados, para que não pareça um pronunciamento profético destes que infestam os meios de comunicação, em todas as épocas. Apenas, ... a realidade!

Necessário ao meu Peito - OFF

                                                           Trago no peito        

Trago no peito um amor silenciado,

Amor que toma forma na escrita.
 Vociferado na pregação do silente,
Fastio do desalento que repousa sossegado...


Trago na face uma aparência lúgubre,
Um olhar sepulcral.
Lábios serrados,
Saudosos dos ósculos sentidos no imaterial.


Abraçando o vazio vou seguindo,
Com um coração ocluso,
Sentimentos contusos...
Sou meu próprio sepulcro.


Mila Lopes

Conversando francamente! - Post 118

                                                                                  

Uitonius deveria ter algo mais profundo a me falar; eu sentia isso!

Uma conversa franca; que nada deixasse de incertezas e dúvidas. Afinal ele sabia que eu iria ao fundo da questão para saber tudo, tudo mesmo que tivesse motivado a ida de um ser tão imperfeito como eu, sem projeção em campo algum da sociedade; sem influência sobre grupo ou instituição qualquer; um apolítico, contudo, um livre pensador inexpressivo, à uma experiência das mais singulares. 

Eu esperava isso dele; ele me devia isso.

E, em determinada ocasião, ainda a bordo da Segurança eu fui chamado por um de seus assessores para comparecer à sala em que Uitonius costumava fazer suas reuniões e trabalhar em seus projetos; na verdade eu não sei muito bem quais eram todas suas atribuições ou ele só as deliberava, Diretor que era.

Rapidamente me dirigi ao local determinado. Ele estava só e olhava alguns mapas estelares com profunda atenção, como se os estivesse estudando. 

Virou-se para mim e eu notei em sua fisionomia uma profunda expressão de seriedade, apesar do sorriso que expressou ao apontar-me um confortável assento.

-Gui, pedi que viesses porque sei que esperas algo mais profundo que explique tua presença entre nós, além das muitas que já te dei. Sei que você é consciente das tuas imperfeições e condutas que marcaram tua vida, não muito recomendáveis. Não só o fato da acentuada mediunidade intuitiva e auditiva que portas, bem como o fato de termos laços que nos une desde pretéritos remotos, não seriam suficientes para tal decisão. Na verdade o fator preponderante de termos escolhido a você, foi mais pela audácia e pela liberdade que dás às próprias convicções, ou seja, tu sempre ousastes e possues , dentro d'alma a necessidade de grandes realizações. Homens que se conduzem como "santos", destes, o planeta transborda. Lembra-te daquela passagem em que Marius foi acordado pelo seus discípulos porque uma tempestade se aproximava e punha em perigo o barco em que estavam, e, após repreendê-la, afastando-a repreendeu seus amigos por não terem "ousado"?

-Este é o X da questão: OUSADIA!

-Tu, em vidas passadas, comandastes e fostes comandado, articulastes estratégias e ousastes. Fostes fiel , mesmo que em erro, adquiristes uma personalidade de decisão. A sabedoria se desenvolve no bem e no mal. A moral, enfim, é consequência inexorável deste progresso. Esta trilha que é percorrida pela imperfeição leva o ser ao aperfeiçoamento. O Espírito é criado (individualidade racional com o livre arbítrio), simples e ignorante, e, a ignorância o acompanhará por longa etapa do percurso, mas as aquisições não são invalidadas. Quando o despertamento se inicia, ou seja, quando o ser que mesmo sabendo anteriormente a diferença do bem e do mal e resolve, por opção que é determinada por causas diversas, mudar o rumo ou a forma e inicia o processo da auto-transformação, ou seja o consequente  fator moral passa a influenciar seus atos, geralmente ele toma atitudes diversas; em alguns casos ele passa a se julgar um homem santo; passa a ser um falso moralista; torna-se crítico costumás dos outros que ainda permanecem onde, ontem mesmo ele se encontrava; passa , como disse Marius, a medir e julgar. -Outros, poucos... muito poucos, compreendem que o ser, todos sem exceção, percorrerão, percorrem ou percorreram as mesmas estradas do desenvolvimento. E entendem os que estão na retaguarda, entendem o que são e o que serão. E esses OUSAM. Não importa o preço dessa ousadia. 

-E tu ousas e tens ousado. Ainda que trazendo o atavismo dos vícios em tua alma, ... ousas!

-E para essa tarefa que te requisitamos vimos, com entusiasmo, grandes possibilidades de realização.

-Não te importes nem te deixes inquietar com quantos lêem ou seguem o que postas. A sabedoria é do tempo.

-A grande mensagem é a divulgação do Espírito eterno, criado por Deus para evoluir e participar da Obra; é a pluralidade das existências (reencarnações); é a certeza que não estamos sós, neste Universo e que seres superiores, zelam por nós; é a desmistificação criada pelos homens em nome de um deus antropomórfico, rebaixado às suas condições com a criação de religiões dogmáticas que só tiraram proveito da ignorância do ser, pelo método da mentira e da força.

-Eis, meu caro Gui, o que esperamos de você.

-Que escrevas não em tábuas e pergaminhos, mas da forma que hoje é mais utilizada na Terra.

-Não terás, por isso, previlégio algum. Paga nenhuma receberás por isso. Talvez a incredulidade de pessoas que te verão como um ficcionista, um escritor medíocre ou um louco.

-És um homem de idade avançada, mas,  isso não importa, porque dizem que a Obra Prima sempre ficou inacabada. 

Eu sorri e ele sorriu.

Infelizmente ou felizmente, não tinha lágrimas para chorar.

Senti que ele dizia que a tarefa estava concluida e que continuaríamos postando até a hora que devêssemos parar ou que a vida parasse.
         o                               o                               o                           o                              o
E para mim: "... o sobrenatural tornou-se natural. Tudo se reduziu a uma questão de conhecimento das leis que regem o Universo."
J. Herculano Pires

O fator da inconsciência -Post 117

A crença no paraíso ou na vida após a morte é um "conto de fadas", disse o renomado físico Stephen Hawking, 69, em entrevista ao jornal britânico "The Guardian", na edição do último domingo (15).

"Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há paraíso ou vida após a morte para computadores que quebram. Isso é um conto de fadas para pessoas que têm medo do escuro", opinou.

O tema já foi abordado em um de seus últimos livros, "The Grand Design" (2010), no qual ele desenvolve a ideia de que não há necessidade de um grande criador para explicar a existência do Universo.

As galáxias, estrelas e a vida humana teriam emergido a partir de "sementes" --pequenas flutuações quânticas--encontradas no Universo milhares de anos atrás.

Para ele, que rejeita pessoalmente as crenças religiosas, as pessoas em geral deveriam preencher seu potencial na Terra fazendo bom uso de suas vidas.

Segundo Hawking, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica desde os 21 anos, ainda sem cura, a doença faz com que ele aproveite mais a vida.

"Tenho vivido com a perspectiva de uma morte precoce pelos últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa em morrer. Tenho muitas coisas que quero fazer primeiro", contou.

A notícia em nada supreendeu. Tantas vezes Hawking falara em Deus, pelos  assédios sobre o assunto que , em toda sua trajetória recebeu.

"Deus não tem mais lugar nas teorias sobre a criação..." Assim ele pensa, hoje.

E sobre a notícia acima me lancei em reflexões sobre posturas antagônicas que  a sabedoria de um lado aniquila o outro, ou na melhor das hipóteses, obscurece.

Foi quando Pietrus, um amigo que muito já havia falado sobre evolução, se fez  presente em pensamentos e deixou suas impressões sobre o assunto:

-Gui, o nosso Stephen é uma alma valorosa que muito tem contribuido para o aprimoramento da Ciência na Terra, trazendo grandes revelações e apontando rumos sólidos para um prosseguimento de novas teorias e capacitações.

-Com Roger Penrose, ele provou o primeiro de muitos teoremas de       singularidade - conjunto de condições suficientes- para a existência de uma singularidade no espaço tempo. Passo importante para paradígmas revolucionários que em breve nos brindarão com inquestionável contribuição.

-Galileu, como foi chamado em encarnação anterior e agora Stephen Hawking, é membro de destaque de Centro de Estudos em Europa (nossa lua jupiteriana) e assiste a Base Central de Estudos Preparatórios Avançados, , dividindo cargo de Direção com outros homens da Ciência (Base no Canadá).

-Saiba, outrossim, que ele encarnou na Terra em missão específica  de abnegação ao estudo e pesquisa com tendências à termodinâmica, relatividade e mecânica quântica e sua capacitação orgânica teve que ser adequada por enfermidade para que pudesse   focar tal ministério em extrema doação de si, a seu próprio pedido e exigência. 

-Em raros momentos de seu sono físico o nosso querido Galileu não comparece em nossa Base, ou seja para administar palestras ou para aprimoramento dos  próprios conhecimentos; é um instrutor admirado e valioso.

-Contudo, disso, leva de volta ao consciente, apenas as conjunções teóricas  das novas conquistas e realizações; o campo intuitivo, limitado ao seu consciente em equação restrita à realidade em que convive. 

-Esta é sua missão. 

-O que ele pensa sobre Deus, a sobrevivência do Espírito, e, mesmo o que declara sobre o assunto, quando liberto do corpo físico, observando a própria conduta,  assevera ironicamente com sua personalidade distinta:"Nem tudo pode ser perfeito neste Universo relativo."

-Deixemos, pois, Gui que provar a existência de Deus e da alma eterna fique para quem caiba fazê-lo. 

Da mesma forma, inesperada, com que chegou, Pietrus se foi sem que antes  me dissesse: - Um abraço!

Naves e naves, cada qual maravilhosa! -Post 115

Leto estancou, talvez para que eu passesse o meu olhar sobre o grande cenário.

Como dizem os jovens por aqui, na Terra "eu ia à loucura" olhando aquilo tudo.

Naves perfiladas, por formatos, tamanhos, estilo e modelos.

Umas deslizavam no ar dirigindo-se ao grande portal de saida, onde outras retornavam do espaço.

As pequenas e de médio tamanho, quase todas estampavam o símbolo característico de um peixe estilizado; Uitonius já me falara que estas atuavam mais na Terra e Venus; os formatos se diferenciavam, mas, a maioria eram ovais-alongadas. As pequeninas que pareciam de cristal em que Perci me possibilitou um grande reconhecimento da Crosta; algumas poucas vermelhas metálicas, também pequenas, e, algumas compridas como charutos e outras arredondadas como pratos justapostos. Haviam algumas cinza-escuras em formato de "V" e muitas verdes e alaranjadas ao estilo destes "OVNIS" que tanto se estampam na mídia.

-Aquelas, apontou-me Leto, são as que, comumente transitam nas bases terrestres.

Eram do tipo ovoides alongadas. Prateadas e estampavam o "peixe.

Entramos em algumas destas, e notei que eram exatamente tal qual aquela que me trouxera à Segurança.

Elas pareciam não ter visor ( ou janelas, para maior entendimento) para o exterior, mas ao controle da vontade do seu piloto, abria-se um enorme visor, do mesmo material, tipo cristal, metalizado. 

As compridas, em forma de charutos eram cargueiras ou coletoras de materiais que outras menores lhes traziam da Crosta para que fossem encaminhadas à Segurança.

Então perguntei ao Leto sobre qual combustível usavam para a propulsão.

Ele olhou-me, como se estivesse, mentalmente articulando uma resposta convincente e, de forma simples e concisa, expôs-me:

-Gui, a energia tirada do Hidrogênio, para vocês, por enquanto é a energia do futuro; e a energia de fusão nuclear com a geração de átomos diferenciais, tal qual o Helio, superará a energia da combustão do Hidrogênio em atuação com específicos materiais bariônicos. 

-A nossa é a energia de captação da matéria escura(*) que o Universo nos oferece; modificando-a em diversos outros elementos , cada qual com funções específicas, portanto não usamos o Sistema de Propulsão mas o da Afinidade Molecular utilizando a força gravitacional sem curso eletrônico, ou seja a globosimetria, interagindo com uma força maior que a gravitação e a refração à da luz, pela ausência da carga elétrica, pois não interage com a luz. Sua estrutura molecular é composta, na maioria por neutralinos que colidindo-se, entre si produzem os prósitons de alta energia. Essa é a energia que repele e, pela não afinidade aos elementos bariônicos, produz a impulsão, em todos os estágios.

-Vocês, ainda levantarão muitas teses sobre o que chamais de Matéria Escura e Energia Escura, mas estais certos que são duas forças antagônicas que sustentam todo o Universo.

Gravei essas explicações na mente e com muito esforço consegui falar um pouco do muito que Leto me passou.

Eu olhava tudo. As formas das naves; o mecanismo de entrada e saida da tripulação. As acomodações em estilo inqualificável. A simetria perfeita de tudo. Os materiais externos e os de revestimentos. Os controles e os artefatos de comunicações mentais.

Uma delas parecia um grande prato com três bolas na parte inferior que emitiam luzes. Leto me explicou que eram reservatórios que alimentavam as bases terrestres de fluidos vitais. Não procurei entrar em detalhes por me sentir incapacitado de acompanhar uma explicação científica daquele porte.

Ficamos por ali por um bom tempo e, então, eu pedi que ele me mostrasse o interior daquela nave pequenina de cor vermelha que parecia pulsar um brilho intenso. A nave do profeta.

Ela era pequena e acomodaria aproximadamente 10 seres. Toda metálica e interiormente sua cor era alaranjada. Tinha assentos sofisticados e um painel de controle.

-Essa, Gui, é aquela que à luz do sol, parece uma bola de fogo.

Eu já ouvira a história e, então, apenas sorri.

(*)- Matéria escura é o nome que os nossos cientistas deram à uma energia da qual conhecem apenas por seus efeitos. Elas são conhecidas pelos cientistas da Segurança como Fluido Universal  em estágio de refração. São fluidos sem cargas elétricas positivas. Eles utilizam, para nós, as denominações utilizadas pela nossa ciência, pois, de outra forma, não teríamos parâmetros para nada avaliar ou entender.

                

                                     

Passeando por recordações -Refeições, descanço e naves-Post 114

As recordações se multiplicavam.

Afinal, foram uns trinta dias de atividades ininterruptas na Grande Nave Segurança.

Eu não me cansava, não tinha sono; posto que, estava com meu corpo perispiritual, somente.

Procurava por Uitonius e fui encontrá-lo na praça de alimentação (uma das tantas); sentado, saboreando algumas frutas que me pareceram romãs e figos; um legume tipo beterraba e acompanhando um copo (tipo dos nossos descartáveis) de suco amarelado.

Cada um se servia dos alimentos que queria ao estilo self service.

Avistando-me, sorriu e apontou um assento ao seu lado. Sentei-me e sorri, sem saber o que falar.

Ele se antecipou: - Desculpe-me Gui por tê-lo abandonado por algumas horas (das minhas horas, é claro). Acabei de acordar, e após uma rápida higiene, vim fazer uma leve refeição, pois, dentro de instantes tenho uma importante reunião. Tem alguma coisa que você gostaria de se inteirar ou conhecer?

-Antes de lhe responder, perguntei-lhe: -Vocês dormem? 

Ele deu um extenso sorriso. Deu um gole em seu suco, limpou a boca com um guardanapo colorido, tipo destes de festas infantis, feito de papel e começou a falar. Uitonius quando começava a falar, o difícil era parar. Ele era detalhista e não costumava falar por entre linhas; quando algum assunto não podia ser comentado, era franco e dizia que "depois ou algum dia" conversaríamos sobre aquilo.

-Gui, nós aqui, no espaço, observamos o sol de um lado e se nos virarmos, do outro também; não temos noite e dia e não dependemos de fuso horário. Considere que temos um fuso orgânico adaptado às nossas necessidades. Nosso corpo é pouquíssimo requisitado para tarefas, posto que nosso trabalho é quase que totalmente mental e, isso não desgasta a matéria sutilizada que nos abriga, diferente de vocês da Terra que, ainda, utilizam corpos grosseiros e pesados; sujeitos aos desgastes fluídicos e reclamam alimentações pesadas e sono repositor do equilíbrio celular.

-Três hora de refazimento em cada 36 de vigília são suficientes para a manutenção do nosso organismo- referia-se ao nosso conceito temporal-.

-Uitonius, falei, então, gostaria de voltar ao hangar para apreciar aqueles modelos de naves que lá estão. Fiquei maravilhado pelo enorme número de modelos, formatos diversos, cores e tonalidades que deixariam nossos maiores pintores de boca aberta. 

Rindo, Uitonius foi preciso: - Por que não?

-Providenciaremos alguém que te acompanhe e possa dar orientações à detalhes que te chamem atenção, e, nisso, fechou os olhos por uns 10 segundos e ao abri-los me disse que Leto, dentro de instantes viria ao nosso encontro.

-Leto é encarregado -um deles- das manutenções das pequenas naves, tipo daquelas que vistes em nosso hangar em que desembarcastes.

Em poucos instantes vimos um jovem aproximar-se em nossa direção; era alto, moreno escuro, cabelos lisos e presos tal qual "rabo de cavalo". Era um saturnino. Eles tinham a fama da "simpatia". 

Chegou sorrindo e após as apresentações foi ao assunto:- Meu querido Diretor, estou às ordens do nosso novo amigo, Gui para o que for deliberado.

-Obrigado, querido Leto; leva o Gui ao hangar e deixa que vistorie nossas naves para que satisfaça a vontade em conhecê-las. Estás liberado para te aprofundares em seus questionamentos.

Dito isso, despedi-me de Uitonius e segui com Leto rumo ao hangar. Servimo-nos daquele elevador transparente e após longo corredor, abriu-se a porta à um toque de luz de um aparelhinho que Leto carregava. E, ali, novamente me vi naquele local maravilhoso.

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