T R A N S I ÇÃO

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Uitonius, um amigo de Júpiter.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Naves e naves, cada qual maravilhosa! -Post 115

Leto estancou, talvez para que eu passesse o meu olhar sobre o grande cenário.

Como dizem os jovens por aqui, na Terra "eu ia à loucura" olhando aquilo tudo.

Naves perfiladas, por formatos, tamanhos, estilo e modelos.

Umas deslizavam no ar dirigindo-se ao grande portal de saida, onde outras retornavam do espaço.

As pequenas e de médio tamanho, quase todas estampavam o símbolo característico de um peixe estilizado; Uitonius já me falara que estas atuavam mais na Terra e Venus; os formatos se diferenciavam, mas, a maioria eram ovais-alongadas. As pequeninas que pareciam de cristal em que Perci me possibilitou um grande reconhecimento da Crosta; algumas poucas vermelhas metálicas, também pequenas, e, algumas compridas como charutos e outras arredondadas como pratos justapostos. Haviam algumas cinza-escuras em formato de "V" e muitas verdes e alaranjadas ao estilo destes "OVNIS" que tanto se estampam na mídia.

-Aquelas, apontou-me Leto, são as que, comumente transitam nas bases terrestres.
Eram do tipo ovoides alongadas. Prateadas e estampavam o "peixe.

Entramos em algumas destas, e notei que eram exatamente tal qual aquela que me trouxera à Segurança.

Elas pareciam não ter visor ( ou janelas, para maior entendimento) para o exterior, mas ao controle da vontade do seu piloto, abria-se um enorme visor, do mesmo material, tipo cristal, metalizado. 

As compridas, em forma de charutos eram cargueiras ou coletoras de materiais que outras menores lhes traziam da Crosta para que fossem encaminhadas à Segurança.

Então perguntei ao Leto sobre qual combustível usavam para a propulsão.

Ele olhou-me, como se estivesse, mentalmente articulando uma resposta convincente e, de forma simples e concisa, expôs-me:

-Gui, a energia tirada do Hidrogênio, para vocês, por enquanto é a energia do futuro; e a energia de fusão nuclear com a geração de átomos diferenciais, tal qual o Helio, superará a energia da combustão do Hidrogênio em atuação com específicos materiais bariônicos. 
-A nossa é a energia de captação da matéria escura(*) que o Universo nos oferece; modificando-a em diversos outros elementos , cada qual com funções específicas, portanto não usamos o Sistema de Propulsão mas o da Afinidade Molecular utilizando a força gravitacional sem curso eletrônico, ou seja a globosimetria, interagindo com uma força maior que a gravitação e a refração à da luz, pela ausência da carga elétrica, pois não interage com a luz. Sua estrutura molecular é composta, na maioria por neutralinos que colidindo-se, entre si produzem os prósitons de alta energia. Essa é a energia que repele e, pela não afinidade aos elementos bariônicos, produz a impulsão, em todos os estágios.

-Vocês, ainda levantarão muitas teses sobre o que chamais de Matéria Escura e Energia Escura, mas estais certos que são duas forças antagônicas que sustentam todo o Universo.

Gravei essas explicações na mente e com muito esforço consegui falar um pouco do muito que Leto me passou.

Eu olhava tudo. As formas das naves; o mecanismo de entrada e saida da tripulação. As acomodações em estilo inqualificável. A simetria perfeita de tudo. Os materiais externos e os de revestimentos. Os controles e os artefatos de comunicações mentais.
Uma delas parecia um grande prato com três bolas na parte inferior que emitiam luzes. Leto me explicou que eram reservatórios que alimentavam as bases terrestres de fluidos vitais. Não procurei entrar em detalhes por me sentir incapacitado de acompanhar uma explicação científica daquele porte.

Ficamos por ali por um bom tempo e, então, eu pedi que ele me mostrasse o interior daquela nave pequenina de cor vermelha que parecia pulsar um brilho intenso. A nave do profeta.

Ela era pequena e acomodaria aproximadamente 10 seres. Toda metálica e interiormente sua cor era alaranjada. Tinha assentos sofisticados e um painel de controle.

-Essa, Gui, é aquela que à luz do sol, parece uma bola de fogo.

Eu já ouvira a história e, então, apenas sorri.

(*)- Matéria escura é o nome que os nossos cientistas deram à uma energia da qual conhecem apenas por seus efeitos. Elas são conhecidas pelos cientistas da Segurança como Fluido Universal  em estágio de refração. São fluidos sem cargas elétricas positivas. Eles utilizam, para nós, as denominações utilizadas pela nossa ciência, pois, de outra forma, não teríamos parâmetros para nada avaliar ou entender.
                
                                     


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