T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Momentos delicados - Post 99

Uitonius retornava e providências haviam sido tomadas. 

Os acontecimentos na Crosta exigiam providências em diversas áreas de responsabilidade da grande nave Segurança e das duas outras que cobriam a Ásia e a Europa. 

Homens encarnados no planeta tiveram intensificadas as intuições de paz e respeito aos seres humanos que habitavam os palcos dos conflitos que se iniciavam. Chefes de Estados recebiam sugestões de prudência e isenção de preconceitos e revanchismos. Mentes, em alerta, buscavam a conexão com os povos enfurecidos com a intenção de acalmá-los.

Em outro ponto do planeta, os inexoráveis acontecimentos, prestes a devastar grande parte do Pais do Sol Nascente, eram alvos de intervenções de caráter socorristas. Sabia-se dos comprometimentos nas diversas Usinas Atômicas da área e o alerta intuitivo era passado, há todos os instantes, para aqueles que não devessem estar por ali ou para que para lá não fossem. A fatalidade, como já foi explicado não escolhe o mecanismo, se pessoal ou coletivo.

Uitonius me convidou para que o acompanhasse à Central de Comando da nave; faríamos um reconhecimento das áreas de conflito, das de possíveis conflitos de grande porte, e daquelas em que as forças naturais se manifestariam com os assentamentos das placas terrestres com consequentes inundações catastróficas.

O enorme salão oval, de dimensões inimitáveis ficava no topo da nave; eram aparelhos de tecnologia inconcebíveis (para mim); homens e mulheres com diversas características que iam e vinham, monitorando e executando leituras gráficas e visuais do espaço em que a nave trafegava.

Uma visão do espaço cobria um ângulo de 360º, portanto de lá tudo se via.

A dimensão não tinha limite de profundidade e abarcava o espaço desde o quadrante limítrofe do percurso. Uma outra tecnoplastia permitia a observação linear e focada, do modo que se pretendesse. 

Passamos pelo norte da África e observamos as formações criptobélicas estampada na ferocidade coletiva dos povos e dos ditadores. No Oriente Médio o cenário era de oportunismo para a expansão do conflito. O coletivo se manifestava em nocivo virus mental.

A Ásia Continental, se de um lado experimentava cautela de outro o oportunismo sugeria a revelação ao mundo de um poderio bélico com ataques exibicionistas de novas conquistas atômicas.

O Japão estava calmo; sequer imaginavam o que ocorreria em poucos dias,

O sol nascente pintava de um ton amarelado e róseo a escuridão do Leste.

Todo o efetivo socorrista estava em alerta, nessas regiões.

Eu me emocionei, profundamente; eles, não sei dizer, pois estavam acostumados em lidar com as calamidades, as guerras, os grandes desencarnes coletivos, mas, contra argumentando meus próprios pensamentos, deduzi: Eles não o fariam se não fosse pelo Amor!



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