T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O céu, tão perto e tão longe - Post 68

Hoje estou mais calmo. Digo isso porque o trabalho mental excita e, o mediúnico, então, só quem é médium para saber. Não estou em Santos; vim passar uns dias na casa de minha filha em São Paulo. Ela mora no 18ª andar de um prédio em bairro tranquilo. Daqui, olho o céu e seus mistérios. Percebo
o quanto somos pequenos e solitários. Todos somos solitários, posto que inteligências individualizadas. Nada temos do que nós mesmos e o compromisso com a perfeição, que, creiam, alcançaremos um dia.
Das cavernas até os arranha-céus, foram alguns milhares de anos; e daqui à angelitude vai depender somente de cada um estimar outros mais ou menos, milhares, mas, embora sós, temos conquistas eternas e Uitonius e Fulvia vieram me anunciar, a guiza do unguento medicamentoso nas feridas abertas. Eles não são meus, mas, sempre, descobri, fizeram parte de meus sonhos. E, embora distintos e solitários em plenitude espiritual, amamos. E o céu está limpo nesta noite.

Eu sei que lá, a bordo da Segurança aumentei minha relação coma fraternidade. O puro amor! Como eu gostaria de ter tido a coragem que me faltou em minha conversa com Fúlvia. Não sei se terei ou quando terei uma nova oportunidade. Eu me lembro que quando deixei a Segurança e entrava em uma pequena nave para a volta, a vi, de longe me acenar um até breve ou um adeus.

Uitonius, me lembro, disse-me que eu não necessitaria de nave para voltar, contudo foi nela que o fenômeno da materialização foi feito, e nela seria desfeito. Eu acho que ele me oferecia um passeio extra, pois, esta que me trouxe de volta, era totalmente transparente. Foi algo inesquecível. Nenhum astronauta viu o que vi. Era como se eu estivesse voando da imensidão do Universo para o planeta Azul. E, por mais que eu olhe para o céu, vejo passar apenas alguns aviões e helicópteros.

A minha família, aqui da Crosta, é também linda. De repente me vem à cabeça a figura do Pequeno Príncipe. Quantos mensageiros nos visitaram em nome do amor e foram rechassados; tendo seus nomes explorados até hoje. Quantos, há todas as horas não encarnam em nome da ciência e da moral e são taxados de neuróticos. Mas, Uitonius nos diz que os passos são lentos. A evolução não dá saltos. Do egoismo ao autruismo há um longo caminho a percorrer. Não entendam esta postagem como desabafo, tenham-na como filosofia de solidão ou de carência de quem esteve nos céus e voltou para o inferno. 

Eu fico imaginando o que alguns seres que encarnam em missões, na Terra, devem sentir. Tenham, como uma pausa de postagens, esta minha reflexão. Amanhã será um novo dia e estarei falando da Segurança e sua tripulação. 

Grande abraço a todos.

Nenhum comentário: