T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Visita inesperada de Uitonius - Post 127

Domingo à noite fui deitar-me cedo. Os pensamentos iam e vinham prenunciando uma longa noite de insônia. Por mais me esforçasse para não pensar em nada, em tudo pensava. 
Um daqueles pensamentos era o fato de não ter mais postado nada sobre as minhas experiências, e, isso ocorreu, tão logo Uitonius me dizer que eu já postara tudo que deveria ser postado, liberando-me, entretanto, para postar fatos que me parecessem importantes ou sobre a Doutrina Espírita. E, desta forma o venho fazendo. 

Haviam coisas que eu deixara de postar, como já expliquei, para comprimir algum relato e não torná-lo repetitivo ou cansativo. 

Senti, por volta da primeira hora da madrugada, envolvido por meus pensamentos o pensamento forte e inconfundível de Uitonius. De lá, acredito que da nave Segurança, ele me enviava a comunicação mental que, como sempre, me chegava nítida como a voz de alguém que nos fala ao ouvido. 

Pulei da cama e pedi que esperasse até eu chegar à cozinha.
Aquele lugar em que eu me habituara a manter nossos contatos se tornara para mim mais do que um simples local da casa; tornara-se uma referência mental ou circunstancial da nossa convivência por longos meses. 

E como diz o ditado popular que "o hábito faz o monge" eu antes de me sentar já me servi de um café e coloquei um cinzeiro à minha disposição.

-Olá meu querido Gui -falou-me em pensamento-, vejo que estás te tornando um adepto dos rituais;  que tanto combates.
-E por que dizes isso?
-Ora, basta que sintas minha presença para procurar o local que parece tornado sagrado, pegar uma xícara de café e o cinzeiro para o cigarrinho.
Fiquei sem saber o que responder. Meio encabulado e sem jeito.
Ele riu ao perceber que me confundia.
-Não se preocupe com estes detalhes que acabei de te falar. Isso faz parte dos costumes adquiridos quando se tem matéria a manipular. Cá entre nós, também tenho minhas manias.
Desta vez, rimos os dois.

Uitonius sabe como manipular o meu humor. Como filho que foi, por diversas vezes, sabe mais de mim do que eu, como pai que fui, sei dele.
-Então, como vai indo o teu Blog? 
Como se não soubesse, procurava ouvir a minha opinião, ... eu acho!
-Vai bem!
-Continua sendo lido com frequência por brasileiros e estrangeiros, embora as novas postagens já não tratem tanto da minha aventura com vocês. 
-Tenho postado algumas coisas sobre Espiritismo, moral, filosofia e ciência. 
-Tenho tentado deixá-lo sempre atualizado.
Ele fez um silêncio que adivinhei estar pensando.
-Eu também sou da opinião que você deva manter sempre novas postagens. Não importa que sejam assuntos de estudo diversos. Todos eles são de grande valia e elucidativos. E te digo isso porque, muitos se manterão como seguidores dessas novas mensagens, valorizando seus conteúdos, e aqueles que viam tuas postagens, apenas como uma história de ficção, na verdade não eram nosso alvo.
-Continue nessa linha e, espere que em breve teremos mais relatos e novos contatos a oferecer a todos.
Eu fiquei curioso, ... é claro! Quem não ficaria?
-Novos contatos, perguntei?
-Sim Gui, estaremos em breve trazendo notícias do trabalho de Sócrates e alguns amigos que insistem em te visitar; amigos novos que conquistastes em tua passagem pela Segurança.

Aquelas palavras, ou pensamentos, caíram sobre mim como um bálsamo. 
Vocês não imaginam a falta que me faz os contatos mediúnicos com a frequência que fizemos nestes meses todos.

Foi então que perguntei sobre os leitores do Blog: -Você acha que o objetivo está sendo atingido?
-Não tenha dúvidas à esse respeito. Como eu te disse, você manterá um número de leitores assíduos, e isso é o que importa. Mas saiba que, somente o tempo mostrará os frutos que estarão sendo saboreados. Não somos imediatistas pois o que não se estrutura, padece por falta de sustentabilidade e, nosso objetivo não é o do encantamento momentâneo. As idéias devem percorrer os caminhos de terras férteis. São como sementes. Você conhece esta parábola muito bem!

Uitonius me surpreendia ainda. Com ele eu só conseguia aprender.

Conversamos mais alguns minutos e ele se despediu.
Eu me sentia envolvido por uma felicidade indefinida.
Ele sempre aparecia quando eu mais precisava. E ele sabia disso!

Voltei ao meu quarto e, desta vez, sem muito pensar, dormi; quer dizer, meu corpo adormeceu mas meu Espírito, como o de todos, permaneceu na vigília permanente dos Espíritos.


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