T R A N S I ÇÃO

T R A N S I ÇÃO
Uitonius, um amigo de Júpiter.

quinta-feira, 8 de março de 2012

~Erupções solares 2 - Post 181

Três naves de porte médio nos aguardavam.
Havíamos nos reunido em planeta estéril, todos em corpos fluídicos (perispíritos), para mais uma etapa de estudos, sob a égide de Horácio.
Não necessitávamos de transportes para nos deslocarmos; o simples pensamento nos colocava, via fluídica, para onde nossa vontade estabelecesse, em fração menor que a velocidade da luz.
Horácio nos comunicara que iríamos testemunhar uma erupção solar e suas consequências.
Por esse motivo, no dia seguinte postei sobre o evento, de forma singular, apenas com os conhecimentos da ciência terrestre.
Partimos em grande número; éramos, aproximadamente 1800, fora os tripulantes das naves que pareciam grandes charutos.
A medida que nos aproximávamos do Sol, a visão do grande astro, nos maravilhava.
Não tínhamos os problemas com a visão, porque, sem matéria, a visão é espiritual.
O Sol não nos parecia amarelado como o vemos, mas de um azul cintilante com nuances esverdeadas e somente as labaredas que emergiam sua superfície, alastrando-se pela coroa, apresentavam tonalidades douradas.
Um hálito plasmático, como se fosse a alma daquelas labaredas, ganhavam os cosmos, atendendo, por certo a localização da ocorrência, sem destino específico. O magnetismo solar nos dava a impressão que após uma concentração que nos sugerem chamar de manchas solares, desbrochavam em vida ao seu sistema como senhor absoluto da vida, espalhando sua partículas plasmáticas, fontes de vida e renovação de energias que nossa ciência, ainda desconhece.
Quando atingem a Terra, a magnetosfera terrestre desvia a maior parte da radiação, mas uma pequena parte pode chegar à atmosfera superior, causando tempestades geo-magnéticas.
-Este processo, disse-nos Horácio, deverá ocorrer entre os dias 7, 8 e 9 (da Terra).
As ejeções de massa coronal solar, que são partículas de altas energias lançadas no espaço, podem transportar bilhões de toneladas de gás eletrizados, que parte são absorvidas pelas áreas de energias escuras que a elas não se opõe, transformando esta energia vitalizada em alimento natural. Já, as matérias escuras, se deixam ultrapassar, em processo inverso ao das energias. 
A ciência terrestre classifica as energias em média ou longa duração e intensidade, com descadeamento de diversas influenciações em atividades eletromagnéticas, contudo, pouca importância dão àquelas que atingem as regiões polares, erroneamente, pois essas são as maiores predadoras dos ecossistemas de forma a causar  mutações em sua estrutura mantenedora e estabilizante do processo climático e geo-físico do planeta. 

Quem observar o brilho do plasma coronal em raio X, seu intervalo de comprimento de onda, não pode estabelecer uma exatidão concebível da magnitude do evento.

Estávamos todos maravilhados.
Olhar o sol como olhávamos e nos sentirmos dentro dele; sua evolução plasmática e a sinfonia que parecia a mais bela composição, já ouvida. 

Dali, então nos dispersamos, e minha vontade, instantaneamente me levou ao meu leito, onde meu corpo físico permanecia letárgico como casa abandonada.


Nenhum comentário: